Danilo Carvalho Villela
Vivemos tempos difíceis pois nunca estiveram tão fragilizados – com as compreensíveis exceções – a orientação e o apoio oferecidos pela religião às criaturas, acentuando-se, em conseqüência, os quadros de violência e degradação que se multiplicam na sociedade, parecendo tudo arrastar numa corrente de insensatez e loucura, que ameaça de destruição as nobres conquistas da humanidade em todos os domínios da civilização.
Tais ocorrências, no entanto, achavam-se previstas desde a chegada da Boa-Nova, quando Jesus a elas se referiu como o fim dos tempos (de convivência baseada no egoísmo e no desconhecimento da vida espiritual), após o que se daria a instalação de seu reino na Terra cuja humanidade passaria a conhecer e respeitar as Leis Divinas, com a conseqüente generalização da paz e da alegria nos corações. Cerca de dezoito séculos mais tarde, o Espiritismo veio acrescentar detalhes acerca desse processo, esclarecendo que ele se caracterizaria, sobretudo, por subversões de natureza moral bem como que se achava em vias de iniciar-se e logo tomaria vulto, o que os fatos e a literatura doutrinária posterior vieram confirmar.
Estamos atualmente em plena transição que se efetivará com a presença de numerosos Espíritos Superiores, que reencarnarão para conduzir essa mudança que contará, também, com a progressiva ausência dos indivíduos ainda rebeldes e viciosos que não mais renascerão na Terra, passando a estagiar em mundos inferiores onde irão enfrentar as conseqüências de sua conduta infeliz, renovando-se e habilitando-se ao retorno ao nosso planeta, já dispostos, então, à vivência do amor aos semelhantes.
Ao focalizar esse período de conflitos e desorientação, confirmando que ele se achava próximo, o Espírito de Verdade convocou os trabalhadores encarnados a que perseverassem na lavoura do bem, a começar de si próprios, ressaltando a necessidade de união, impondo silêncio às questões pessoais (ciúme, discórdias) em benefício da obra, pois seria esse o ponto vulnerável, capaz de comprometer o desdobramento das atividades com prejuízos para muitos.
Destacava-se então o impositivo da vigilância, ao lado da oração, como agentes capazes de assegurar o êxito dos cooperadores que assim se habilitariam a novos compromissos na grande obra de regeneração pelo Espiritismo.
É interessante observar, por fim, que essa responsabilidade mais extensa atribuída aos espíritas, na condição de seguidores do Cristianismo Redivivo, é reiterada em inúmeras comunicações da Espiritualidade Superior: “Guardai no coração essa verdade: embora não seja conferido por universidades humanas, conquanto não possa ser comprado em qualquer instituto terrestre e, não obstante nenhum país exista que o outorgue, perante a Vida Imortal, na Terra não há título mais valioso e que imponha maior responsabilidade do que a chancela de espírita”. E o comunicante, que foi espírita quando encarnado, ainda acentua:
“Fugi ao culto de vós mesmos! Buscai, antes de tudo, a coesão, a paz, a harmonia e o serviço infatigável na seara do bem – do bem de todos, capaz de brilhar em todos” (Lameira de Andrade, em “Seareiros de volta”, página “Em vossas artérias”).
“O Evangelho segundo o Espiritismo” (capítulo 20, item 5).
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Sábado, 30/8/2008 – no 2109
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