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domingo, 30 de novembro de 2008

CONSIDERAÇÕES SOBRE A TOLERÂNCIA

Enquanto não usarmos de tolerância uns para com os outros, continuaremos distantes do “amar ao próximo como a si mesmo”.

Tolerante é aquele que desculpa falhas ou erros dos outros.

Para entendermos melhor porque Jesus combateu a intolerância, que é o contrário da tolerância, alertando o homem que tem uma trava, dificultando-lhe a visão, a não observar o cisco no olho do próximo, e a não julgar para não ser julgado, vamos refletir, primeiro, sobre a culpa de quem erra. 

Do livro Jesus e Atualidade, de J. de Ângelis, pela mediunidade de D.P.F., na lição “Jesus e a Tolerância”, vamos comentar alguns parágrafos.

Graças à lei divina de causa e efeito, o problema de quem erra pertence a quem o pratica, que se encontra, a partir daí, incurso em um processo de auto-punição, buscando, mesmo que, inconscientemente, liberar-se da falta que lhe pesa como culpa na consciência.

A culpa é sombra perturbadora na personalidade, responsável por muitas enfermidades crônicas. Insculpida no intimo da individualidade espiritual, programa, por automatismo, naturalmente, os processos reparadores para si mesmo. 

Somos os nossos acusadores, os nossos próprios juízes.

Daí, que toda contribuição de impiedade, mediante os julgamentos, que procedem do juízo, do arbítrio de alguém, gera, por sua vez, mecanismos de futura aflição para o acusador, porque ele próprio, é também, uma consciência sob o peso de vários problemas.

Julgando as ações que considera incorretas no seu próximo, o homem realiza um fenômeno de projeção da sua sombra, da sua culpa, em forma de autojustificação, que não consegue libertá-lo do impositivo das suas próprias mazelas.

“Na acusação, no julgamento dos erros alheios, deparamos com propósitos escusos e vingança-prazer em constatar as dificuldades dos outros indivíduos, que sempre merecem a misericórdia que todos esperamos encontrar quando em circunstâncias equivalentes.”

A pessoa de bem, que se preocupa com seus erros, nem percebe muitos dos erros alheios, e quando os vê, busca aprender com eles, e os separa da pessoa que erra, não a julgando, nem acusando, porque sabe que todos nós, inclusive ela, estamos ainda sujeitos e erros e enganos.

O julgamento pessoal, que ignora as causas geradoras dos problemas, demonstra o primitivismo moral do homem ainda “lobo” do seu irmão.

Em razão disso, a tolerância a todos se impõe como terapia pessoal e fraternal, compreendendo as dificuldades do que erra, enquanto lhe estende mãos generosas para o auxiliar.

Esforçarmo-nos para ser tolerantes é fazer um tratamento das doenças físicas e espirituais, que dificultam a nossa caminhada evolutiva, e libertarmo-nos da nossa imperfeição, que nos prende aos valores terrenos em detrimento dos valores espirituais.

No livro Convites da Vida, de Joanna de Ângelis, lemos que é “aplicada, indistintamente, entre todos, em qualquer lugar, é lição viva de fé e elevação, que não pode ser desdenhada.”

 

Ribeirão Preto, julho de 2004

Leda de Almeida Rezende Ebner

 

Março de 2006, edição n°. 242

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