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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

OBJETIVO EXISTENCIAL: UMA RAZÃO PARA VIVER (II)

Luzia Helena Mathias

 

Então, como dizíamos no SEI anterior, passamos a ter como ponto zero para a aplicação do Método de Auto-cura a conversa sobre Projeto Pessoal.

Esta conversa poderá ser seguida agora pelos nossos leitores, que se tenham identificado com as situações descritas. Que estejam deixando a vida os levar. Que tenham fugido de suas próprias histórias para dentro da história de outras pessoas, sejam cônjuges, filhos, netos ou personagens de novelas. Que estejam aposentados (?) ou formados (?) ou com a “vida feita”, lendo revistas na sala de espera da morte, esperando ela abrir a porta e chamar o próximo.

Na verdade, apaixonamos-nos pela conversa sobre Projeto Pessoal. Encantamos-nos com as mudanças por ela provocadas em nossas vidas e com os resultados obtidos por aqueles que nos servem de exemplo, e com aqueles a quem temos tido a oportunidade de compartilhá-la.

Apaixonamo-nos pela idéia do projeto pessoal, também, pelo convite que ela nos faz para retomarmos nossa capacidade de sonhar.

Isso mesmo. É fundamental atender a esse convite: permita-se sonhar. Esqueça que tem uma idade “x” ou um diagnóstico “y”, ou que está preso à “a”, “b” ou “c”. Esqueça todo o alfabeto dos impedimentos.

Pegue lápis e papel e encha a folha (ou folhas) com sonhos. Razoáveis ou não razoáveis. Escreva sem censura para desentupir o canal do sonho.

O grande poeta Mario Quintana nos diz que “todas as nossas idades vivem em nós”. Então pergunte à sua criança interna, ao seu jovem rebelde, idealista, o que você quer fazer? Experimentar? Aprender?

Ao fazer a sua lista você ouvirá, como um eco do passado, as vozes de todos aqueles que calaram seus sonhos dizendo:

“Isso não dá, isso não é para você, isso não lhe fica bem, você não vai conseguir, simplesmente não quero que você faça isso!”

Por inexperiência, insegurança, falta de apoio, é bem provável que você tenha reforçado estas vozes com a sua própria voz de adulto desiludido e desencantado.

Uma vez tendo conseguido calar todas essas vozes (afinal você não está fazendo nada de mais, você está só sonhando), olhe com amor, admiração e respeito para sua lista. Sim, você é capaz de sonhar! Parabéns!

Agora, com amor, admiração e respeito escolha, eleja a opção que lhe parecer mais razoável, plausível, ao alcance do seu esforço.

Nem tudo está ao nosso alcance hoje, mas muito mais coisas estão ao alcance do nosso esforço do que nós julgamos a princípio. Basta ver o que conseguem os atletas das paraolimpíadas, por exemplo.

Tendo elegido um dentre os seus sonhos para ser o primeiro a ser realizado, verifique se ele é realmente um projeto pessoal. Para ser um projeto pessoal, o seu sonho deve ser bom e agradável para você, deve acenar com realização e bem-aventurança para você. Deve expressar seu amor por si mesmo. Submeta-o então à seguinte pergunta, para verificar-lhe a autenticidade:

Por que quero fazer isso?

As respostas devem ser algo como:

“Porque eu gosto disso”, “Porque eu sempre quis fazer isso”, “Porque este era meu sonho antes disso ou daquilo”, “Porque vou me sentir bem fazendo isso”.

Indispensável é dialogar com o sentimento de culpa que costuma abortar nossos sonhos no nascedouro:

“É lícito eu sonhar algo para mim? Isso não é egoísmo?”

Fácil descobrir: o que você escolheu fazer para sua felicidade prejudicará alguém?

Veja bem que prejudicar não é desagradar.

Afinal temos nos sacrificado (o que não é a vontade de Deus que quer que sejamos felizes) para agradar aos outros, que acabam sendo prejudicados por isso também. Por exemplo, para não desagradar os filhos fazemos suas vontades, contribuindo assim para alimentar-lhes o egoísmo e o orgulho. Para não desagradar o cônjuge, deixamos de sonhar os próprios sonhos tornando-nos companheiros infelizes e cobradores.

Para não desagradar os demais, assumimos os compromissos que lhes competem tornando-nos “sobrecarregados e aflitos” (só que distantes da bem-aventurança) e favorecendo-lhes a irresponsabilidade e a acomodação. Em suma, para não desagradarmos aos outros desagradamo-nos a nós mesmos sem proveito para ninguém.

Tendo “desentupido” o canal do sonho e selecionado qual iremos realizar primeiro, passamos as questões de ordem prática:

Quando? Como?

Vamos exemplificar:

Se resolvi tocar piano tenho que descobrir o professor e estabelecer o horário das aulas e... começar a procurar um piano de segunda mão. Hora marcada, vou comparecer e me esforçar ao máximo. Comecei o mergulho no fluxo de energia do projeto.

Quer dizer já posso me ver no futuro feliz, realizando algo que me felicita. Mesmo antes de ser capaz de executar uma peça musical já estou em outra categoria de pessoas.

Pertenço a categoria das que estão a caminho de realizar algo. Saí da sala de espera da morte! Fui!

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Sábado, 9/8/2008 n

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