Frederico Guilherme Kremer
A interpretação de Allan Kardec para a Parábola do Festim das Bodas, apresentada no capítulo 18 de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, nos ensina que os povos ou países (cidades) são chamados, periodicamente, a liderarem o desenvolvimento da humanidade que está disperso em outras regiões.
Neste sentido, poderíamos citar como exemplos, a liderança do povo hebreu no desenvolvimento do monoteísmo e os gregos na filosofia. Mais recentemente, poderíamos lembrar a França que, em meados do século XIX, foi o berço do Espiritismo, embora o estudo dos fenômenos espíritas viesse acontecendo em vários países.
Ao final do século XIX, esta liderança foi transferida para a Alemanha, mas precisamente para Berlim, tornando-a, no primeiro terço do século XX, o centro do conhecimento humano. Nessa época, a física encontrava-se num dilema, pois o conhecimento disponível era incapaz de explicar novos fenômenos que surgiam, gerando um impasse para o avanço da humanidade.
O conhecimento físico dispunha da mecânica clássica de Newton e do magnetismo de Faraday, que não explicavam, por exemplo, a radiação.
Em Berlim, encontraram-se, entre outros, dois dos maiores cientistas que a humanidade conheceu. O primeiro deles foi Max Plank, o iniciador da física quântica.
Nascido um ano após a publicação de “O Livro dos Espíritos”, em abril de 1858, tinha um patrimônio intelectual diferenciado, ligado à ciência e às artes. Nas artes chegou a reger e compor música clássica, e nas ciências sempre se destacou na matemática.
A sua vida foi difícil pois sua primeira esposa morreu prematuramente, duas filhas morreram dando à luz e o filho primogênito morreu na Primeira Grande Guerra.
Por fim, durante a Segunda Guerra Mundial, Plank tentou ajudar os cientistas judeus e viu seu filho mais novo ser morto pela Gestapo, acusado de participar do atentado a Hitler em 1944. Plank desencarnou em 1947.
A física quântica permitiu ao homem avançar no conhecimento do infinitamente pequeno, ajudando na estruturação do modelo planetário do átomo, definido por Rutherford e Niels Bohr no início do século XX, com os elétrons girando em torno de um núcleo composto por nêutrons e prótons.
Posteriormente, além das partículas subatômicas, foram encontradas partículas subnucleares, chamadas de quarks. Atualmente, discute-se a Teoria das Supercordas, que seriam elásticos ultrapequenos e que, a partir da condição vibracional deles, todas as substâncias seriam formadas.
Seria como uma partícula divina. Assim, quanto mais a física avança, mais ela se aproxima dos postulados espíritas, pois na pergunta 23 de “O Livro dos Espíritos” encontramos a afirmativa dos benfeitores espirituais de que existe uma partícula fundamental formadora de todas as substâncias.
Em 1913, Max Plank, acompanhado por mais um cientista, empreende uma viagem até Zurique com um objetivo muito especial. A exemplo dos reis magos, que, segundo a narrativa de Mateus, foram adorar o menino Jesus, a comitiva de Plank foi reverenciar um jovem cientista de 34 anos, Albert Einstein, e convencê-lo a mudar-se para Berlim, onde, por certo, a divulgação de seus trabalhos e seu renome iriam aumentar, superando os de Plank.
Em 1914, Einstein chega a Berlim, onde residiria até 1933, quando então mudou-se para os Estados Unidos em virtude da ascensão de Hitler ao poder na Alemanha.
Einstein desenvolveu a Teoria da Relatividade, que levou a humanidade a desvendar o infinitamente grande. Destacamos, a seguir, alguns conhecimentos estudados por Einstein:
– A relação do tempo com a velocidade.
Quanto mais rápida a velocidade, o tempo passa mais devagar. Esta teoria é fundamental para as atividades espaciais;
– A equivalência entre matéria e energia, através da fórmula E=MC2, onde C é a velocidade da luz. Através dela, algumas gramas de urânio destruíram Nagasaki e Hiroshima em 1945;
– O efeito fotoelétrico e o quinto estado da matéria.
Dizem alguns cientistas que a harmonização da Teoria da Relatividade de Einstein, do infinitamente grande, e da Física Quântica de Plank, do infinitamente pequeno, será viável através da Teoria das Supercordas.
Este acontecimento entre Plank e Einstein nos leva a recordar uma ocorrência semelhante no campo do espírito, com João Batista e Jesus. O precursor de Jesus, o Elias reencarnado, iniciou o seu ministério anunciando a chegada próxima do tão aguardado Messias, no deserto de Judá, na Palestina.
Muitos seguiram a João, confiantes em sua palavra vibrante, sincera e humilde. Foi quando então sua promessa é cumprida.
Jesus desce da Galiléia para a Judéia, encontra-se com João, sendo por ele batizado, dando início à sua epopéia de amor. E o povo começou então a seguir Jesus.
Alguns discípulos mais próximos de João ficaram melindrados com esta mudança do povo e foram reclamar com ele. Foi quando então o grande João Batista anunciaria uma das mais famosas frases do Evangelho, e que retrata a essência desse grande espírito: “É necessário que Ele cresça e eu diminua”.
A grandeza e a humildade de Plank também o levaram a colocar o interesse da ciência – e por extensão da humanidade – acima de quaisquer considerações pessoais.
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Sábado, 11/10/2008 – no 2115
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