CAPÍTULO V: BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS
ITEM 22: UM HOMEM DE BEM TERIA MORRIDO
Nesta mensagem, Fénelon, comenta o uso de expressões usadas, diante da morte, por pessoas que emitem conclusões apressadas, ditas sob o ponto de vista da unicidade da existência, não visualizando nada além do mundo em que vive.
Se alguém considerado mau escapa a um perigo: "- Se fosse um homem de bem teria morrido." Se um homem de bem morre, diz: " Seria bem melhor se fosse o outro ( o malvado)."
Morre uma criança e dizem: “- Coitada, nem viveu ainda."
Essas e outras frases que são repetidas, geração após geração, sem maiores reflexões, indicam ignorância das leis divinas, visão estreita baseada apenas no mundo em que vivemos, no "nascer, crescer, reproduzir-se e morrer."
Daí a importância de estudos e análises sobre a continuidade da vida além da morte e, principalmente, das vidas sucessivas, a única lei que explica muitos e muitos fatos da vida, a que demonstra a justiça de Deus em relação a todos os seus filhos.
”Habituai-vos a não censurar o que não podeis compreender, e crede que Deus é justo em todas as coisas. Freqüentemente, o que vos parece um mal é um bem. Mas as vossas faculdades são tão limitadas, que o conjunto do grande todo escapa aos vossos sentidos obtusos. Esforçai-vos por superar, pelo pensamento, a vossa estreita esfera, e à medida que vos elevardes, a importância da vida terrena diminuirá aos vossos olhos."
Esta exortação de Fénelon me faz lembrar da afirmação de Kardec, quando escreve que só adotou a doutrina da reencarnação, vinda dos Espíritos, " senão depois de havermos reconhecido que ela só e só ela, podia resolver aquilo que nenhuma filosofia jamais havia resolvido, e isto abstração feita das provas materiais que, diariamente, dela são dadas, a nós e a muitos outros." (Revista Espírita de l960, p.115, Edicel 1965, artigo Formação da Terra )
Ele refletiu, analisou, comparou, deduziu e compreendeu a lei, que já era aceita por muitos na Terra e que os Espíritos confirmavam.
É assim que precisamos todos fazer: estudar para compreender e aceitar, aplicando esse aprendizado no entendimento dos fatos da vida.
Quando se analisa esses fatos, como a morte, partindo sempre do princípio da pré-existência e da sobrevivência do espírito e da contínua evolução do ser, através das reencarnações, percebe-se quão lógico e claro se torna o viver, quem somos, o que aqui fazemos, de onde viemos e para onde vamos.
Compreendemos, então, que as leis naturais são perfeitas, vindas de um SER PERFEITO e, confiantemente, buscamos compreendê-las e aceitá-las, através da nossa inteligência e da nossa sensibilidade.
Estaremos, então, desenvolvendo nossas faculdades espirituais, superando nossa ignorância das leis divinas, abrindo-nos para visualizar horizontes mais amplos, que estão muito além do entendimento apenas das leis físicas e biológicas, as únicas aceitas pela nossa Ciência materialista.
Assim, não nos deixaremos abater por fatos naturais, não faremos deduções e conclusões levianas diante desses fatos, e caminharemos com confiança e segurança para o maravilhoso destino que nos espera.
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