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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

FUTURO E ESPERANÇA

Danilo Carvalho Villela

 

São impressionantes as estatísticas sobre o suicídio, que levaram, já na década de 90, a Organização Mundial de Saúde a considerá-lo como um problema de saúde pública, propondo campanhas e medidas para sua prevenção. No Brasil foi adotada em época recente uma Estratégia Nacional para a Prevenção do Suicídio, com a edição de manuais para as pessoas que atuam nas áreas da saúde e da comunicação, com orientações e sugestões relativas a esse problema, e no mundo inteiro existem serviços de atendimento, inclusive por telefone, para pessoas que se sintam necessitadas de apoio fraterno para a superação de dificuldades íntimas.

Como, por exemplo, temos o CVV – Centro de Valorização da Vida (www.cvv.com.br/o_postos.htm) com atendimento dia e noite. Em 2003, no mundo inteiro, 900 mil pessoas se suicidaram, estimando-se que neste ano esse número chegue a 1 milhão (1 pessoa a cada 30 segundos). Os índices variam sendo mais elevados nos países desenvolvidos, o que, à primeira vista, é surpreendente, de vez que nos países pobres é que são encontradas as dificuldades maiores decorrentes da falta de recursos e até da miséria. Por outro lado, justamente nestas regiões é ainda forte a presença da religião, o que por certo contrabalança outras condições desfavoráveis, fazendo com que as taxas de suicídio sejam mais baixas.

No dia 7 de abril de 1858, portanto quase um ano após o lançamento de “O Livro dos Espíritos”, um indivíduo suicidou-se em Paris seccionando importante artéria no pescoço, permanecendo desconhecido seu nome, de vez que, por certo propositalmente, ele não levava qualquer objeto ou documento que possibilitasse sua identificação. Ele foi evocado seis dias depois na Sociedade Espírita de Paris, quando, evidenciando grande sofrimento, confirmou que fora intencional o cuidado em ocultar sua identidade. Respondendo a outras perguntas, informou ter sido a solidão a causa daquele gesto extremo (estava abandonado, nenhum ser me amava), confirmando ainda a terrível ilusão que é o suicídio (saí do sofrimento para entrar na tortura). Indagado se o pensamento no futuro não o fez renunciar àquele projeto, respondeu: “Não acreditava mais nele, estava sem esperança; o futuro é a esperança”.

A Doutrina Espírita constitui antídoto eficaz contra o suicídio, sabendo-se que quando se generalizarem os conhecimentos acerca da existência espiritual e da reencarnação – cuja veracidade o Espiritismo demonstra –, que ampliam imensamente a perspectiva da vida, a idéia de fuga à dificuldade através da autodestruição será naturalmente abandonada como reconhecidamente falsa, ilusória.

Realmente, como afirmou aquele homem anônimo, vítima desse doloroso engano, o futuro é a esperança e com a Doutrina Espírita compreende-se que por mais difícil se mostre o presente ele é sempre o resultado justo de nosso passado que prepara dias melhores que certamente virão, sabendo-se igualmente que após a morte encontraremos ainda e sempre a vida, como criação imortal de Deus.

“O Céu e o Inferno” (Segunda Parte, capítulo 5, “O suicida da Samaritana”).

 

SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES

Boletim Semanal editado pelo

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Sábado, 16/8/2008 no 2107

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