Chaga na alma humana, a violência parece ter se banalizado e até caído no gosto de um grande contingente de pessoas, que passam inadvertidamente a absorvê-la, com sofreguidão, diante dos aparelhos de televisão ou nas páginas dos jornais, ansiosas por cada detalhe de assassinatos e outros equívocos da criatura humana.
E para atender a esse expressivo público, os veículos de comunicação, cada vez mais, em detrimento até de outros fatos de relevância e impacto maior na vida do povo, acabam como que elegendo crimes e mortes temas principais de suas pautas, resultando isso em extensas reportagens, verdadeiros espetáculos de dor, que passam a desfilar rotineiramente diante dos olhos de adultos e crianças, que hoje contam até com programas especializados em casos de violência, com altos índices de audiência. O resultado é o que se tem visto: apesar da violência ocorrer hoje em escala bem menor do que há alguns poucos séculos, tem aumentado progressivamente a sensação de insegurança e medo em todos, que passam a viver assombrados, numa espécie de pânico coletivo, e o que é ainda pior, entronizando, mesmo sem perceber, essa violência, manifestada freqüentemente nas rodas de conversação em que é eleita como assunto principal.
Longe de buscar o isolamento do mundo, alienando-se do que acontece à sua volta, o cristão-espírita precisa se acautelar, ter cuidado para não entrar na grande onda de ódio e desolação que busca se propagar, obscurecendo expressivas realizações do bem, que um dia, certamente, alcançarão o merecido destaque. Assim, estará não só contribuindo para o seu bem-estar como para o do mundo em que vive, como mostra Emmanuel na página “Em louvor do equilíbrio”, do livro “Palavras de vida eterna”, psicografado por Chico Xavier e publicado pela Edição CEC: “Na própria senda comum, surpreendemos a lição do equilíbrio que exclui todo assalto da violência e qualquer devoção à imundície.
Nas cidades litorâneas, diques reprimem o mar furioso prevenindo calamidades e arrasamentos.
Nos grandes edifícios modernos, pára-raios seguros coíbem o impacto fulminatório das faíscas elétricas.
Desde tempos longevos, esgotos sólidos extraem detritos do pouso humano.
Cada templo doméstico possui sistemas habituais de limpeza.
Entretanto, no campo do espírito, o homem desavisado acalenta nas fibras do próprio ser o lodo da maledicência e o lixo da mágoa, libertando os raios da blasfêmia e a onda letal da ira, ferindo os outros e atormentando a si mesmo...
Quantas enfermidades nascem dos pântanos da amargura e quantos crimes se configuram no extravasamento da cólera!
Impossível enumerá-los...
Se a mensagem do Evangelho te anuncia as Boas Novas da Redenção, foge, assim, ao domínio da viciação e da crueldade.
À frente da irritação e do desalento, da agressividade e da injúria, oferece o dom inefável de tua paz, falando para o bem ou silenciando na grande compreensão, porque em ti, que guardas o nome do Cristo empenhado na própria vida, o Reino do Amor deve começar.”
SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
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Lar Fabiano de Cristo
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Sábado, 15/11/2008 – no 2120
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