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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O LIVRO DOS ESPÍRITOS * Estudo de: Eurípedes Kühl

O LIVRO DOS ESPÍRITOS * Estudo de: Eurípedes Kühl

PARTE SEGUNDA - Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos

CAPÍTULO X — Das ocupações e missões dos Espíritos - (questões 558 a 584)

Como podemos notar, logo de início, o presente capítulo é reduzido, se comparado com o anterior. Não tem subtítulo. Trata das atividades desenvolvidas pelos Espíritos (desencarnados e/ou encarnados): o que fazem, qual a finalidade, onde, como, quando, quanto, com quem.

 É, pois, tema atraente, até porque tem sido e ainda continuará por muito tempo sendo alternadamente o destino que nos aguarda — a nós, ora encarnados —, no pendular movimento de reencarnar-desencarnar...

 Nada melhor para posicionar o entendimento do que trata este capítulo do que reproduzir sua primeira questão:

558. Alguma outra coisa incumbe aos Espíritos fazer, que não seja melhorarem-se pessoalmente?

 “Concorrem para a harmonia do Universo, executando as vontades de Deus, cujos ministros eles são. A vida espírita é uma ocupação contínua, mas que nada tem de penosa, como a vida na Terra, porque não há a fadiga corporal, nem as angústias das necessidades”.

 OBS: Devemos refletir que os Espíritos que têm competência para “executar as vontades Deus, por serem Seus ministros”, necessariamente são aqueles que poderemos considerar Espíritos Puros (vide q. 113, Cap I, 2a.Parte, desta obra).

Não obstante, Espíritos há que por sua inferioridade moral igualmente desempenham tarefas úteis. Num exemplo figurativo, poderíamos comparar tais espíritos como o profissional menos qualificado de uma construção, cuja participação, indispensável aliás, se reveste de importância para o êxito da obra. Há a considerar, ainda, que os Espíritos, no incessante progresso que as várias existências proporcionam, cada vez mais vão acumulando aprendizados diversos. Podemos imaginar que por determinados períodos vão se especializando nesta ou naquela área, seja científica, artística, humanística, filosófica, etc.

 Depois, encarnados ou desencarnados ou encarnados, irão solicitando e cumprindo missões a benefício da Humanidade.

 Vamos, para efeito de comparação, comparar o conhecimento de uma determinada atividade à figura geométrica de um círculo:

 - o primeiro movimento que aciona a formação do primeiro círculo é igual ao seixo que cai no meio de um lago de águas plácidas, formando círculos concêntricos, em expansão até às margens;

 - esse primeiro movimento é a criação do princípio inteligente, por Deus;

 - o lago de águas plácidas é o universo, cujas margens simbolizam a totalização de perfeição possível de ser alcançada pelos Espíritos;

 - os círculos concêntricos que se expandem caracterizam as diversas fases evolutivas (reino mineral, vegetal, animal, hominal e angelical);

 - chegar à margem significará a totalização da pureza espiritual — integralização do saber com o exercício permanente do amor;

 - imaginemos que o saber especializado e a conquista de uma virtude constituem o trajeto que une o ponto do primeiro ao do tricentésimo sexagésimo grau de cada circunferência;

 - o percurso de cada circunferência, do 1° ao 360°, poderá ser feito em uma ou em várias existências físicas e em diversos mundos;

 - o Espírito puro será aquele que percorreu os trajetos de uma por uma das circunferências, da primeira à derradeira e alcançou a fronteira que delimita a perfeição possível à Perfeição absoluta — Deus!

Vejamos algumas particularidades das atividades dos Espíritos.

A. Desencarnados

Espíritos puros:

 - recebem diretamente as ordens de Deus e as transmitem ao Universo inteiro(!);

 - conhecem a vontade de Deus, cujas ordens e missões estão fora da possibilidade humana de identificá-las;

 - vivem pelo pensamento de serem permanentemente úteis, o que lhes constitui um gozo;

Espíritos já adiantados:

 - dentro do conhecimento que detêm (artes, por ex.), quase sempre se interessam pelos encarnados que desempenham tal atividade; desempenham missões sempre voltadas para o bem e consentâneas com seu grau de adiantamento;

Espíritos ociosos:

 - mantêm-se assim temporariamente, contudo, tal ociosidade, cedo ou tarde lhes pesará e a inexorabilidade da Lei Divina do Progresso os retirará de tal estado;

Espíritos vulgares:

 - comumente imiscuem-se com os encarnados nos seus prazeres, deles participando em espúria “sociedade”;

 

OBS: Essa triste associação recebe a denominação espírita de “vampirismo” e é muito comum nos casos de alcoolismo, tabagismo, toxicomania, sexo desvairado e outros comportamentos infelizes.

B. Encarnados

 

- todos têm a sua missão neste mundo, desde os mais adiantados até aqueles que ainda estão em inferioridade de conhecimentos ou de elevação moral;

 - aqueles que se portam de forma inútil (os preguiçosos ou os que descumprem sua escolha pré-reencarnatória) são dignos de compaixão, eis que expiarão arduamente essa voluntária opção;

 - uma missão útil pode ser realizada sem que tenha sido predestinada, tal seja servir a um Espírito desencarnado na elaboração de um livro, de trabalhos artísticos, de muitas descobertas: quase sempre, no desdobramento do sono, ambos se encontram e o autor retransmite ao agente a idéia ou inspiração;

 - a paternidade é uma verdadeira missão, já que, na maioria dos casos, Deus coloca o pai como responsável pela evolução do filho, podendo dar-se o caso de um filho ser um Espírito mais adiantado do que seus pais;

 - um conquistador que espalha calamidades a um povo não terá desempenhado uma missão e sim servido de instrumento para que um desígnio divino se cumprisse — progresso mais rápido desse povo, por ex.

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