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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

OBJETIVO EXISTENCIAL: UMA RAZÃO PARA VIVER (I)

Luzia Helena Mathias

 DA NECESSIDADE PARA A SAÚDE DE SE TER UM PROJETO PESSOAL

“Tal conquista sempre se consegue mediante o esforço da não-aceitação comodista, partindo-se para a luta de crescimento pessoal e de transformação ambiental que facultam a existência feliz” (Joanna de Ângelis, em “Amor imbatível amor”).

Antes de entrar no assunto vou contar uma história breve. Há cerca de dez anos, recebi um diagnóstico de câncer.

A notícia veio me colocar diante do abismo existente entre o que sabemos e o que sentimos. O tombo foi vertiginoso.

Caída no solo da minha indigência espiritual, fiz o que não podia deixar de fazer: raspei fundo na minha alma, cada recurso disponível, cada mínimo progresso realizado, cada socorro possível. Habituada a encontrar em livros respostas aos meus questionamentos, entrei meio sonâmbula, na livraria do Centro Espírita Léon Denis (Celd), no Rio de Janeiro, em busca de um socorro no qual eu mesma não acreditava.

Devo ter sido carregada, empurrada, arrastada mesmo, até uma estante da qual puxei um livro de uma autora da qual já havia apenas ouvido falar: Joanna de Ângelis. O livro? “Plenitude”. Abri-o “ao acaso”, no capítulo intitulado “Auto-cura”.

No texto da benfeitora encontrei um roteiro para fazer por mim mesma mais do que chorar e me desesperar. Encontrei um método de trabalho em quatro passos: 1 - Cuidar do meu pensamento; 2 – Conversar com Deus; 3 - Otimizar minhas condições físicas e, apesar da minha indigência, 4 - Doar amor.

Ao ler o conteúdo deste último passo, me ocorreu que poderia compartilhar com quem quisesse este conhecimento, uma vez que já tinha ouvido muitas pessoas falarem que não conseguiam entender Joanna de Ângelis. Consegui uma sala no Centro e comecei este trabalho. De lá para cá, me tratei, segui as propostas da medicina, fiz a minha parte, me curei. O trabalho de uma sala cresceu. Hoje usamos o salão e várias salas, porque, embora todos sofram, poucos aprenderam a sofrer bem como propõe o Evangelho ou pelo menos “com educação” como diz Emmanuel. Muitos se queixam, mas poucos sabem se ajudar a superar os sofrimentos.

Conforme o tempo vai passando e vamos ouvindo mais e mais pessoas, vamos estudando mais, ouvindo mais os amigos espirituais, nossa compreensão das causas e dos hábitos humanos diante do sofrimento vai se aprofundando. E vamos fazendo as nossas descobertas que norteiam as práticas que adotamos em nossas vidas e na transmissão do Método de Auto-cura.

Foi assim que inserimos como um ponto de partida para a prática dos quatro passos o conhecimento que chamamos de Projeto Pessoal.

Não ousaríamos inserir nada na proposta da mentora sem ouvi-la, através do meio que dispúnhamos: seus livros. Bastou uma pesquisa rápida, para encontrá-la tratando do que queríamos no livro “Amor imbatível amor”, no capítulo “A busca do sentido existencial”.

E afinal o que queríamos?

Queríamos uma orientação para a nossa perplexidade. Ao transmitirmos a orientação de Joanna sobre a “re-orientação” do Pensamento (quer dizer: o doente deve se projetar no futuro curado e feliz, fazendo algo útil a si mesmo e aos demais), vimos que as pessoas simplesmente não conseguiam fazer isso, porque não conseguiam pensar em nada que pudessem, quisessem, aspirassem fazer por si mesmas. Declaravam-se absolutamente incapacitadas de sonhar seus próprios sonhos. Tudo o que queriam era voltar à sua “vida normal” antes da doença, ou então realizar-se através de outras pessoas, ou ainda que outras pessoas, finalmente, as fizessem felizes. Muitas nem isso sonhavam. Estando descrentes de tudo, negavam-se a sonhar para não se decepcionarem.

Ao perguntarmos aos nossos companheiros que nos dão a oportunidade do trabalho: “O que você vai fazer quando se curar? Ou melhorar?” Deparamo-nos muitas vezes com um muxoxo de pouco caso, um dar de ombros descrente, um “sei lá” ou um “qualquer coisa”, algumas vezes um acachapante “nada!”.

Ora, como será possível encontrar ânimo e energia para pôr em prática as propostas de trabalho árduo do Método de Auto-cura, pensando-se em atingir com tal esforço o “sei lá”, a “qualquer coisa”, ou o “nada”? Não é!?

Joanna afirma, no texto citado, de maneira cabal: “Sem meta não se vive, obedece-se aos automatismos fisiológicos em perigoso crepúsculo psicológico, a um passo do suicídio”. E propõe o Projeto Pessoal, dizendo: “Quando o ser se percebe atuante, produtivo,necessário, vibra e produz. Todo e qualquer contributo psicoterapêutico, logoterapêutico, há de a autovalorização do paciente.”

 

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Sábado, 2/8/2008 no 2105

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