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sábado, 29 de novembro de 2008

Epidemias e outros flagelos


De tempos em tempos, surgem epidemias, como AIDS, dengue, febre aftosa, gripe aviária, maculosa e flagelos, e muitos se perguntam se são castigos de Deus à rebeldia dos homens.

Tudo na Terra e no Universo está sujeito às leis divinas, eternas e perfeitas.

Isso não significa que Ele, Amor e Perfeição Absoluta, este enviando castigos ou fatos dolorosos para despertar os homens para o bem, ou para que eles se esforcem no bem.

Não. Deus criou leis perfeitas, que funcionam de forma natural, de acordo com as ações espirituais e materiais dos seus filhos.

Como vivemos, pela nossa condição de inferioridade moral, em um mundo de expiações e de provas, o mal é fruto da imprevidência, da indiferença, da ignorância, do orgulho, do egoísmo dos seus habitantes.

A Lei Maior, a eterna, é a do bem, da harmonização, do amor.

Enquanto o homem der vazão aos seus sentimentos negativos, não raciocinando sob o ponto de vista da eternidade da Vida Imortal, sentindo somente a existência presente, do nascimento à morte, o que pode levar a pensar somente em si mesmo, estará infringindo a lei divina de causa e efeito, que lhe devolve, exatamente, as conseqüências dos seus atos, ou seja, ações boas trazem efeitos bons, ações más trazem efeitos maus.

Assim funciona essa lei, explicitada por Jesus, quando disse: “A cada um segundo as suas obras”.

Existem flagelos naturais de um mundo imperfeito, também em evolução, tais como enchentes, inundações, terremotos, tornados, maremotos, e neles podemos também incluir doenças, que fazem parte de um mundo distante da fraternidade.
Se seus habitantes os sofrem, são pela sua necessidade de desenvolvimento intelectual e moral, visto que eles, os flagelos, provocam avanços na Ciência, na tecnologia, no desenvolvimento intelectual e moral dos seus habitantes.

Tanto as coisas boas quanto as más, próprias dos habitantes de um mundo em progressão contínua, são experiências necessárias ao desenvolvimento desse mundo e dos seus habitantes.

Na vida dos homens terrenos, qualquer situação, qualquer acontecimento, mesmo os mais rotineiros, são todos, experiências, através dos quais os homens vão evoluindo, intelectual e moralmente, na busca das soluções adequadas, soluções que realmente resolvam as dificuldades e os obstáculos, sem criar situações ou problemas maiores.

Isso só vai acontecer quando a maioria dos habitantes terrenos estiver empenhada em vivenciar o “fazer aos outros, somente o que se quer para si mesmo”, ou seja, quando a maioria dos seus habitantes buscar o bem geral, de todos, antes de buscar satisfazer, apenas, seus interesses pessoais.

Até lá, vamos todos aprendendo com as lições das experiências cotidianas, seguindo as orientações dos estudos científicos, dos direitos humanos, da moral divina que, repetimos, nos manda fazer aos outros, somente o que queremos para nós, esforçando-nos todos para sentirmos, pensarmos e vivenciarmos sempre o bem, a fim de colaborarmos com o aperfeiçoamento da humanidade terrena e do mundo que nos acolhe.

Não joguemos a Deus a responsabilidade dos males que se abatem sobre nós, porque somos todos responsáveis por esses males, que são apenas efeitos provisórios dos males que existem dentro das mentes e corações humanos.

 

Fevereiro de 2006, edição n°. 241

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