A Fonte da Eterna Juventude já foi descoberta, há muito tempo; porém, poucos se deram conta de tão notável evento. Isto, porque os caminhos de busca foram escolhidos pela maioria com base nos pressupostos da vaidade, prevalecendo o conceito de que só a aparência reflete a juventude que cada individualidade pode e deve irradiar.
A Humanidade sempre se preocupou com os aspectos externos da personalidade, como se tal anseio, uma vez satisfeito, pudesse significar a legítima sensação de bem-estar almejada.
Multiplicam-se os institutos de beleza, as academias de cultura física, as cirurgias plásticas, os implantes, etc. Tudo com vistas à obtenção de formas anatômicas perfeitas, mesmo que tais intentos sejam obtidos com imensos sacrifícios, horas perdidas nas academias, riscos cirúrgicos e, às vezes, o uso de substâncias anabolizantes, sabidamente nocivas à saúde. No entanto, a magia da juventude não se relaciona, apenas, com a imagem externa. Ela se encontra em nosso íntimo; mas nem todos a enxergam, de fato. A juventude autêntica é um fenômeno puramente interior, a se exteriorizar não por meio de sinais físicos, mas por intermédio de atitudes saudáveis, fraternas, otimistas e solidárias. A juventude que encanta é uma condição especial de comportamento afetivo. Vibra, no âmago da criatura, e caracteriza certo grau de maturidade do senso moral. Às vezes, por trás da aparente beleza física, manifestam-se conflitos psíquicos de grande intensidade, responsáveis pelo envelhecimento precoce do ser. A vaidade excessiva, a ambição desmedida, a desonestidade corriqueira, a falta de sensibilidade afetiva, a inveja doentia, o mau-humor constante revelam-se os maiores obstáculos a serem suplantados por aqueles que desejam manter-se jovens, de verdade.
Devemos reconhecer que a autêntica juventude engloba, necessariamente, um grupo de pequenas virtudes, quais sejam: a maneira gentil de ser, o modo equilibrado de reagir aos estímulos ambientais, a forma saudável de interagir com os semelhantes, o espírito de conciliação, o interesse em colaborar para a manutenção da harmonia ambiental e outros mais.
Assim, o aspecto externo da criatura tem importância relativa, pois nem sempre reflete o seu estado de alma. A eterna juventude é um predicado do Espírito. Só os mais experimentados nos exercícios enobrecidos da vivência terrena conseguem a permanência da jovialidade, independentemente da idade cronológica.
Diz o velho ditado: querer é poder. Pois bem, se soubermos mobilizar a vontade e aplicá-la nos recursos do bem, remoçaremos, progressivamente; e, quando a alma se mostra jovem, o arcabouço físico reflete uma beleza indefinível. Por isso, freqüentemente, escutamos: “Fulano não é bonito, mas é extremamente simpático”. Eis a mais pura verdade. Com os sentidos físicos, enxergamos a aparência, nem sempre bela; mas, com os olhos da alma, identificamos a beleza legítima a vibrar acima das aparências.
Sem dúvida, a tal Fonte da Juventude está ao alcance de todos. Basta um pouco de conscientização, de boa-vontade, de alegria de viver, de simpatia espontânea, de generosidade para com o próximo e, logo, nos sentiremos incluídos no grupo dos felizes portadores da jovialidade permanente.
Da revista “Tribuna Espírita” (Rua Prefeito José de Carvalho, 179 – Jardim Treze de Maio – CEP 58025-430 João Pessoa, PB – telefone [83] 3224-9557 e correio eletrônico joseafrazao@hs24.com.br).
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