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sábado, 1 de novembro de 2008

O LIVRO DOS ESPÍRITOS *Estudo de: Eurípedes Kühl

PARTE QUARTA - Das esperanças e consolações

CAPÍTULO I — DAS PENAS E GOZOS TERRENOS - (questões 920 a 957)

1.1 – Felicidade e infelicidade relativas - (questões 920 a 933)

 Na Terra o homem só encontrará felicidade parcial, eis que as provas e expiações não permitem a total. A prática do bem carreará bem-estar e paz de consciência, fatores que, de alguma forma, representam felicidade relativa.

 A resignação das vicissitudes terrenas e a fé na vida futura consolam o passageiro, comparando-as a nada mais que eventuais transtornos de uma viagem com destino a local aprazível.

 À questão 922 encontramos memorável resposta (dentre tantas desta obra) dos Tutelares da Vida Maior, refletindo sobre o que seria a felicidade para todos:

Com relação à vida material, é a posse do necessário.

 Com relação à vida moral, a consciência tranqüila e a fé no futuro.

Vamos repetir o conselho do saudoso Chico Xavier: “tudo o que estiver sobrando em nossa casa com certeza estará faltando na casa de alguém”.

 Dito isso, nada mais seria necessário aduzir quanto ao supérfluo, senão e apenas como figura de retórica lembrar que, se só temos dois pés, para quê manter dezenas de pares no porta-calçados? Se só moramos numa casa, para quê possuir incontáveis imóveis residenciais? Se só podemos dirigir um carro, para quê estacionar muitos deles na garagem? E a conta no Banco: exclusive o que seja previdente, para quê amontoar mais ouro?

 A riqueza é prova difícil. Atrai inveja, desperta o poder do mando, oferta facilidades e mordomias incontáveis, confere poder e autoridade... E, na verdade, não passa de um empréstimo de Deus.

 A pobreza extrema induz ao raciocínio de que quem a padece expia falta cometida, contudo e obviamente, jamais essa reflexão excluirá o dever cristão da ajuda.

 Chegada a época de trabalhar o homem já tem estruturado em sua mente um projeto vocacional, que deverá auscultar. Desviar-se dessa espécie de intuição só trará aborrecimentos, deslocamento profissional, revezes e humilhação. Por ex: talvez onde há um mau advogado, existe em potencial um excelente mecânico... Assim, os anos na faculdade de Direito podem ser taxados de desperdício (de tempo e de vocação).

 Assim, não há profissão desprezível. O que há é profissionais sem vocação.

 Ao incapaz o mundo deve — repito: deve — prover.

 Invejar os ricos é desconhecer suas vidas, de forma integral. Quem assegura que todos são felizes e que a paz lhes é companhia?

 OBS: No capítulo anterior (3ª. Parte, XII) vimos conceituações de paixão. Agora, neste capítulo, à questão 933, encontramos esse registro:

“(...) os sofrimentos materiais algumas vezes independem da vontade; mas, o orgulho ferido, a ambição frustrada, a ansiedade da avareza, a inveja, o ciúme, todas as paixões, numa palavra, são torturas da alma” (Grifei). E fiz essa observação para frisar como paixão é coisa complicada...

1.2 – Perda de entes queridos - (questões 934 a 936)

 Grande é essa dor. Alcança pobres e ricos. Na Terra, opino que é a maior.

 Contudo, o Espiritismo, em particular, oferta consolo possível, pela crença na imortalidade, na vida espiritual e principalmente na mediunidade, que pode aproximar Espíritos, de várias formas. Uma delas, dulcíssima consolação, a possibilidade de comunicação entre mortos e vivos!

 Conquanto a Codificação não proíba a evocação, em alguns casos até mesmo indicando-a, resta claro que deve ser feita com o máximo cuidado e respeito.

 Quando os encarnados se mortificam em pranto intenso e ininterrupto de saudade do ser querido que desencarnou, com isso demonstrando inconsciente revolta contra os desígnios de Deus e Suas sábias leis, essa postura alcança o Espírito daquele que transpôs a “grande fronteira”, prejudicando-o, e muito.

