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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

25 - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO *

CAPÍTULO III: HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI

ITENS 16 A 18: MUNDOS REGENERADORES

2 - Emmanuel, A CAMINHO DA LUZ, capítulo III: As Raças Adâmicas

Nova mensagem de Santo Agostinho, também psicografada em Paris, em 1862.

 "Cada turbilhão planetário, girando no espaço em torno de um centro comum, arrasta consigo mundos primitivos, de provas, de regeneração e de felicidade."

Tornar-se mundo regenerador é a próxima fase do nosso planeta, o alvo para o qual devemos nos esforçar para atingir, porque nesses mundos o espírito imortal está liberto de muitos sofrimentos necessários a espíritos rebeldes às leis divinas. Neles goza-se de uma felicidade considerada impossível por muitos de nós, mas mais próxima da felicidade real, que vem de dentro do ser, pela sua compreensão da sabedoria e do amor de Deus.

Alguns mundos transitórios podem ser chamados de regeneradores, porque servem de transição entre os de expiações e os felizes.

Pensamos que nesses mundos acontece a realização dos nossos sonhos atuais de paz e felicidade. Cada povo continua com sua cultura, seus usos e costumes sociais, religiosos, mas sem querer impô-los: a liberdade individual de escolha funciona no respeito à liberdade do outro. As pessoas se movimentam sem restrições, de um país a outro, porque onde estiverem continuarão no esforço de trabalhar no bem.

Nossos maiores e difíceis problemas atuais, como a má distribuição de rendas, as diferenças do viver de muitos na falta do necessário, sem condições intelectuais e financeiras de mudança, dos que lutam e se esforçam para manter sua família num bem-estar razoável e do consumismo e desperdício de outros, pela abundância de bens materiais, estão resolvidos ou em vias de o serem, pela boa vontade de todos que desejam para o próximo o que deseja para si.

Os governos são constituídos por pessoas escolhidas por todos, pela sua inteligência e moralidade vividas no dia a dia. Os deveres e direitos de cada um e de todos estão determinados por leis entendidas e aceitas por todos, porque seus habitantes já estão convencidos de que só o bem de todos e para todos traz a paz e a felicidade para cada um

São mundos mais felizes em relação à Terra

O homem ainda está sujeito às leis que regem a matéria. A humanidade experimenta as vossas sensações e os vossos desejos mas, está isenta das paixões desordenadas que vos escravizam. Neles não há mais o orgulho que emudece o coração, a inveja que o tortura e o ódio que o asfixia. A palavra amor está escrita em todas as frontes; uma perfeita equidade regula as relações sociais; todos se manifestam a Deus e procuram elevar-se a Ele, seguindo as suas leis."

Diz Santo Agostinho que não existe aí a perfeita felicidade, mas a aurora da mesma. Compreendemos esta afirmativa, mas para nós que vivemos em um mundo onde o bem encontra imensas dificuldades para crescer, a resolução dos nossos problemas maiores será uma imensa felicidade e a amostra de que podemos um dia alcançar a felicidade plena dentro de nós.

Nosso Irmão Maior nos diz isso e afirma que esses mundos representam a calma após a tempestade, a convalescença após uma doença cruel.

Neles, embora vivendo ainda uma vida material, com problemas materiais, mas diferentes dos nossos, o homem sente-se feliz porque sabe que seus esforços têm um sentido nobre, compreende que existe um futuro de paz e felicidade para todos, e que ele está colaborando nessa conquista

Compreendendo a continuidade da vida, sentindo o amor crescendo dentro de si, sua percepção espiritual se amplia e ele antevê o futuro, colocando-se acima dos horizontes materiais; sente-se participante e colaborador do Pai e confiante, esforça-se mais e mais no bem-estar de todos. Todavia, ainda aí, num mundo bem melhor do que o nosso, o homem não se libertou totalmente do mal e pode falhar, podendo até retornar a um mundo de expiações e de provas, não num retrocesso espiritual, visto que levará consigo o que conseguiu desenvolver, mas para melhorar-se, não prejudicando o progresso dos habitantes do mundo regenerador. É uma punição advinda da lei natural e eterna de causa e efeito e no “a cada um segundo as suas obras", do Mestre Jesus.

Em nossas preces, peçamos a Deus que o objetivo do aperfeiçoamento de nós próprios e da nossa Terra, esteja sempre em nossas mentes e nossos corações, a fim de perseverarmos nesta luta de desenvolver o amor dentro e ao redor de nós, possibilitando que possamos viver um dia em um mundo regenerador.

Bibliografia:

1- Allan Kardec, O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Livro Primeiro: Capítulo III: CRIAÇÃO, V: Pluralidade dos Mundos. Capítulo IV, PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS, III e IV: Encarnação nos Diferentes Mundos e Transmigração Progressiva. Capítulo VI, VIDA ESPÍRITA, I e II: Espíritos Errantes e Mundos Provisórios.

Leda de Almeida Rezende Ebner

Junho / 2003

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