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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A mediunidade como Instrumento de Evolução

Bruno José Gimenes*

Uma alma que vem para esse mundo com o propósito de evoluir, acomoda-se em um corpo físico. E isso varia com a necessidade que se tem para realizar seus resgates e aprendizados.

Este comentário é para lembrar que a mediunidade não é boa nem ruim! Ela simplesmente é a condição que a pessoa precisa para evoluir, estando muito vinculada à sua forma de utilização.

A mediunidade é um termo que vem do latim e significa intermediário. É uma faculdade psíquica ou sensibilidade extra-física. Está presente em todas as pessoas.

Sempre! O que difere é que, em algumas, ela aparece pouco evidente, enquanto que, em outras, se mostra desenvolvida, aguçada. Em resumo, todos somos médiuns, alguns mais desenvolvidos, outros menos. A maior parte das pessoas desconhece esse fato e ela pode ocorrer de várias formas, como por exemplo a vidência, clarividência (enxergar com os olhos da mente), clariaudiência (ouvir sons extra-físicos), psicografia (a canalização de mensagens vindas de planos extra-físicos), entre outras diversas formas.

Mas para que serve a mediunidade? Como usá-la? Qual o(s) desafio(s) que enfrenta uma pessoa que apresenta sua mediunidade desenvolvida? O indivíduo evoluído nessa faculdade, principalmente com consciência disso tudo, aprende a aproveitar as percepções do plano espiritual, trazendo esse conhecimento das dimensões superiores para o plano físico. A pessoa consegue acessar informações que para maioria das pessoas é algo místico, esotérico, desconhecido.

E é aí que começam os grandes desafios, afinal essa mediunidade acarreta aumento de sua responsabilidade, no sentido de utilizar com sabedoria suas percepções extra-físicas. Afinal, esse dito “dom” da mediunidade acaba tornando a pessoa alguém “diferente”, o que não é verdade. Essa “diferença” perante o estilo de vida, aqui na Terra, pode gerar muitas conseqüências.

Abaixo algumas delas:

Rejeição: das pessoas em relação ao médium, por considerá-lo louco, insano, etc; Do médium em relação à mediunidade, por não querer enfrentar a responsabilidade por insegurança, etc.

Medo: das pessoas em relação ao médium, afinal ele é alguém que se “comunica” com o mundo dos “mortos”.

Do médium em relação à essa faculdade psíquica, por desconhecer e por não ter confiança, por não saber o que fazer e como fazer. Afinal, os impactos que implicam no uso dessa mediunidade podem ser desastrosos, quando usados sem sabedoria e discernimento.

Admiração: a admiração das pessoas em relação ao médium, por ser considerado alguém “diferente”, que pode ter acesso a alguns mistérios ocultos para a maioria das pessoas. Essa admiração pode gerar a idolatria. Pode também gerar a vaidade excessiva por parte do médium, originando fascínio.

Fascínio: o médium se fascina pelos acontecimentos e por seu “dom”. Ele pode se achar especial, sentindo-se superior aos demais. O fascínio pode ser considerado uma das piores formas de obsessão. De um lado, porque cega a pessoa e, de outro, porque é alimentada por ela mesma, distante de sua essência, cheia de ego e alienação. Nesse caso, as conseqüências podem ser desastrosas. A pessoa que nasce com elevado desenvolvimento mediúnico só vem com esse “projeto de vida” pela necessidade que tem de aprender a lidar com esses aspectos inferiores da personalidade, que somente assim poderiam ser aflorados para gerar o aprendizado.

O desafio é grande, porque a chance de incorrer nesses deslizes é imensa. Isso porque, aos olhos do leigo, distanciado do entendimento da missão da sua alma, a mediunidade é um poder “digno dos Reis”. Grande armadilha!

Ser médium não é ser melhor ou pior que ninguém!

Trata-se apenas de fazer parte de um projeto de evolução, que precisa da mediunidade como um instrumento de crescimento. Uma técnica pedagógica específica, para um tipo de aprendizado também específico. Muitas pessoas com níveis elevados de mediunidade costumam cometer os seguintes equívocos: usar o “dom” de forma inadequada, negativa, para interesses apenas pessoais; fascinar-se, cair no ego, na vaidade, pelo fato de iludir-se com os acontecimentos; renegar completamente, pelo medo de enfrentar os desafios que virão e que, realmente, são vários.

A maior meta: usar a mediunidade como um instrumento para melhorar a humanidade.

Aprender a utilizá-la de forma honesta, idônea, voltada para o bem maior, colocando-se permanentemente como instrumento de ajuda para a evolução da humanidade. Deixar a energia grandiosa de Deus fluir, pela bondade e pelo amor. Se o médium souber trilhar sua vida com humildade, constância de propósito, usando essa força com discernimento, também poderá viver inserido em uma atmosfera espiritual linda, agradável, amorosa, verdadeiramente encantadora.

É preciso ficar atento sempre, a todo instante. Orai e vigiai funciona bem, pense nisso!!!

* Os artigos deste autor podem ser encontrados no site bruno@luzdaserra.com.br

 

Clara Palavra é um informativo da Casa de Francisco de Assis,  

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