 

OBS: A nós, espíritas, socorre grande amparo nesses transes: o conhecimento de que no desdobramento do sono, assim que possível, nos encontraremos com aqueles que partiram à nossa frente rumo ao plano espiritual. Em nosso coração deve ser reservado um cantinho exclusivo para os que já não estão fisicamente conosco, contudo, o dinamismo da Natureza nos impele a que prossigamos cumprindo nossas obrigações, dentre as quais a de incessantemente buscar o progresso espiritual, ao contrário de nos tornarmos presa de lamúrias crônicas, que a nada conduzem.

1.3 – Decepções. Ingratidão. Afeições destruídas - (questões 937 e 938)

 Quem sofre ingratidão e comprova a fragilidade de amigos está sendo testado pelas sábias leis do progresso moral. Não sei se erro, mas tenho para mim que dez em dez pessoas que recebem ingratidão diante do bem que fazem experimentam amargura. Nesse caso, só há um meio de se libertar dos efeitos corrosivos de tal estado: lembrar-se dos beneméritos vultos da humanidade que passaram por isso mesmo, só que em grau muito mais elevado, nenhum deles se deixando afogar em mágoas. Como Jesus é o modelo de comportamento para a humanidade (questão 625 desta obra) será extremamente salutar, nessas condições, recordar o que fizemos diante da sua Caridade...

 Assim, nada de endurecer o coração diante da ingratidão. 

Nada de optar por menos caridade, para diminuir amarguras.

 Registraram os Espíritos para Kardec e para nós que o ingrato um dia se envergonhará de sua atitude, entrará em remorsos, precisará modificar suas atitudes, principalmente o egoísmo, pai da ingratidão. Terá dias difíceis...

 Fica aqui uma pergunta: será que nós, alvo de ingratidão hoje, não teremos sido o ingrato de ontem?...

 Amar e ser amado é felicidade plena para a qual fomos criados. Assim, se o “sermos amados” ainda não visita nossa existência, contabilizemos que os primeiros 50% de felicidade não é difícil de serem conquistados: basta amar. Os outros 50% estão a caminho. Chegarão, cedo ou tarde.

 Prudente, pois, prosseguirmos amando.

1.4 – Uniões antipáticas - (questões 939 e 940)

 Se houve união de dois seres houve alguma atração, encantamento ou interesse, tudo isso por parte de um ou dos dois, união essa que pode durar pequeno ou grande espaço de tempo. 

O Espírito é quem ama e não o corpo, contudo, a afeição pode ser de um ou do outro — ou dos dois. Se a alma é afetiva a duração tende a ser duradoura. Se foi o corpo quem ditou afetividade, o provável é que dure curto tempo, sendo inaugurada antipatia, quase sempre.

A reciprocidade de sentimentos sinceros e puros efetiva ternos amores.

 Em contraposição, a disparidade tende a ceder espaço à desilusão e não raro ao ódio, de uma ou de ambas as partes.

 Uniões forçadas ou que tenham por aval o orgulho e a ambição causam dissabores que resultam em expiação que poderia ter sido evitada, houvessem leis terrenas que as coibissem ou melhor postura moral dos envolvidos.

 OBS: De minha parte, à luz da Lei Divina de Justiça, questiono sempre se há inocência em quem expia... Uma certeza me visita, nessas reflexões: quem sofre, se o faz resignadamente, livra-se de débito, quiçá contraído em vidas passadas, no entanto, quem faz sofrer está inaugurando amarga colheita para seu porvir...

1.5 – Temor da morte - (questões 941 e 942)

 Temer a morte expõe desconhecimento da imortalidade do Espírito e das vidas sucessivas. Educação infantil veiculando a existência de céu e inferno fará com que, na fase adulta, o homem que viu e vê tantos dissabores no mundo (nunca nos esquecendo que estamos num “mundo de provas e expiações”) terá mesmo arraigado à mente o medo de morrer... e de ir para o inferno.

 O justo e caridoso jamais abriga receio de morrer. A fé no futuro o ampara.

O que se entrega aos prazeres mundanos bem cedo se depara com a temporalidade deles e aí sua alma se desgoverna diante do desconhecido para o qual a vida física inexoravelmente lhe conduz: a morte.

1.6 – Desgosto da vida. Suicídio - (questões 943 a 957)

 A ociosidade responde pela maioria das pessoas que se desgostam da vida.

 O trabalho, ao contrário, é forte antídoto contra essa fraqueza.

 A Vida é supremo bem e dela só há um dispenseiro: Deus! Assim, só a Ele assiste direito sobre ela. A transgressão desse direito caracteriza, ou insensatez ou loucura, humanas. Pensar que a morte abre as portas para vida melhor: outra loucura.

