Fabiano Possebon
Uma das grandes lições que aprendi com o Espiritismo é que o apego aos bens materiais pode virar uma obsessão, que não acaba nem com a desencarnação. Nossa Doutrina propõe o que devemos fazer para nos libertarmos do sofrimento. Ela mostra-nos que quem não tem apego não sofre, adquire outras metas de vida, é feliz e útil, tendo ou não bens materiais à disposição.
Os desejos de quem se libertou do apego não estão concentrados em satisfações pessoais, mas confundem-se às necessidades da harmonia do Universo. Amor é a palavra chave! Essa deve ser a nossa meta: cultivar sempre o amor.
Quando compreendemos os valores da vida futura, ampliamos nossa visão. A aquisição de bens materiais não deve ser nossa prioridade. Nossas prioridades têm que ser o desenvolvimento da razão e do senso moral, alcançados por meio do amor e da caridade.
O orgulho e o egoísmo são a causa de toda a fome, sofrimento, guerras, disputas, ódios e violência espalhados pelo planeta.
São inimigos internos nossos que devemos combater, sempre.
A desigualdade de oportunidades no mundo está justamente enraizada nesses dois defeitos: o egoísmo e o orgulho. Eles são os maiores, mais urgentes e graves problemas da humanidade.
Sofrimento, medo, angústia e depressão são frutos da ambição e do pensamento fixo em satisfazer desejos pessoais.
Claro está que não podemos repudiar o progresso tecnológico e o conforto da vida moderna, longe disso. Mas, precisamos sim converter os benefícios desses recursos para todos, sem exceção. Milhões de pessoas passam fome, não têm acesso à cultura, não pensam por si mesmas.
A responsabilidade de estabelecer a liberdade, a igualdade e a fraternidade é de todos nós que participamos da humanidade.
Criar condições de vida para todos é fazer o bem para nós mesmos.
Precisamos sempre concentrar esforços na eliminação do egoísmo. E a educação moral, sem dúvida, que esclarece o verdadeiro sentido da vida.
O materialismo, infelizmente, ainda predomina no mundo. Nossa Doutrina nasceu justamente para combatê-lo, mostrar o quanto ele é um mal, que precisa ser extirpado de nossa mente e do nosso coração.
O resultado do materialismo é desastroso.
Quanto mais a preocupação fecha-se nas necessidades físicas, proporcionalmente cresce o medo da morte como o fim de tudo.
Nossa Doutrina nos mostra como nos libertarmos dos vícios, das más inclinações.
Quem se liberta, por exemplo, dos medos, sofrimentos e limites da vida presente e age em função da solidariedade universal, verá seus desejos plenamente atendidos no futuro.
Cada um que hoje trabalha com esse objetivo está semeando a colheita de felicidade, paz e alegria que, um dia, prevalecerão em toda a Terra.
De “Verdade e Luz”, jornal da União das Sociedades Espíritas Intermunicipal de Ribeirão Preto (Caixa Postal 827 – CEP 14001-970 Ribeirão Preto, SP – telefone [16] 3610-1120 e correio jornal@userp.org.br).
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