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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Vamos mudar o foco?

Saara Nousiainen

Fortaleza-CE

Sou veementemente favorável a que se deva colocar a divulgação do conhecimento espírita como prioridade.

Se fizermos uma rápida retrospectiva podemos observar alguns pontos cruciais dessa questão.

Quando o Espiritismo foi codificado, aqueles conhecimentos eram de molde a mudar os rumos da humanidade para um ângulo ascensional, a começar pelo mundo cristão.

Mas... por que o mundo cristão quase nada mudou em função da presença do Espiritismo?

Esta resposta é bastante fácil quando lembramos da fortíssima rejeição que houve por parte das pessoas, por tratar-se de um novo conhecimento que viria desestruturar os alicerces da sua fé; da que houve por parte da “fé cristã organizada em religiões”, pelo receio natural de perda de poder. Tudo isso tornou muito difícil e até sacrifical a tarefa da difusão do conhecimento espírita nos seus primeiros tempos. Então, o movimento espírita fechou-se dentro dos centros direcionando o foco para a caridade, ou seja, esse foco foi redirecionado, face àquelas dificuldades citadas.

A meta de Kardec e dos espíritos da codificação não foi, certamente, o de fundar uma religião, nem tampouco o de criar um movimento espírita formado por centros, abrigados em organizações federativas, de certa forma fechada em torno de suas atividades voltadas mais intensamente para ajudar o ser humano em suas dificuldades, principalmente nas de ordem espiritual. Essa meta foi, sem dúvida, a da difusão do conhecimento espírita para o mundo.

Mas, pouco a pouco, o terreno foi se tornando mais favorável, principalmente por causa de toda essa “agitação psíquica”, essa sede de busca às coisas espirituais, que vem se observando no mundo ocidental.

Mas... Parece que o movimento espírita não se apercebeu de que o mundo mudou; que a mentalidade no mundo ocidental vem mudando rapidamente desde a metade do século XX, e que o início dessa mudança sinalizava o momento propício para a retomada da divulgação do conhecimento espírita para o publico externo. Se tivéssemos estado mais atentos, teríamos desenvolvido grandes esforços nesse sentido; teríamos priorizado uma grande e generalizada campanha visando levar ao mundo cristão esse conhecimento, através de todos os meios possíveis.

Se há tanta desinformação; confundem-se Espiritismo com tudo que ele não é... A culpa é só nossa. Nosso movimento não se abriu (com algumas exceções, aqui e ali) para o exterior de si mesmo; não partiu para uma grandiosa campanha visando levar ao mundo esses conhecimentos quando o momento adequado havia chegado. Acabamos dormindo sobre os nossos passos e muitos dos espaços propícios a receberem e se beneficiarem com essa boa nova já estão ocupados por outras idéias, ou por fanatizantes formatos de fé.

Mas, mesmo com meio século de atraso podemos e, certamente, devemos começar a mudar esse foco, buscando desenvolver mais intensamente e de forma prioritária, atividades visando a difusão das idéias espíritas, fora dos nossos ambientes.

Aqui, em Fortaleza começa a ganhar corpo uma proposta de tornar a primeira semana de outubro (aniversário de Kardec) num grande momento de integração dos espíritas com a sociedade, colocando a disposição dela o conhecimento espírita.

Apesar de embrionária, várias instituições já aderiram à idéia, mediante a qual, durante a referida semana, deverão ser realizados eventos em vários bairros, voltados para a sociedade, com atividades variadas, tais como coleta de sangue, verificação de pressão arterial, exames de diabetes, corte de cabelo, tirar documentos, etc., além, é claro, de palestras sobre o que é Espiritismo, momentos de arte, feira de livros espíritas a preços baixos, explicações sobre Espiritismo e doação de livros espíritas mediante compromisso dos interessados no sentido de realmente lerem o livro que vão ganhar (esses livros podem ser adquiridos a preços baixos nas editoras, livros com pequenos defeitos).

Também, incentivar os espíritas a comprarem cada qual um livro espírita durante a referida semana e presenteá-lo a alguma pessoa não espírita. Esses livros seriam certamente daqueles que esclarecem sobre o que é Espiritismo, já que a finalidade dessa jornada é levar o conhecimento espírita ao publico leigo.

Que tal, companheiro espírita, pensar nessa idéia e começar a divulgá-la, encampá-la e trabalhar nesse sentido?

Vamos trabalhar no sentido de mobilizar os espíritas do Brasil para essa grande jornada?

A idéia está aí... Que tal desdobrá-la mais, com suas sugestões e colocações?

Abraço fraterno a todos,

Tantos falam tanto na necessidade da divulgação do Espiritismo.

Estamos tendo agora a oportunidade de fazer algo concreto, por essa divulgação.

Vamos juntar nossas forças em torno desse ideal?

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