Redação
O Renascimento, ou Renascença, consistiu na renovação científica, literária e artística, realizada nos séculos XV e XVI, e que era fundada em grande parte na imitação da Antiguidade. Ocorreu na Europa sob a influência da cultura antiga, então em voga. Foi particularmente facilitada pela descoberta da Imprensa, que vulgarizou as obras dos grandes gênios da Antiguidade, e pela invenção da gravura, que vulgarizou as obras de arte. É o tempo de Ariosto, Maquiavel, Bempo, Tasso, Trissino, Glotto, Orcagna, Brunelleschi, Donatello, Luca della Robbia, Cimabué, Fra Angélico, Leonardo de Vinci, Rafael, Miguel Ângelo, Bramante, entre outros. Manifestou-se no fim da Idade Média, na Itália, e sua influência estendeu-se a outros povos da raça latina, especialmente a França, Portugal e Espanha, fazendo-se mais tarde sentir nos países do norte europeu.
Nós, espíritas, sabemos que esse movimento não foi obra do acaso: as leis de Deus regem o progresso do Universo; Jesus, governador espiritual da Terra detém o planejamento do desenvolvimento contínuo da nossa Humanidade; a Renascença dos séculos XV e XVI ocorreu quando a Humanidade estava preparada para recebê-la, depois dos tantos e tantos sofrimentos e aprendizados, quase sempre pela dor, nos séculos anteriores.
Assim como no âmbito da religião ocorreram gradações em sua evolução, e ainda ocorrem. Também na esfera da cultura em geral, da filosofia, da ciência, da literatura e das artes assim acontece.
Na religião, primeiro o politeísmo, na infância da Humanidade, adorando um deus em cada força da Natureza, pela tendência inata em crer num poder superior, mas incapaz ainda de se aprofundar nesse campo, sendo que o politeísmo ainda existe entre muitos povos da atualidade; depois o monoteísmo, com Moisés, com Jesus, com Maomé, com Kardec; este último dando cumprimento à promessa de Jesus sobre a vinda do Consolador, do Espírito de Verdade.
Também no monoteísmo há gradações de entendimento: embora crendo num só Deus, não é exatamente o mesmo entendimento do Criador que têm os hebreus, os mulçumanos, os cristãos; mais que isso, em cada uma dessas crenças houve, no curso do tempo, ortodoxos e não ortodoxos, divisões, cisões, em função de diferentes interpretações dos textos religiosos. E algumas cisões ainda persistem.
No próprio movimento espírita ocorreram, no curso das décadas, tentativas de desvirtuar o pensamento de Kardec, vale dizer do Espírito de Verdade, que conduziu e revisou seu trabalho, o que nos convoca a estudar cada vez mais a obra de Kardec, base sobre a qual se assenta o movimento espírita
O planejamento do Alto vai se instalando no plano corpóreo através dos encarnados, que precisam estar atentos no estudo, vigilantes na sintonia, perseverantes no trabalho.
No que diz respeito à evolução do sentimento religioso, com certeza existe um planejamento superior conduzindo sua trajetória, representando a Doutrina Espírita contribuição fundamental nesse sentido e, por isso mesmo, merecendo ser cada vez mais divulgada nos quatro cantos do mundo: não com objetivos de proselitismo, mas de contribuição ao esclarecimento sobre o lado espiritual da vida e do orbe.
Assim também com relação ao aspecto cultural, filosófico, científico, artístico, literário, no mundo todo.
A literatura espírita nos fala do Novo Renascimento, da Nova Renascença, que se prepara para trazer ao mundo e à Humanidade novas luzes, em todas as áreas, através de Espíritos mais preparados reencarnando em todos os povos.
É a nova geração de que nos fala Kardec na parte final do livro “A Gênese”.
O objetivo desse movimento é, gradativamente, trazer ao plano material o desenvolvimento cultural que existe nas cidades espirituais de luz, nas esferas mais altas da quarta dimensão, e em mundos mais adiantados que o nosso.
Jornal O CLARIM
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