O corpo reflete a alma
Claudio C. Conti
Viver com saúde é um assunto que interessa a todos nós. Por isso é importante compreender como ocorre a organização celular no corpo físico. As informações contidas nas obras do autor espiritual André Luiz tratam da estrutura do perispírito e nos oferecem duas conclusões principais:
a) O corpo físico reflete o corpo espiritual que, por sua vez, reflete o corpo mental, detentor da forma. Em outras palavras, o Espírito elabora lentamente a sua forma, através das inúmeras experiências, desde o início da sua existência. Com isto, ele vai guardando todo o acervo no corpo mental, que transferirá a informação necessária para a formação do corpo espiritual.
Esta informação é completa em seus mínimos detalhes de conformação, servindo de molde para o corpo físico.
b) Durante o transcurso das suas existência, o Espírito ‘‘aprende” a dominar as células que, mesmo em forma muito rudimentar, são seres vivos, independentemente do organismo maior a que se encontram atreladas. Servem à estrutura orgânica em que se encontram, segundo orientação recebida.
O espírito controla a forma organizada, embutindo em cada célula o padrão de comportamento que lhe é correspondente para que possa cumprir a função que lhe é esperada.
Joanna de Ângelis coloca com extrema clareza que as patologias estão diretamente relacionadas ao estado mental do espírito, ao dizer: “Sendo a criatura humana constituída pela energia que o espírito envia a todos os departamentos materiais e equipamentos nervosos, qualquer distonia que a perturbe abre campo para a irrupção de doenças, a manifestação de distúrbios, que levam aos vários desconcertos patológicos, conhecidos como enfermidades..
No livro “O Ser Consciente”, Joanna de Ângelis lista vários fatores que causam o desequilíbrio neste fluxo de energia, ou seja, sentimentos comuns a tantos de nós, compatíveis com o nível evolutivo mediano das criaturas viventes neste mundo, segundo a Doutrina Espírita. Dentre os exemplos, destacamos:
a) O amor desenfreado e possessivo é o “grande demolidor das estruturas celulares”;
b) A angústia é “semelhante a densa carga tóxica que se aspira lentamente”;
c) O rancor é produtor de ácidos destruidores “que consomem a energia vital e abrem espaços intercelulares para a distonia e a instalação de doenças”;
d) O ódio é um dos “responsáveis por cânceres físicos, é a matriz das desordens mentais e sociais que abalam a vida e o mundo”.
De tudo o que foi exposto, poder-se-ia dizer que, devido às transgressões que todos cometemos durante nossas várias existências, o corpo mental, seguindo a Lei de Causa e Efeito, imprime ao corpo espiritual certos “pontos obscuros”. Em determinado momento da vida, esses pontos eclodem, dificultando a comunicação entre o Espírito e as células, propiciando, assim, uma degeneração comportamental daquelas células que não mais recebem o comando específico. Da gravidade destes pontos obscuros depender á também a gravidade da degeneração.
Ainda sob este prisma, é possível uma compreensão do efeito benéfico de práticas de meditação, que estimula a interação da mente com o organismo como um todo. Nos casos em que uma doença qualquer já esteja instalada, as práticas diárias de mentalização direcionadas ao problema específico produzirão um efeito benéfico em busca da cura.
Comparando a má comunicação entre a mente e a célula a uma ligação telefônica, fica mais fácil a compreensão do efeito da mentalização: quando a linha telefônica está sem ruídos, conversamos em um tom de voz normal. Contudo, quando existe alguma interferência nesta mesma linha, é necessário elevar o tom de voz até que a outra pessoa possa nos ouvir. Quanto maior o nível de ruído, mais alto será preciso falar.
Ao se considerar uma falha de comunicação espírito-órgão, será necessária maior ênfase neste processo que está deficitário. Portanto, a mentalização direcionada de um órgão saudável irá reforçar a informação, aumentando a probabilidade de atingir o destino.
Quanto maior a vontade e a persistência, maiores serão as chances de sucesso.
É necessário ter em mente que não existe determinismo absoluto. A encarnação é concedida para o aprimoramento do espírito, tendo este a oportunidade da reparação das transgressões cometidas.
Trata-se de um processo dinâmico, sendo possível, em uma única encarnação, minorar ou agravar a situação em que o espírito se encontra.
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Ano 2 Nº 7 agosto-outubro 2003
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