Powered By Blogger

Pesquisar este blog

Páginas

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

SOMOS O QUE PENSAMOS

Claudio Conti

Apesar de não ser disseminada uma idéia definida a respeito do pensamento, é muito comum considerá-lo como algo que ficaria restrito ao crânio apenas, que nenhuma influência teria sobre a circunvizinhança, quanto mais uma ação à distância. Diante de máximas do tipo “perguntar não ofende?” “olhar não tira pedaço” e outras, não se costuma considerar que para efetuar qualquer ação é essencial elaborar, primeiramente, um processo mental. O ser humano normalmente não despende tempo ponderando acerca das conseqüências do ato de pensar, relega-o como não tendo ou não sendo merecedor de importância.

A mente humana é permeada por pensamentos dos mais variados e, para o cidadão comum, é impossível manter um estado de atenção sobre determinado assunto, durante algum tempo, sem ter a mente invadida, literalmente, por pensamentos diversos, sem conexão aparente.

Como o planeta ainda se encontra em estados iniciais da evolução, a imaginação das pessoas ainda é muito fértil e surgem imagens viciosas com as quais o indivíduo se apraz e as acalenta.

Pelos ensinamentos espíritas, o pensamento possui propriedades muito interessantes. O fluido, matéria sutil base, apresenta fenomenal propriedade plástica, significando que pode ser modelado muito facilmente. Para efeito ilustrativo, pode-se imaginar a massa de modelar comercializada em lojas de produtos infantis, voltada para entretenimento de crianças, esta massa é maleável e facilmente pode tomar a forma que se deseja, com pequeno esforço. Os fluidos teriam um comportamento similar, facilmente moldável, neste caso, não seria pela utilização das mãos, mas pela ação mental.

O pensamento e a vontade são considerados de extrema importância no Espiritismo. Inúmeras são as obras literárias que tratam destas questões.

De acordo com o autor espiritual André Luis, no livro Evolução em Dois Mundos, espíritos de uma ordem extremamente elevada são os responsáveis pelo surgimento dos planetas e galáxias, estes seres seriam prepostos do próprio Deus, trabalhando sob os seus desígnios.

O processo de criação seria uma ação puramente mental sobre o fluido, que o condensaria para a formação dos orbes.

Todavia, este processo seguiria leis determinadas, não sendo completamente livre, estas regras predeterminadas estabeleceriam a harmonia e a unidade do cosmo.

Ainda no livro citado, André Luis esclarece que pelos mesmos mecanismos, nós, espíritos ainda ombreando num mundo de expiações e provas, formamos o nosso perispírito, e, conseqüentemente, o corpo físico.

Devemos considerar que nosso corpo é formado por células, seres vivos primitivos, sem capacidade de raciocínio embora, é claro, como todo ser vivo, possui uma inteligência.

Poderíamos, portanto, formular a seguinte pergunta: Como podem seres tão primitivos exercerem suas funções corretamente, de molde a que possa existir um corpo tão complexo como, por exemplo, o humano?

Esta é uma boa questão, para a qual somente pode existir uma resposta: elas seguem o comando de uma inteligência superior - o espírito. Isto significa que, através do nosso pensamento, nós não apenas construímos, mas também controlamos, mesmo que inconscientemente, o nosso perispírito e corpo físico. Sendo assim, nossa conduta, que corresponde diretamente ao nosso padrão mental, reflete-se diretamente nos estados de saúde ou de enfermidade.

Quem viveria mais satisfeito: uma pessoa com um chefe mal-humorado ou uma outra, com um chefe feliz?

Conclui-se que o pensamento tem um imenso poder criador e tudo aquilo que pensamos irá, conseqüentemente, gerar formas que, dependendo da vontade impressa nesta forma, terá duração mais ou menos longa. Por isso, vale lembrar o conselho do Mestre: vigiai e orai.

 

O jornal O APRENDIZ é uma publicação bimestral do CEMA - Centro Espírita Maria Angélica

Rua Odilon Duarte Braga, nº 240 - Recreio dos Bandeirantes . Rio de Janeiro - CEP 22.790-220 - CNPJ - 35.799.030/00001-94 www.cema.org.br

Telefone: (21) 2437-5947 - Distribuição interna

5.000 exemplares - Jornalista responsável: Gustavo Poli - DRT/RJ: 9019198

Ano 1 Nº 3 outubro-dezembro 2002

Nenhum comentário:

Postar um comentário