CLAUDIO DE C. CONTI
Como espíritos imortais cuja única fatalidade é atingir a perfeição relativa, o homem sempre buscou superar os limites do conhecimento, apesar de, durante séculos, ter tido dificuldades de expor idéias contrárias ao pensamento vigente na época. Como ocorre em todos os campos da ciência, a medicina também tem avançado, alargando, assim, o conhecimento.
Nas últimas décadas, nos vemos a braços com questões que causam, no mínimo, algum desconforto na opinião geral. Grandes questões como a doação de órgãos, inseminação artificial, conhecida como bebê de proveta e a barriga de aluguel, sempre geraram discussões e ponderações.
Pessoas do mundo inteiro refletem sobre o assunto; os profissionais do ramo e dirigentes, tanto políticos quanto religiosos, ponderam sobre questões éticas. Nos últimos anos, o que está muito em moda é a clonagem, desde que foi publicado o êxito do nascimento de uma ovelha, a Dolly, cujo material genético, por manipulação em laboratório, é idêntico ao de outra ovelha.
Um fato curioso é que ocorre na natureza o nascimento de pessoas com material genético iguais, são os gêmeos univitelinos (do mesmo óvulo), que possuem o material genético idêntico, porém com espíritos diferentes encarnados em cada corpo.
Tentando explicar a técnica da clonagem de forma muito simplificada, pode-se descrever os seguintes passos:
a) seleciona-se um óvulo e retira-se o seu núcleo, lembrando que uma célula qualquer é composta por um núcleo e pelo citoplasma;
b) seleciona-se uma célula do indivíduo que se queira clonar e, da mesma forma, retira-se o seu núcleo;
c) coloca-se o núcleo da etapa b no citoplasma da etapa a e d) aplica-se um choque elétrico e a célula recém-formada, transforma-se, assim, em embrião com o material genético do indivíduo da célula da etapa b. Um ponto importante que é necessário ter em mente, quando o assunto gira em torno de genética, é que toda manipulação ocorre na matéria, nunca no espírito. As transformações que ocorrem no espírito, isto é, o aprimoramento mental, são unicamente devido ao seu processo evolutivo, creditados ao uso do seu livre-arbítrio.
Os Espíritos nos informam que o homem é composto de 3 partes principais: o CORPO FÍSICO, o PERISPÍRITO e o ESPÍRITO. Conclui-se então que, para que um óvulo se desenvolva, se torne um embrião e este, por sua vez, cresça e forme um corpo físico próprio para o nascimento, será necessário existir um espírito ligado ao processo da fecundação.
André Luis, no livro. Evolução em Dois Mundos, nos informa que o corpo físico reflete, isto é, é moldado pelo perispírito e este, por sua vez, é elaborado pelo espírito. Sendo assim, fica claro que para um espírito se ligar a um corpo físico, é necessário que a criação, ou se preferir, a geração deste corpo seja presidida pelo espírito reencarnante.
Vemos em outra obra do mesmo autor, o livro .Missionários da Luz, os cuidados necessários quando da fecundação de um óvulo, que, quando ocorre, é sempre para suprir as necessidades de um espírito específico, seguindo uma programação reencarnatória prévia.
A reencarnação é assunto sério, tratado por espíritos num grau evolutivo compatível com este trabalho. Sabendo que a criação de espíritos ocorre desde todo o sempre e, conseqüentemente, a encarnação também, pode-se supor que os espíritos encarregados desta tarefa sabem o que estão fazendo e atuam sempre sob os desígnios do Criador, que é Pai.
Se a clonagem de corpos humanos estiver no Planejamento Superior, ela será uma realidade, caso contrário...
Quanto aos exageros dos homens, ficamos com as palavras de Joanna de Ângelis, no livro Dias Gloriosos, com referência à tentativa de eugenia ocorrida durante a segunda grande guerra: ficando a lição severa de que a loucura, por mais duradoura, termina sempre ceifando a vida daquele mesmo que lhe concede espaço para vicejar.
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