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terça-feira, 7 de outubro de 2008

O LIVRO DOS ESPÍRITOS *Estudo de: Eurípedes Kühl

PARTE SEGUNDA - Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos

CAPÍTULO VII — Da volta do Espírito à vida corporal - (questões 330 a 399)

Já estudamos o “O Livro dos Espíritos” várias vezes, ora em particular, ora em grupo, ora num determinado tema, ora a obra inteira...

O médium Divaldo Franco, ao que sabemos, foi o primeiro espírita a declarar, alto e bom som, já ter lido dezenas de vezes essa obra e que, no entanto, a cada releitura, novos aprendizados vai colhendo...

Estamos iniciando assim nossas reflexões para igualmente dizer que é impressionante a atualidade desse sublime livro, pois não é que agora estaremos nos deparando com temas ligados às atualíssimas descobertas da biologia molecular (biogenética)?

Senão, vejamos o que este capítulo nos oferta:

1. Prelúdio da volta (questões 330 a 343)

Todos os Espíritos, como, aliás, todos os seres vivos, estão inexoravelmente destinados à evolução. Disso não há duvidar. Os Espíritos desencarnados pressentem a chegada da hora de retornar às lides físicas, assim como um cego se aproxima de uma fogueira e sente o calor. A junção espírito-corpo é atribuição de Espíritos elevadíssimos, sendo que o reencarnante, em razão do seu progresso e do decorrente merecimento, pode sugerir esta ou aquela particularidade física. O atendimento à sua pretensão está diretamente vinculado ao seu passivo espiritual (débitos/créditos) e os fatos mais importantes da futura existência terrena constituem o chamado “programa reencarnatório”. Esse programa não é um trilho — é uma trilha —, eis que o livre-arbítrio do Espírito pode modificá-lo, para melhor, ou, infelizmente, para pior...

É lógica a dedução que Espíritos muito atrasados não têm condições sequer de pedir ou pensar em detalhes da própria reencarnação. Nesse caso, os Espíritos bondosos, disso encarregados, elaboram referido programa por ele, invariavelmente atendendo às melhores e possíveis condições de executá-lo.

Num sentido figurado podemos refletir que nascer na Terra corresponde a morrer, no Plano Espiritual, algo assim como sair da liberdade e ingressar na escravidão.

2. União da alma e do corpo. Aborto (questões 344 a 360)

Eis aqui uma transcendental informação dos Espíritos Superiores (questão 344):

“A união começa na concepção, mas só se completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz”. Durante a gestação o feto não tem, propriamente falando, uma alma, não obstante encontrar-se ligado à alma que virá a possuir.

Mortes prematuras evidenciam imperfeições da matéria. Quase sempre constituem provas para os pais.

OBS: Nessa questão de mortes prematuras, ou mesmo de mortes de crianças com pouca idade, é ensinamento espírita que em alguns casos isso constitui reconstituição do perispírito que tenha sofrido lesão grave, com desagregação parcial, decorrente, por exemplo, nos casos de suicídio, quando o corpo é destroçado por veículos pesados; ou numa outra hipótese, quando o Espírito de tal forma promoveu maldades, que sua vestimenta perispiritual se danifica seriamente.

Nesses casos, no período da gestação, o incomparável auxílio psicodinâmico maternal já estará proporcionando início da citada recuperação. Como vemos, de todo mal Deus tira um bem!

Da concepção ao nascimento, a maioria dos Espíritos se iguala àquele que dorme; depois, ao despertar, só aos poucos recobra a consciência (da tenra idade à fase plena da consciência).

3. Faculdades morais e intelectuais do homem (questões 361 a 366)

Boas qualidades morais evidenciam um Espírito evoluído; más, um Espírito com pouca evolução moral. Homens inteligentes há que não têm evolução moral, mas como todos progridem, também eles, um dia, serão bons.

4. Influência do organismo (questões 367 a 370)

A matéria, de certa forma, cerceia a liberdade do Espírito, mas não lhe retira nenhuma faculdade que lhe seja própria. Predisposição e situação dos órgãos físicos de cada ser evidenciam efeito, cuja causa necessariamente só pode estar em vidas passadas. Isso se refere mais a dificuldades físicas. Nada objeta, porém, que Espíritos adiantados aceitem, como missão, reencarnar com essa ou aquela deficiência.

5. Idiotismo e loucura (questões 371 a 378)

Longe de espelhar natureza inferior, a alma dos seres com deficiências cérebro-mentais até evidenciam Espírito de grande inteligência, em provável resgate de mau emprego dela. Podem ser comparados a um excelente músico que só dispõe de um instrumento defeituoso — permanece músico excelente, mas não produzirá boa música... Essas expiações lhes são benéficas por imporem temporário impedimento de novas quedas, ao tempo que proporcionam tempo para novas disposições.

6. A infância (questões 379 a 385)

É engano pensar que as crianças têm Espírito mais novo do que o dos adultos, pois, não raro, dá-se o contrário. O organismo infantil, pela engenharia divina, é que oferece obstáculo à manifestação plena do potencial espiritual da criança.

A infância pode ser comparada a um período de repouso para o Espírito, que nada tem de se preocupar, atribuição essa dos pais. Aliás, é na fase infantil que o Espírito se torna delicado, brando e acessível a novas impressões — obrigação dos pais — tendentes a lhe proporcionar mais adiantamento.

7. Simpatia e antipatia terrenas (questões 386 a 391)

Conquanto não se reconheçam, não é raro dois seres se encontrarem e de imediato sentirem simpatia ou antipatia, recíprocas, isso evidenciando circunstâncias de vidas anteriores. Por outro lado, nada impede que haja simpatia/antipatia em Espíritos que não se conheçam, tão logo se aproximem: impera aí, em ambos, a sintonia ou repulsa fluídica, segundo o patamar vibracional de cada um.

8. Esquecimento do passado (questões 392 a 399)

Benção das bênçãos divinas, o esquecimento do passado tem sido freqüentemente deslembrada pelos homens, muitos dos quais buscam mergulhar no passado, através a chamada TVP — Terapia de Vidas Passadas...

Ouçamos Kardec:

“Gravíssimos inconvenientes teria o nos lembrarmos das nossas individualidades anteriores. Em certos casos, humilhar-nos-ia sobremaneira. Em outros nos exaltaria o orgulho, peando-nos, em conseqüência, o livre-arbítrio. Para nos melhorarmos, dá-nos Deus exatamente o que nos é necessário e basta: a voz da consciência e os pendores instintivos. Priva-nos do que nos prejudicaria.”

Aliás, amiúde é possível o próprio indivíduo conhecer o que foi: aquele que vivencia determinada expiação, por si só infere sobre o gênero de sua(s) existência(s) anterior(es). Isso, porém, não pode ser tido à conta de regra absoluta. As tendências instintivas são o meio mais seguro para essa auto-radiografia do nosso passado...

Como simples roteiro, nada absoluto, das vicissitudes e das provas que sofre o indivíduo ele pode alcançar esclarecimento acerca do que foi... Por exemplo:

- o orgulhoso será castigado no seu orgulho, mediante a humilhação de uma existência subalterna;

- o mau-rico (avarento), pela miséria;

- o que foi cruel para os outros, pelas crueldades sofrerá;

- o tirano, pela escravidão;

- o mau filho, pela ingratidão de seus filhos;

- o preguiçoso, por um trabalho forçado;

- etc.

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