REALIDADES DA VIDA

Carlo Augusto Sobrinho 

 Observando o mundo onde estou inserido e as pessoas que me cercam, vejo uma diversidade de coisas e de gentes. Cada qual traz em si o seu próprio mundo, e tento eu me encaixar neste universo, pois, assim como tantos, aspiro também pela felicidade, mesmo sabendo que na Terra isso é relativo.

Por questões de afinidade nos agrupamos, formamos famílias, sociedades, etc.

Analisando as atitudes dos semelhantes, chego a concluir que somos todos iguais – membros de uma imensa família universal, filhos de um mesmo Pai que nos criou simples e ignorantes, destinados à perfeição.

Partindo deste princípio, ponho-me a perguntar o porquê de tantas guerras, tantos ódios. Por que o mundo está submerso na ganância, no egoísmo, no orgulho, se perante a Grande Lei somos todos irmãos, frutos do amor único do Pai? Rapidamente obtenho a resposta, analisando o meu próprio comportamento perante tudo e todos.

É uma questão de atraso moral, carecemos do despertamento para as realidades da vida.

Para isso, nunca nos faltaram exemplos.

Desde os primórdios, pela misericórdia divina, surgiram em nosso planeta homens encarregados de trazer as diretrizes para uma vida melhor, para que implantássemos o Reino de Deus em nossos corações.

Poderia referir-me a muitos desses homens, mas atenho-me apenas Àquele que é o modelo e guia para a humanidade, sem menosprezar todos os Seus precursores, que tiveram papel fundamental na preparação de Sua chegada. Falo de Jesus – o Caminho, a Verdade e a Vida.

Pela Sua autoridade moral e pela força de Seus exemplos, quanto material para a nossa reflexão Ele nos deixou em Seu Evangelho de luz e de amor!? Conhecedor de nossa inferioridade, sabia que após o Seu retorno à pátria espiritual – fato esse que contribuímos para o desfecho –, com o passar dos tempos muitos dos Seus ensinamentos cairiam no esquecimento ou seriam deturpados por mentes doentias, em prol de interesses pessoais.

Assim, pediu ao Pai para que nos enviasse um outro Consolador, aquele que viria relembrar tudo o que já fora dito, livrando o mundo das trevas da ignorância.

Na época propícia, apareceram fatos que eclodiram em todo o mundo, situações essas que sempre existiram, mas que começaram a chamar a atenção das sociedades.

Homens de vários graus de intelecto tiveram acesso a esses fenômenos, mas apenas um teve a visão mais profunda de sua origem: Allan Kardec, professor nascido em Lyon, na França, homem de tantas outras qualidades.

A partir dos 50 anos, Kardec dedicou uma parte de sua vida ao estudo desses acontecimentos.

Usou de sua inteligência, de métodos para analisar, pesquisar e obter de tudo a essência.

Servindo-se da razão, organizou aquele material e corporificou uma doutrina, não se valendo de prestígio, pois sabia que o conteúdo da obra pertencia aos Espíritos Superiores, os enviados do Cristo. Surgiu, então, o Espiritismo para esclarecer, consolar os homens e iluminar a nossa senda.

E o que estamos fazendo para o nosso aperfeiçoamento? Onde e quando aplicamos as diretrizes do Cristo em prol de um mundo melhor, onde reine a paz, a concórdia, o amor?

Já é hora de despertarmos! Chega de ignorância!

Vamos nos reformar moralmente, introduzindo em nós o amor, a fraternidade, a fé, a esperança, enfim, o Evangelho.

Certamente, mudando a nós mesmos, o  mundo mudará.

 Essa, a proposta de Deus.

 “O Espírita Fluminense”, informativo do Instituto Espírita Bezerra de Menezes

(Rua Coronel Gomes Machado, 140 – CEP 24020-062 Niterói, RJ – telefone [21] 2620-3663 e página www.iebm.org.br).