Recentemente o mundo foi abalado pelas notícias sobre as questões econômicas. Bancos faliram, bolsas de valores viram as suas ações despencarem a níveis nunca vistos antes. Iniciada nos EUA, esta crise financeira atingiu todos os países. Alguns comparam a presente crise, com a que ocorreu com a Bolsa de Valores em Nova Iorque em 1929, que provocou a falência de bancos e indústrias, gerando a grande depressão americana que prejudicou não só os EUA como também abalou todo o mundo. Preocupados com isto, autoridades mundiais reuniram-se em caráter de emergência e decidiram financiar os bancos em mais de três trilhões de dólares. A causa de todo este estresse está na ganância e desonestidade de muitos, associados a políticas monetárias equivocadas. O modelo econômico atual mostrou-se falho para garantir a segurança e equilíbrio de nossa sociedade, segundo a opinião de vários analistas.
Há poucos meses, na conclusão da Rodada de Doha, a ganância e insensibilidade, principalmente dos países mais ricos, impossibilitou o fechamento de um acordo mundial, que visava a maior liberação do comércio entre os países. Com toda a certeza, a maior circulação de mercadorias, ajudaria no desenvolvimento econômico de todo o mundo, trazendo mais riqueza e desenvolvimento às nações e como conseqüência, uma maior estabilidade social.
Agora, muitas lideranças questionam as possíveis alternativas. O que fazer? Com toda a certeza, a liberação do comércio, para evitar a estagnação econômica será uma das alternativas. Uma preocupação com o crescimento e desenvolvimento de todos os países, com uma melhor distribuição das riquezas.
Observamos então, que o homem atual é ainda míope no senso moral. Apenas a ignorância das Leis Divinas, para justificar tanta insensatez. E, neste aspecto, o Espiritismo pode dar uma grande contribuição. Se analisarmos a questão econômica, sob a ótica da moral Cristã, principalmente à luz do Espiritismo, compreenderemos a necessidade da ajuda mútua entre as nações. Deus permite que a riqueza seja acumulada, visando promover o progresso social. Com recursos financeiros, a ciência e a tecnologia se desenvolvem, geram empregos e um crescimento sustentável. Mas a riqueza é um mandato, uma responsabilidade outorgada para um fim construtivo, mas nunca para a exploração e subjugação de um povo sobre outro. Isto, quando acontece, gera a interferência Divina que disciplina a evolução do planeta. As transformações sociais poderiam ocorrer de forma mais harmônica. Mas, o homem ainda por sua ignorância, analisa as situações apenas sob o prisma material, esquecendo-se de que é um espírito imortal e que está neste planeta, apenas de passagem. Muitos agem de forma equivocada, provocando dores ainda maiores das que seriam necessárias para a sua libertação e despertamento espiritual. Isto acontece tanto por ações individuais como também, de forma coletiva, conforme os casos mencionados acima.
Em Obras Póstumas, Kardec comenta sobre este período que passaria a nossa sociedade. Coincide com a fase de transição de nosso planeta, de Provas e Expiação para Mundo de Regeneração. Uma época ímpar esta que estamos vivendo. Relevante recordar que embora tenhamos o conhecimento básico sobre o Espiritismo, as nossas atitudes são pautadas em uma personalidade que traz a bagagem da experiência milenar das muitas existências aqui na Terra. Modificar este comportamento, assumir ações mais fraternas é um grande desafio para todos nós. Importante que tenhamos o necessário equilíbrio para entender que estas transformações sociais são necessárias, pois as atividades do plano espiritual, visando a fraternidade e a paz entre os homens é constante. Façamos a nossa parte como espíritas.
(AATV)
O ARAUTO
PUBLICAÇÃO BIMESTRAL
ÓRGÃO OFICIAL DA USE –
INTERMUNICIPAL DE PIRACICABA
Sede e correspondência:
Rua 15 de Novembro, 944
14º andar – sala 143
13400-370 – Piracicaba-SP
Telefones:
(019) 3402-8022 - Banca do Livro
(019) 3433-1267 - Zildéa, Secretaria
E-mail:
use@usepiracicaba.com.br
CGC 96.508.072/0001-13
Expediente:
Redação – Diretoria Executiva
Site: www.usepiracicaba.com.br
Edição: 1.500 exemplares
Nenhum comentário:
Postar um comentário