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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

EM NOME DA VIDA

Assaruhy Franco de Moraes

“E a paz de Deus domine em vossos corações, para a qual também fostes chamados em um corpo, e sede agradecidos”

– Paulo (Colossenses, 3:15).

Não só aqueles que professam o Espiritismo, mas todos os que valorizam a dignidade humana, todos os que norteiam suas ações segundo as luzes do Cristianismo, não poderiam deixar de aplaudir a recente decisão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, da Câmara Federal, que rejeitou um projeto de 1991, segundo o qual ficaria legalizado o aborto no Brasil.

Ao longo desses anos, foram inúmeras as investidas de nossos irmãos ainda não esclarecidos sobre a importância da vida, para que fosse legalizada a hediondez do aborto, com os mais variados argumentos, com as mais estranhas premissas e todos os refutáveis argumentos.

Dizer que a mulher tem o direito de decidir sobre o seu corpo é uma falácia, é um equívoco, pois o corpo humano é uma dádiva e um empréstimo de Deus, não somos donos dele, somos fiéis depositários e, como tal, responsáveis pelo que fazemos de bom ou de mal com ele.

Se fôssemos donos de nosso corpo, poderíamos decidir quando ficarmos doentes, dizer que não aceitamos o câncer, escolhermos o dia de nossa morte física ou, então, não envelhecermos...

Mas, mesmo que a decisão de abortar fosse válida, já que haveria uma presunção de direitos, seria ilegítimo, com sérias implicações, considerando que se estaria decidindo pela vida de outro ser humano, indefeso, enclausurado em um corpo que apenas serve de abrigo temporário. Seria lícito decidir-se sobre a vida de outrem?

Seriam os homens deuses a darem, ou não, o direito de nascer a um feto com vida?

Na discussão sobre a interrupção provocada pelo aborto, muitos dizem que não existe vida no feto... A vida só se manifesta no nascimento, logo, quem provoca o aborto não está matando!

Será que os defensores desse princípio não percebem a inconsistência de tal premissa? Se a vida somente se manifestasse no nascimento, o aborto impediria que isso acontecesse e o crime estaria configurado.

A hipocrisia social deste planeta de expiações e provas marca com a vergonha as mães solteiras, e o aborto é o caminho para que elas não sejam estigmatizadas.

Nessas horas, é preciso que não nos esqueçamos do exemplo de Jesus: Ele salvou a mulher pecadora de ser apedrejada, simplesmente perguntando aos acusadores qual deles estava completamente isento de pecado, pois só esses poderiam atirar pedras...

Nenhum crime hediondo pode ser justificado por uma pretensa honra a ser salva. A mulher assume um terrível compromisso, só porque a sociedade situa a honra em critérios alheios ao coração.

A situação financeira é outra “razão” muito comentada. Dizem que é desumano colocar-se no mundo crianças que vão ser delinqüentes, produto da miséria, da fome!

É bem verdade que a delinqüência tem, muitas vezes, origem nos guetos miseráveis, mas a grande maioria dos estigmatizados pela miséria não são perigosos.

É só assistir ao noticiário da TV e vamos encontrar facínoras, corruptos, ricos delinqüentes que são produto de uma classe média que não cultiva valores morais e éticos e que, certamente, não veio dos guetos. Se, ao invés de justificar-se o aborto pela pobreza, todos trabalhassem por um mundo melhor, com mais educação, solidariedade, generosidade, com a presença de Deus o Pai que não rejeita seus filhos , então não se pensaria no sacrifício de vidas indefesas para a justificação da queda na violência.

Há pouco tempo, uma pessoa conhecida minha recusou-se a conversar sobre esse assunto, alegando saber que eu era contra o aborto. Respondi que ser contra traz conotações negativas, eu preferia ser a favor da vida, são faces da mesma moeda, mas ser a favor da vida me faz mais feliz.

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