 Se o suicídio foi fomentado (e nós espíritas não desconhecemos que via de regra isso acontece, quando não por parte de encarnados, seguramente sob infeliz assessoria de desencarnados...) os que o aconselharam ou induziram pagarão caro por isso. Conquanto o suicida não deixe de ser um transgressor das Leis Divinas, perante a Justiça Maior aqueles são considerados assassinos.

 Fugir da vida, deixando-se morrer de fome por causa de penúria, ou para livrar-se de vergonha pública, expõe fragilidade moral no primeiro caso e império do orgulho, no segundo.

 São tantas as hastes do “leque suicídio” que somente mesmo Deus pode ajuizar e abrandar culpa, já que conhece integralmente a intenção do suicida.

 Não expor a si mesmo ou aos familiares à vergonha e fugir da vida caracteriza que esse infeliz mais contemplou o apreço terreno, em detrimento do celestial.

 Perder a vida objetivando unicamente salvar a de outrem expõe grandeza espiritual.

 OBS: Tal fato pode acontecer em duas hipóteses: num ato reflexo, como por exemplo na iminência de um acidente com alguém, ou, num segundo caso, após demorada reflexão; mas será sempre prudente ajuizar que ao invés de tal sacrifício melhor seria prestar atendimento com sua vida e não com sua morte.

 Paixões e vícios que levem à morte, que claramente não ocorreria se inexistissem, caracterizam suicídio moral, ou suicídio indireto. De minha parte considero que se pode, ademais e com segurança, enquadrar todos os excessos nessa categoria.

 

A eutanásia, em qualquer circunstância, não tem amparo nas Leis de Deus. Sua prática acarretará culpa para os agentes e, eventualmente, para o que a solicitou ou mesmo a aceitou, passivamente. E toda culpa requer reparação...

 OBS: Faço e abro aqui uma reflexão, quanto à questão nº 954:

 [— Será condenável uma imprudência que compromete a vida sem necessidade?

 “Não há culpabilidade, em não havendo intenção, ou consciência perfeita da prática do mal”].

 Eis a reflexão: quando uma pessoa se dedica, por paixão ou por dinheiro ( ou pelos dois) à prática de atividades de alto risco (autos velocíssimos, esportes radicais e quebra de recordes, etc.) e disso resulta sua morte, muitos indagam: houve ou não suicídio, mesmo que indireto?

 Deixo ao leitor a resposta. A minha é sim. De antemão me penitencio se estiver equivocado.

 Há suicídios provocados por costumes arraigados em várias sociedades:

   mulheres que se queimam sobre os corpos dos maridos;

   aviadores militares que projetam seus aviões contra alvos inimigos;

   autoridades, nobres ou políticos que cometem deslizes ou falcatruas e que são descobertos pela sociedade a que pertencem;

   encarregados de determinada missão na qual contavam com a vitória e que sem que possam impedir ela fracassa, disso julgando-se responsáveis diretos.

 OBS: Aqui mesmo, no Brasil, vários são os casos de suicídio de índios, deprimidos ante a perda de seus costumes, motivada pelas transformações decorrentes do avanço da moderna civilização. 

A Revista VEJA de 22 de fevereiro de 2006 estampa reportagem sobre um fenômeno que assombra o Japão: internautas que usam a rede (Internet) para tramar suicídios coletivos. Em 2003 foram 34 pessoas que suicidaram nesse sinistro tipo de pacto; já em 2004 foram 55 e em 2005 foram 91.

 Como sempre, aos olhos de Deus não deixam de ser transgressores, mas, no caso, tudo leva a crer que há atenuantes, seja pela ignorância moral de toda a sociedade a que pertencem, seja pelo preconceito e pressão que essa mesma sociedade impõe aos seus membros.

 Todo suicídio se reveste de equívoco, oriundo da falta de fé no futuro e desconhecimento do Amor de Deus para com Seus filhos.

 Pessoas há que se matam após a perda de um ente amado, na expectativa de que assim procedendo irão a ele se juntar. Penosa ação. Terrível erro.

 Em qualquer suicídio há uma realidade da qual nenhum suicida escapa: o desapontamento, ao constatar que ao invés de resolver um problema, na verdade acrescentou para si mesmo um outro, quiçá muito maior.

