Zé era uma destas pessoas que vivia fugindo das dificuldades.
Em casa ou no trabalho, procurava sempre .dar um
jeitinho. para tudo, sempre buscando atalhos para contornar os problemas do dia-a-dia. Orgulhoso de sua inteligência, sempre se gabava para os amigos de suas proezas, pois sempre se saía bem. Se achava uma maneira de fazer tudo mais fácil, porque ter mais trabalho?
Um dia, Zé desencarnou. Ao chegar à porta do Céu, encontrou São Pedro a esperá-lo. Como tinha levado consigo todas as suas qualidades e defeitos, Zé resolveu usar sua esperteza para conquistar a simpatia do Santo, saudando-o como se fossem velhos amigos: - Oi, São Pedro, onde é que fica o caminho do céu?
São Pedro entregou-lhe uma cruz e lhe disse: - Toma esta cruz e segue com ela por aquele caminho ali em frente.
Olhando para aquela cruz, Zé achou que ela era comprida e pesada demais e foi logo perguntando: - Não tem um caminho mais curto?
A resposta foi a esperada: - Não, Zé , só tem esse.
Zé olhou o caminho, examinou a sua cruz e pensou: - Vou dar um jeitinho!
Começou a caminhar e logo encontrou um serrote.
Não teve dúvidas. Cortou de cara um metro da cruz. À medida que ia caminhando e sentindo a cruz pesada, ia cortando mais um pedaço e mais outro.
Num determinado momento, chegou próximo a um precipício. Do outro lado, se avistava um lugar muito lindo, com pessoas alegres, que pareciam estar numa grande festa.
Zé ficou pensando em pular o precipício para chegar ao paraíso, mas teve medo, pois a distância entre as duas margens era grande. Sentou-se desanimado e lembrou-se então de orar ao seu anjo da guarda, que logo lhe apareceu:
- Ei, Zé, o que você está esperando para se juntar àquelas pessoas? A festa está uma maravilha!
. Estou com medo de pular este precipício, respondeu desanimado.
. Ora, Zé! É muito fácil. Basta usar a sua ponte - respondeu seu anjo da guarda.
. Ponte? Que ponte? - perguntou Zé.
. Aquela que São Pedro lhe deu na entrada. Ela tem o tamanho exato que você precisa...
Façamos esta reflexão: quantas vezes nos pegamos agindo como o Zé, tentando encurtar as nossas responsabilidades e dificuldades, sem analisar que, se elas foram colocadas em nosso caminho, algum motivo e utilidade devem ter?
A estrada que nos leva à felicidade muitas vezes passa por obstáculos que temos que vencer, carregando nossas cruzes, resolvendo nossos problemas e trilhando ao mesmo tempo o caminho do bem. Só assim teremos levado conosco nossa ponte para um mundo melhor....
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Ano 1 Nº 3 outubro-dezembro 2002
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