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terça-feira, 25 de novembro de 2008

O VALOR DE CADA UM


Contribuição de Regina Ramalhete

Em um vilarejo vivia um velho professor que, pela sua sabedoria, era sempre consultado sobre os mais variados assuntos.

Uma manhã, ele recebe a visita de um ex- aluno, que foi até lá pedir alguns conselhos.

- Sinto que não tenho nenhum valor -  desabafou o rapaz - Todos da minha família dizem que não sirvo para nada, que não faço nada direito, que sou lerdo e idiota, que não serei nada na vida. O que posso fazer para que me valorizem mais?

O professor então lhe disse:

- Sinto muito, meu rapaz, mas não posso ajudar-te. Primeiro devo resolver o meu problema.

Tirando um anel do dedo, deu-o ao rapaz, explicando: - Devo vender este anel porque preciso pagar uma dívida. Peço-lhe que vá até o mercado e venda este anel pelo preço de no mínimo uma moeda de ouro.

O rapaz ficou meio desapontado com o professor, mas resolveu prestar este favor ao professor.

Pegou o anel e partiu para o mercado.

Ao oferecer o anel para os mercadores, eles o olhavam com um certo interesse, mas desistiam ao saber o preço que estava sendo pedido. Quando o jovem pedia uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem responder. Porém, um afável mercador lhe explicou que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, ofereceu-lhe uma moeda de prata e uma xícara de cobre.

O jovem, porém, seguiu as instruções do professor de não aceitar um preço menor. Abatido pelo fracasso, voltou à casa do mestre, dizendo:

- Sinto muito, mas foi impossível conseguir o que pediu. Talvez pudesse conseguir duas ou três moedas de prata, mas não acho que se deva enganar ninguém sobre o valor do anel.

- O que você disse é muito importante, meu jovem - respondeu, sorridente, o sábio professor . Devemos primeiro saber qual o verdadeiro valor do anel. Vá até o joalheiro próximo daqui e peça-lhe para avaliar. Diga-lhe que quer vender e pergunte o quanto ele vale. Mas, atenção!  Não importa o quanto te dará por ele, não o venda, traga-o de volta.

Obediente, o jovem procurou o joalheiro, que examinou o anel com uma lupa, pesou-o e declarou:

- Diga ao seu professor que, se ele quiser vender o anel agora, não posso dar mais do que 58 moedas de ouro...

O jovem não conseguiu esconder o espanto: - 58 moedas de ouro?

- Sim, confirmou o joalheiro.

Com o tempo, poderia até conseguir revende-lo por até 70 moedas de ouro.

O aluno correu emocionado à casa do professor para contar-lhe a novidade.

Sem demonstrar surpresa, pois já sabia o valor do seu anel, o professor lhe disse:

- Você é como este anel: uma jóia valiosa e única. Mas, só pode ser avaliada por um especialista. Pensava que qualquer um poderia descobrir o seu valor?

E, colocando o anel no dedo, concluiu:

- Não se esqueça, todos nós somos como esta jóia. Valiosos e únicos. Porém, muitas vezes, andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem. Quantas vezes nos deixamos influenciar pela opinião dos outros a nosso respeito? Você deve acreditar em si mesmo, sempre! Não existe ninguém melhor do que nós mesmos para saber o quanto somos importantes e capazes.

Pense nisso! Lembre-se do que nos diz Joanna de Angelis: “És Filhos de Deus a serviço da vida. Estás na Terra para crescer e progredir. Tens compromisso com a Criação, contigo e com o teu próximo.”

 

O jornal O APRENDIZ é uma publicação bimestral do CEMA - Centro Espírita Maria Angélica

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5.000 exemplares - Jornalista responsável: Gustavo Poli - DRT/RJ: 9019198

Ano 3 Nº 9 janeiro/março 2004

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