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domingo, 12 de outubro de 2008

QUEM AMA PERDOA

 Pedro de Almeida Lobo

 O amor é bom enquanto dura. Essa frase é dita amplamente sem cerimônia, e com pouca reflexão a respeito do sentido universal do amor.

Para muitas pessoas, principalmente para aquelas que têm o dissabor de conviver com algumas frustrações no campo do relacionamento a dois, o amor é algo estranho. Não sabem o que realmente acontece com ele.

Em muitas ocasiões, a princípio, a afetividade é tão intensa que cria um doce e recíproco encantamento, aparentando a existência de amor verdadeiro. Tempos depois, ao se conhecerem melhor, e por serem de personalidades diferentes, começam os desentendimentos, às vezes sem motivos plausíveis ou explicações mais convincentes.

Quando menos se espera, proclamam uni ou bilateralmente que o amor acabou. Ledo engano.

Jamais existiu amor.

Analisando essa situação – que não é conto de fadas, acontece com freqüência, notadamente entre jovens –, na esmagadora maioria das vezes não existia a figura do amor. É oportuno lembrar-se de que o amor é fonte segura de liberdade, afeto, ternura, compreensão e respeito.

Por isso, jamais acaba. Amplia-se a cada palavra, gesto, gentileza trocada entre pessoas que se querem bem. Quando há essas condicionantes amoráveis, jamais reinam circunstâncias que não sejam perdoadas.

 No entanto, o que ocorre com mais vagar entre as pessoas não é a força pujante do amor que impera e sim a indução calorosa da paixão.

 Apaixonar-se não é sinônimo de amar.

 Pelo contrário. Por vezes são antônimas. O amor liberta, a paixão aprisiona. Tanto é verdade que jamais se ouviu dizer sobre crime amorável. O usual é crime passional, ou seja, aquele que tem como fator causal a paixão.

 A frase citada de início seria verdadeira quando se dissesse: “A paixão é boa enquanto existir atração física ou interesses outros na união”. Todavia, no tocante ao amor, essa afirmação não procede. “Quem ama perdoa”, incondicionalmente. 

Da “Revista de O Cruzado”, informativo da Cruzada dos Militares Espíritas (www.cme.org.br)     

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