Danilo Carvalho Villela
Joseph Bré desencarnou em 1840 tendo vivido como pessoa respeitável ante seus concidadãos. Por isso, alguns anos mais tarde, sua neta surpreendeu-se ao dialogar com ele através da mediunidade, quando soube que a situação espiritual do avô não era tão boa quanto ela imaginava devido a alguns deslizes que ele cometera e que agora lhe pesavam na consciência, impedindo a felicidade mais completa. Ante as alegações da neta, de que ele vivera honradamente, como um homem honesto, alertou então o comunicante sobre a profunda diferença que existe quanto a esse conceito entre a sua acepção comum e seu significado ante as Leis Divinas. Atender à legislação humana – não raro de modo elástico, ele faz questão de frisar –, cumprir as obrigações de família e freqüentar algum templo religioso era suficiente para que se merecesse aquela designação na Terra. Mas... – prosseguiu ele – havia um abismo entre essa apreciação superficial e sua acepção verdadeira, à luz da realidade espiritual, lembrando, a propósito, que em muitas ocasiões, não tendo alguém roubado os bens de seus semelhantes, não hesitava, essa mesma pessoa, em roubar-lhes a alegria ou a honra desde que isto não afrontasse algum código nem a opinião pública. Por isso, para merecer aquele título em sua feição legítima, não bastava haver respeitado ordenações e costumes humanos mas era forçoso não haver infringido as Leis Divinas que avaliam essencialmente nosso íntimo, levando em conta nossas aspirações e propósitos. Joseph Bré lembra então que o homem verdadeiramente honesto é aquele que procura fazer sempre o melhor, no trabalho ou no lar, no emprego do tempo e da palavra, cultivando a simplicidade e a capacidade de perdoar.
É interessante observar, por outro lado, que esse equívoco tem sido alimentado pela religião em sua prática comum, que desloca a vivência religiosa para atos devocionais exteriores, sendo que, no caso do Cristianismo, isto se acentua com a suposta conquista da salvação pelo perdão dos pecados concedido por algum sacerdote, ou como uma graça arbitrariamente oferecida a alguns pelo poder divino, independentemente de sua conduta.
O depoimento de Joseph Bré inicia, em “O Céu e o Inferno”, a série daqueles que se apresentavam em condições medianas e posteriormente em coletâneas de relatos análogos, recebidos por medianeiros seguros, outras entidades naquela mesma situação vieram confirmar a importância decisiva do bem, não apenas em nossos atos socialmente observáveis mas em nosso relacionamento comum e, sobretudo, em nossos pensamentos e sentimentos.
Compreendendo o seu engano e lamentando o tempo perdido mas confiante na bondade divina, aquele companheiro aguardava novas oportunidades de trabalho em que pudesse, por sua sinceridade, aproximar-se efetivamente daquela condição.
“O Céu e o Inferno” (Segunda Parte, capítulo 3, Joseph Bré).
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Lar Fabiano de Cristo
Diretor:
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Editores:
Jorge Pedreira de Cerqueira
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boletimsei@lfc.org.br
Sábado, 10/5/2008 – no 2093
Joseph Bré desencarnou em 1840 tendo vivido como pessoa respeitável ante seus concidadãos. Por isso, alguns anos mais tarde, sua neta surpreendeu-se ao dialogar com ele através da mediunidade, quando soube que a situação espiritual do avô não era tão boa quanto ela imaginava devido a alguns deslizes que ele cometera e que agora lhe pesavam na consciência, impedindo a felicidade mais completa. Ante as alegações da neta, de que ele vivera honradamente, como um homem honesto, alertou então o comunicante sobre a profunda diferença que existe quanto a esse conceito entre a sua acepção comum e seu significado ante as Leis Divinas. Atender à legislação humana – não raro de modo elástico, ele faz questão de frisar –, cumprir as obrigações de família e freqüentar algum templo religioso era suficiente para que se merecesse aquela designação na Terra. Mas... – prosseguiu ele – havia um abismo entre essa apreciação superficial e sua acepção verdadeira, à luz da realidade espiritual, lembrando, a propósito, que em muitas ocasiões, não tendo alguém roubado os bens de seus semelhantes, não hesitava, essa mesma pessoa, em roubar-lhes a alegria ou a honra desde que isto não afrontasse algum código nem a opinião pública. Por isso, para merecer aquele título em sua feição legítima, não bastava haver respeitado ordenações e costumes humanos mas era forçoso não haver infringido as Leis Divinas que avaliam essencialmente nosso íntimo, levando em conta nossas aspirações e propósitos. Joseph Bré lembra então que o homem verdadeiramente honesto é aquele que procura fazer sempre o melhor, no trabalho ou no lar, no emprego do tempo e da palavra, cultivando a simplicidade e a capacidade de perdoar.
É interessante observar, por outro lado, que esse equívoco tem sido alimentado pela religião em sua prática comum, que desloca a vivência religiosa para atos devocionais exteriores, sendo que, no caso do Cristianismo, isto se acentua com a suposta conquista da salvação pelo perdão dos pecados concedido por algum sacerdote, ou como uma graça arbitrariamente oferecida a alguns pelo poder divino, independentemente de sua conduta.
O depoimento de Joseph Bré inicia, em “O Céu e o Inferno”, a série daqueles que se apresentavam em condições medianas e posteriormente em coletâneas de relatos análogos, recebidos por medianeiros seguros, outras entidades naquela mesma situação vieram confirmar a importância decisiva do bem, não apenas em nossos atos socialmente observáveis mas em nosso relacionamento comum e, sobretudo, em nossos pensamentos e sentimentos.
Compreendendo o seu engano e lamentando o tempo perdido mas confiante na bondade divina, aquele companheiro aguardava novas oportunidades de trabalho em que pudesse, por sua sinceridade, aproximar-se efetivamente daquela condição.
“O Céu e o Inferno” (Segunda Parte, capítulo 3, Joseph Bré).
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