 Cada suicídio se reveste de circunstâncias especiais, em muitos casos havendo diferentes efeitos. Nos casos de mortes violentas, em geral, com a brusca interrupção da existência terrena, os laços que unem o perispírito ao corpo físico não se desfazem por completo. A terrível conseqüência disso para o suicida será a nítida impressão de que está vivo, só que o tormento do momento da morte não se desfaz, daí resultando inenarrável sofrimento...

 Até mesmo a decomposição orgânica será testemunhada e mais que isso, partilhada, carreando horror indescritível.

 Não há suicídio sem expiação, esta em diferentes gradações.

Considerando a gravidade do tema “suicídio”, peço permissão para aduzir às reflexões acima trechos de um artigo que a propósito elaborei: 

a. Todas as civilizações ocuparam-se em estudar o suicídio, isso porque em todas elas ele ocorreu e vem ocorrendo, desde os tempos antigos;

 b. A moderna Psicologia considera difícil determinar as causas da maioria dos suicídios, podendo apenas explicitar vertentes dos casos de crises agudas, delirantes, ou flagrantes de ruina. Assim, evitá-lo com plena consciência, ou convencer outrem a não cometê-lo, nem sempre é tarefa fácil. Não obstante, existem Entidades filantrópicas voltadas exclusivamente para isso.

 c. Já o Espiritismo, porém, radiografa integralmente o suicídio, ampliando substancialmente o tema, propiciando reflexões úteis, não só para os suicidas em potencial, como também para todos aqueles que caridosamente queiram e possam ajudá-los, com argumentos racionais, impeditivos de tão equivocada "solução". Para tanto:

     1° - torna visíveis as nubladas causas que o cercam (reflexos de vidas passadas, distanciamento do Evangelho, desconhecimento da reencarnação, etc.);

     2°- apresenta meios seguros de defesa contra tão grande anomalia espiritual: a prece, o principal deles, além do amparo de um anjo guardião, pessoal;

    3°- sugere a solidariedade para com aquele que sinaliza o desejo de se matar, através de ensinamentos espirituais convincentes;

     4° - de forma racional, lógica, esclarece o que é e adverte sobre os riscos do quase sempre ignorado "suicídio indireto", aquele que é cometido sem intenção, mas com inteira responsabilidade de quem o pratica (vícios, intemperança e excessos de toda natureza).

 "CAUSAS PRIMÁRIAS" E "CAUSAS SECUNDÁRIAS" DO SUICÍDIO

 Separadas ou juntas, tais causas resultam na depressão — tristeza profunda e prolongada —(doença que sempre acometeu o homem), atualmente cognominada de doença do século.

 E da depressão ao suicídio... um passo.

 É fato comprovado que a maioria dos suicidas, senão todos, deram e dão "sinais indiretos" — avisos —, de que pretendem se matar. Captar tais sinais nas pessoas à sua volta e envidar todos os esforços para que isso não aconteça, esse o dever não apenas do cristão, mas que se impõe a todos.

 É fato também que nem todas as pessoas que são atingidas por crises ou que apresentam tais sinais, irão sequer pensar no suicídio, tentando, isto sim, soluções racionais para os problemas.

 A seguir, eis alguns desses sinais, que podem levar algumas pessoas a desvalorizar a vida:

 a.     Causas primárias - que podem ser consideradas indutoras ao suicídio:   

- Decepções / Frustrações: diante de perdas (amorosas, profissionais, familiares)

 - Dificuldades financeiras (endividamento, insolvência / crises inopinadas no mercado, etc.)

 - Desemprego (perda abrupta ou continuada)

 - Solidão / Tédio: ausência de objetivos existenciais

 - Doenças graves : busca de "ida" para um lugar sem dor

 - Vícios: alcoolismo / toxicomania / jogar compulsivamente, com perdas irreparáveis

 - Neuroses: auto-piedade exacerbada do tipo : "todo mundo está contra mim"

 - Psicoses: suicídio, como vingança, para fazer sofrer alguém ("os que ficam")

 - Receio manifesto de ser preso, após ter cometido delitos graves

 - Materialismo acentuado: desconhecimento da imortalidade do Espírito

     b. Causas secundárias - manifestas por diversos sintomas, tais como:

 - Queda de produção do trabalho ou do rendimento escolar

 - Mudanças súbitas de comportamento e/ou de personalidade

 - Descuidos com: compromissos / horários / a aparência física, etc.

