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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A INDÚSTRIA

Revista Espírita de Allan Kardec

Abril, 1859

 COMUNICAÇÃO ESPONTÂNEA DO MÉDIUM PSICÓGRAFO, Sr. CROZ,

LIDA NA SESSÃO DA SOCIEDADE, A 21 DE JANEIRO DE 1859

 As empresas que vemos surgir diariamente são atos providenciais e o desenvolvimento de germes depositados pelos séculos. A humanidade e o planeta por ela habitado têm uma mesma existência, de fases encadeadas e correspondentes.

 

Logo que se acalmam as grandes convulsões da natureza, e que passa a febre que propelia às guerras de extermínio, brilha a filosofia, desaparece a escravidão e florescem as ciências e as artes.

 

A perfeição divina pode resumir-se no belo e no útil; e se Deus fez o homem à sua imagem é porque queria que ele vivesse de sua inteligência, como ele próprio vive no seio dos esplendores da criação.

 As empresas que Deus abençoa, sejam quais forem as suas proporções, são as que

correspondem aos seus desígnios, trazendo o seu concurso à obra coletiva, cuja lei está escrita no universo: o belo e o útil; a arte, filha do repouso e da inspiração, é o belo; a indústria, filha da ciência e do trabalho, é o útil.

 Observação: Esta comunicação é mais ou menos a iniciação do médium, que acaba de desenvolver-se com admirável rapidez; e é de convir que como experiência, esta é promissora. Desde a primeira sessão ele escreveu, de um jacto, quatro páginas, que nada ficam a dever ao que se acaba de ler, pela profundeza dos pensamentos, o que nele denota uma admirável aptidão para servir de intermediário a todos os Espíritos para comunicações particulares. Aliás nós necessitamos de mais estudos neste particular, porque nem a todos é dada uma tal flexibilidade. Conhecemos médiuns que não podem servir de intermediários senão a determinados Espíritos e para uma certa ordem de idéias.

 Depois de escrita esta nota chegamos a constatar o progresso do médium, cuja faculdade oferece caracteres especiais e dignos de maior atenção do observador.

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