Dulce Alcione
Jesus nos compara a uma lâmpada, quando nos convida a brilhar. Com Sua sabedoria infinita, Jesus sabia que entre suas ovelhas haveria as que poderiam brilhar muito, as que poderiam brilhar pouco, as que teriam luz vacilante, as que ofuscariam de tanto brilho.
Nosso Mestre, entretanto, não discrimina as possibilidades de nenhum de nós.
A beleza deste convite é sabermos que podemos brilhar, e que essa possibilidade só depende de nosso esforço pessoal em praticar o bem.
Mediante o Divino convite muitos dirão “quem sou eu?”, outros afirmarão “nada tenho a oferecer”, outros ainda pensarão “se eu tivesse as oportunidades de fulano...”
São apenas disfarces preguiçosos de quem ainda não quer se comprometer.
Porque o compromisso com a verdade, com o progresso pessoal é algo sério e que dá trabalho, é algo que precisa de coragem, bom ânimo e perseverança.
Entretanto ninguém está obrigado a ser um holofote do dia para a noite.
O caminho é lento e gradual, mas é real e possível.
São inúmeras as possibilidades de brilhar: o pensamento no bem, a palavra conciliadora, o sentimento de perdão e misericórdia, a ação do trabalho.
Tudo nos convida ao progresso.
A vida é uma benção de oportunidades diárias de crescimento.
Se Jesus nos convidou a brilhar é porque já podemos brilhar, afinal Nosso Mestre não constrangeria a ninguém.
Brilhar a Luz é fazer algo de bom a cada dia, é querer melhorar, é se esforçar por não repetir erros, é ter perseverança, é ter gratidão, ter bom humor, sorrir, amar, perdoar, seguir em frente... Para um dia, finalmente, seguirmos a Jesus.
Gostaríamos de terminar com uma citação de Emmanuel, do livro Antologia Mediúnica do Natal, texto Recordação do Natal.
“Não permitas que o júbilo do Natal vibre em teu coração, à maneira de uma lâmpada encarcerada... Toma o facho de luz, que a mensagem do Céu acende ao redor de teus passos e estende-lhe a claridade sublime.
Ampliemos a comunhão fraterna e louvemos a cooperação, porque, anualmente, o Cristo nos requisita à verdadeira solidariedade, a fim de que, em nos tornando mais irmãos uns dos outros, possa Ele nascer, em espírito, na manjedoura do nosso coração, transformando em incessante e divino Natal todos os dias de nossa vida.”
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Ano 2 Nº 8 novembro/dezembro 2003
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