Depois de tantos desastres, bastou uma simples medida para se reduzir em 63% o número de mortes por acidentes no trânsito, e isso só em São Paulo, a maior cidade brasileira. Desde que entrou em vigor a Lei 11.705, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, o hábito de beber antes de dirigir foi deixado de lado por muitos motoristas como num passe de mágica, certamente por causa da rígida punição aplicada a quem for pego ao volante com vestígios de consumo de álcool: multa de R$955,00 e mais a perda da carteira de motorista por 12 meses.
A redução no número de mortes foi divulgada no dia 18 de julho pelo Instituto Médico Legal (IML). O levantamento comparou as três primeiras semanas de junho, período que antecedeu à chamada lei seca, com as três semanas após sua implantação. Na primeira fase, a média foi de 11,7 mortos na quinta, sexta, sábado e domingo de cada semana. Depois que a nova lei entrou em vigor, o percentual caiu para 4,3 mortos no mesmo período, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Apesar da penalidade, entre a noite de quinta-feira e a madrugada de 18 de julho, a Polícia Militar multou 18 pessoas, das quais três apresentavam sinais de embriaguez.
Quem tenha lido algum livro espírita, ido a uma palestra, enfim, iniciado seus estudos sobre o Espiritismo, já é capaz de deduzir que todo e qualquer vício é prejudicial à criatura, esteja ela encarnada ou não. Por isso, a posição do espírita frente ao hábito do alcoolismo, como o do tabagismo, deve ser, embora esses dois vícios sejam socialmente ainda tolerados, bem clara, como esclarece o Espírito Camilo, pela mediunidade de José Raul Teixeira, no livro “Desafios da educação”, da Editora Fráter:
“Diante do conjunto de orientações sobre os malefícios produzidos pelo álcool e pelo fumo, caberia ao cristão-espírita ter maior atenção para com a sua vida, evitando matricular-se nesse rol das atormentadas criaturas que não conseguem livrar-se desses vícios cruéis, obsidiadas pelo egoísmo próprio e exploradas por vampiros insaciáveis que delas se nutrem.
Pouco tem adiantado o incontável número de palestras, de mensagens espirituais, informes médicos, apontando para os prejuízos dessa miséria, porque, de costume, os dependentes dessas drogas estão sempre se baseando no indivíduo errado, no mau exemplo, para justificar seus usos, o que demonstra que têm pouca vontade de abandonar tais vícios.
O verdadeiro espírita, aquele que se estriba no pensamento da Doutrina, tomando-o como bússola, deve lembrar da explicação do Espírito Jorge, quando exprimiu-se, em Paris, em 1863, dizendo no item cuidar do corpo e do espírito: ‘Para que essa prisioneira viva (a alma), se expanda e chegue mesmo a conceber as ilusões da liberdade, tem o corpo de estar são, disposto, forte’ (“O Evangelho segundo o Espiritismo”, capítulo 17, item 11). Com base na Codificação Espírita, então, há muito para o espírita meditar, munir-se de forte vontade e modificar-se.”
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Sábado, 9/8/2008 – no 2106
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