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domingo, 30 de novembro de 2008

ALMAS GÊMEAS: O QUE DIZ A DOUTRINA ESPÍRITA?

CLAUDIO C. CONTI

Muitas pessoas que acompanham a novela das seis na TV Globo, Almas Gêmeas, têm questionado sobre o encontro das “metades”, um assunto que desperta tanta curiosidade e estimula um estudo mais aprofundado sobre a reencarnação.

Para esclarecer melhor estas dúvidas, entrevistamos Cláudio Conti, trabalhador de nossa Casa, palestrante e professor do Curso de Orientação Mediúnica.

O APRENDIZ: Cláudio existem almas gêmeas, isto é, todos nós temos a nossa “metade da laranja”?

Cláudio Conti: Como todo e qualquer questionamento sobre questões concernentes à nossa existência como seres espirituais, devemos nos reportar à obra básica da Doutrina Espírita. A resposta dada pelos espíritos a Kardec, na questão 298 de O Livro dos Espíritos, deixa claro que não existem almas predestinadas à união ou que se completam como se fossem duas metades, pois cada ser é único e completo. Os seres se buscam mutuamente devido à sintonia de pensamento e de pendores. Portanto, é importante ter sempre em mente que a “mágica” de qualquer união, findo os momentos iniciais da paixão, dependerá do empenho dedicado à manutenção do amor e da compreensão entre o casal.

O APRENDIZ: Na novela, a história conta que o espírito da moça que desencarnou em um assalto imediatamente reencarnou no corpo de uma índia. Isto é possível? Qual é o tempo que um espírito leva para reencarnar?

Cláudio Conti: Segundo as questões 223 e 224 de O Livro dos Espíritos, não existe um padrão que deva ser seguido. O intervalo entre a desencarnação e a subseqüente encarnação pode variar desde algumas horas até milhares de séculos. Tudo dependerá da necessidade particular de cada um. O espírito poderá, inclusive, reencarnar imediatamente. Todavia, é preciso lembrar que o processo reencarnatório tem início na fecundação do óvulo, momento em que o espírito se liga ao novo corpo que se forma, devendo nascer, em geral, nove meses depois.

O APRENDIZ: Porque sentimos uma atração à primeira vista por determinadas pessoas e uma antipatia também à primeira vista por outras?

Cláudio Conti: Como já o dissemos na primeira pergunta, os espíritos se buscam devido à sintonia mútua de pensamentos. Quando nos encontramos com aqueles que mantém um padrão mental em concordância com o nosso, e somos capazes de reconhecer esta concordância, sentimos uma simpatia imediata.

Em contrapartida, sempre que reconhecemos aqueles cujo padrão mental é oposto ao que esposamos, surge um sentimento de aversão ou antipatia. Qualquer que seja o caso, porém, devemos sempre lembrar que aquele que se encontra diante de nós também é um filho de Deus, nosso irmão, por isso não devemos cultivar animosidades.

O APRENDIZ: O ditado popular “pólos opostos se atraem” serve para os casamentos de pessoas com temperamentos inteiramente diferentes?

Cláudio Conti: Temperamentos diferentes não significa forçosamente que possuam objetivos de vida diferentes. Somente com a convivência as duas pessoas poderão descobrir o que as atraiu e desenvolverem um amor duradouro. No entanto, é preciso estar atento para não buscar uma união que se baseia apenas na satisfação do orgulho ou no interesse pessoal, pois pode se transformar em motivo para muitos dissabores e, ainda pior, acreditar ser resgate do passado uma atitude impensada no presente.

 

O jornal O APRENDIZ é uma publicação bimestral do CEMA - Centro Espírita Maria Angélica

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5.000 exemplares - Jornalista responsável: Gustavo Poli - DRT/RJ: 9019198

Ano 4 • Nº 15 julho / setembro 2005

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