 - Sinais de (auto)mutilação

 - Choro ou risos inexplicáveis / falta ou excesso de apetite / sonolência ou insônia

 - Uso de álcool e/ou de drogas ilegais ou mesmo uso exagerado de remédios

 - Distanciamento de amigos e familiares

 - Frases do tipo: "não agüento mais viver assim"; “... prefiro morrer"; "essa vida é uma droga".

ANTÍDOTO CONTRA O SUICÍDIO

 Três são os poderosos antídotos contra o suicídio:

 1°- Amizade: oferta solidária de ajuda, feita por aquele que perceber o estado alterado de pessoa do seu relacionamento (apresentando depressão), com ou sem histórico de suicidomania;

 2°- Calor humano: acompanhamento desinteressado, sincero e fraternal durante a crise desse alguém, mostrando a ele que não está sozinho, que pode contar com seu apoio incondicional;

 3°- Espiritualização: o mais eficaz de todos os antídotos.

     Compreende, basicamente, a exposição da visão espírita da existência de todos nós:

     - O homem não é apenas o corpo físico: o verdadeiro ser é o Espírito, imortal!

     - O Espírito é criado "simples e ignorante" por Deus, para progredir e ser feliz

     - O Espírito evolui através de várias vidas (reencarnação)

     - A Justiça Divina faz com que todos sejam iguais - deveres e direitos

     - A Lei de Ação e Reação, que expressa a Justiça Divina, faz com que "a cada um, seja dado segundo suas obras", isto é, tudo o que nos envolve ou nos alcança é fruto que estamos colhendo, de nossas próprias pretéritas plantações

     - Berço e túmulo — nascimento e morte — são episódios inúmeras vezes repetidos pelo Espírito imortal, na senda do progresso moral, consubstanciada na Lei Divina de Evolução

     - A descrença no Amor a Deus sobre todas as coisas, e a falta de amor ao próximo como a si mesmo, trazem dificuldades vivenciais, gerando débitos conscienciais, que cedo ou tarde terão que ser resgatados; as vidas múltiplas ensejam tal resgate, que se manifestam ora por expiações (sofrimentos), ora por provações (testes de comportamento moral)

     - A Vida é sublime oportunidade de crescimento, através de aprendizados

     - A prática desses aprendizados nos proporcionará paz ou sofrimentos, conforme exercitemos o Bem ou o Mal, respectivamente

     - Sofrimentos são resultantes de nossos erros, geratrizes de débitos, que também nós próprios, cedo ou tarde, iremos pedir a Deus a oportunidade de resgatá-los

     - O Amor de Deus é tanto que Ele nos concederá tantas oportunidades quantas sejam necessárias; tais oportunidades se manifestarão na proporção direta do merecimento alcançado através do arrependimento sincero e da vontade inabalável de reconstrução moral 

    - O suicídio, como busca de solução para qualquer crise ou problema, é o mais equivocado dos caminhos, eis que, longe de resolvê-los, na verdade aumenta-os devastadoramente

     - Testemunhos de Espíritos que suicidaram demonstram que seus problemas permaneceram "do lado de lá", aliás, com gravames quase que insuportáveis

     - A tendência atual para o suicídio, em muitos casos, reflete atavismo (a pessoa já o terá cometido em vidas passadas e agora surge a tendência a essa anomalia comportamental)

     - Há sempre a possibilidade de influências obsessivas, induzindo/incentivando o suicídio

     - O Tempo — para quaisquer problemas — é bênção máxima, capaz de resolver, a contento, todos eles. Jamais houve um único problema que o Tempo não resolvesse!

     - A confiança no Amor de Deus e na Caridade de Jesus, expressa pela fé, em oração, é o mais eficaz meio de administrar a crise, por mais trágica que ela possa parecer.

Leituras a serem sugeridas àqueles que tentaram ou pensam no suicídio:

     a. "O Céu e o Inferno", de Allan Kardec (2ª Parte - Exemplos, Cap V - Suicidas), registrando os depoimentos pungentes de 9 (nove) Espíritos suicidas;   

 b. "Memórias de um Suicida", do Espírito C.C.Branco, psicografia de Yvonne do Amaral Pereira, edição da Federação Espírita Brasileira.

    c. "Viver Ainda é a Melhor Saída", de Jacob Melo, Edit. Mnêmio Túlio.

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