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sábado, 25 de outubro de 2008

OS COLABORADORES DE ALLAN KARDEC

Domério de Oliveira 1998 - FONTE: RIE

 Façamos um retrospecto. O Livro dos Espíritos foi lançado em 18 de abril de 1857 pela Livraria Dentu na Galeria de Órleans, no Palais Royal, tendo como proprietária a senhora Mélannie Dentu, viuva e tendo como diretor seu filho Edouar Henri Justin Dentu. Podemos lembrar que o jovem Edouar demonstrou má vontade e recusou-se a publicar “O Livro dos Espíritos”. Entretanto, a senhora Mélannie, mãe de Edouar, disse ao professor Rivail que seria uma honra para eles editar o livro.

Assim sendo, no dia 5 de janeiro de 1857, ao encaminhar os originais para a impressão, a senhora Dentu anotou: “urgente e preferencial”. Assim, a primeira edição de “O Livro dos Espíritos” contou com 1200 exemplares. E a data histórica do nascimento desta obra gigantesca assinala o dia 18 de abril de 1857. Os jornais de Paris, da época, noticiaram o acontecimento. Os livreiros Didier e Ledoyen adquiriram vários pacotes do L.E., em consignação e, logo de início, foram vendidos mais de 50 volumes. Cumpre notar que “O Livro dos Espíritos”, mesmo antes de ser editado, beneficiou a senhora Dentu, tirando-a do calabouço das tristezas e descortinando-lhe a Verdadeira Vida. E, relativamente ao seu filho Edouar. “O Livro dos Espíritos” fez com que passasse a aceitar plenamente a Imortalidade da alma.

Kardec não deixou de registrar os seus profundos agradecimentos ás famílias Baudin, Roustan e Japhet, pela gentileza de oferecerem seus ambientes indispensáveis ao recebimento dos ensaios dos Espíritos por ele compendiados. E, destas famílias exemplares, Kardec destacou as meninas Caroline e Julie Baudin e Ruth Celine Japhet, considerando-as médiuns excelentes, responsáveis pela recepção de “O Livros dos Espíritos”. Essas meninas, pondo de lado os prazeres próprios da mocidade e sacrificando horas de estudos e afazeres domésticos, prestaram-se, durante mais de um ano, com o máximo desinteresse material e a melhor dedicação espiritual, ao fatigante uso de seus dotes mediúnicos. O Codificador, referindo-se às aludidas meninas médiuns assim se expressou:

“Devo à mediunidade de Caroline e Julie Baudin a essência dos ensinos espíritas contidos em ”O Livro dos Espíritos” e à mediunidade de Ruth Celine os esclarecimentos complementares que permitiram acertar alguns pontos”.

Também, outros médiuns valorosos, colaboraram com o mestre Kardec, destacando-se:

Sr. Japhet médium intuitivo

Sr. Roustan médium intuitivo

Sra. Canu médium sonâmbula inconsciente

Sr. Canu médium falante

Sra. Leclerc médium falante e vidente

Srta. Aline Carlotti médium falante e psicógrafo

Sra, Plainemaison médium auditiva

Sra. Roger médium clarividente.

Todos os médiuns acima citados, figuras notáveis, portadores da mais límpida e genuína mediunidade, espontaneamente, emprestaram parcelas significativas de trabalho, de amor e solidariedade.

Graças às colaborações desses médiuns, Allan Kardec, chegando à realidade dos fatos, proclamou:

“Eu tinha diante dos olhos jorrada de repente a minha estrada de Damasco, a Luz Fulgurante da Verdade. E a Verdade, em plena luz, pareceu chamar-me pelo nome, como fez a Paulo, e por isso, em meu Espírito, eu lhe respondi: Presente!”

Nesta data memorável, Kardec apanhou um caderno, com o título de “Memórias” e principiou a escrever:

“Hoje, finalmente, 18 de abril de 1857, posso dizer que lancei a público o

trabalho mais importante da minha vida pelo enorme benefício que espalhará...”.

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