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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O NOSSO ESPÍRITO E A SAÚDE

Teresa Carrola
Quando falamos de educação em termos espirituais, podemos entendê-la como a interiorização de qualidades morais que vamos adquirindo gradualmente na escola de cada existência física, através da correção das imperfeições individuais. São vários os desafios com que nos defrontamos na aquisição desses valores morais. Acreditamos neles mas nem sempre agimos ou pensamos com moralidade.
E quase nunca paramos para pensar como esta é importante para a saúde do nosso corpo físico.
Embora muitas doenças sejam cármicas, como é a necessidade de correção dos nossos desvios do cumprimento das leis divinas, de um modo geral, as atitudes intempestivas, os hábitos negativos, as paixões e os deslizes morais na existência atual provocam desajustes psíquicos que se refletem no nosso corpo somático.
Apesar dos vírus, das bactérias e de outros microorganismos causarem debilidade física e mental, eles não são os causadores de muitas enfermidades, uma vez que se alimentam das células em que a energia ficou enfraquecida. Podemos assim entender que o Espírito é sempre o responsável pois que a maldade, não fazendo parte da nossa natureza divina, é uma doença contraída por nós mesmos quando cultivamos a rebeldia perante a nossa obrigação de cumprirmos as leis divinas e que necessita, portanto, da terapia da dor para retomarmos o caminho da evolução moral. Certamente que as terapias convencionais ajudam na recuperação da saúde, na sua relativa manutenção. Os medicamentos removem os sintomas mas não restituem o equilíbrio como se deseja.
Apenas será restaurado o equilíbrio quando a fonte que conserva as energias saudáveis – o espírito – irradiar as energias que alimentam o corpo. Embora aparentemente a pessoa esteja recuperada, o desequilíbrio reaparece, mas com outro quadro patológico.
Só os fatores internos que se refletem num comportamento emocional e social harmonizado podem criar as condições permanentes de bem-estar e promover o nosso equilíbrio estrutural.
Há correntes magnéticas que circulam pelo nosso organismo e que obedecem ao comando da mente. E a natureza desse magnetismo está essencialmente subordinada à estrutura da nossa personalidade, o que somos, o que pensamos, o que desejamos.
A Doutrina Espírita ensina-nos a raciocinar e traça-nos várias diretrizes – o combate diário de sentimentos inferiores, o hábito saudável do exercício mental, da prece, das leituras edificantes, das conversas construtivas, das atividades no bem que dinamizam as energias psíquicas e sintonizam a mente com as forças do bem, criando harmonia interior e equilíbrio comportamental, ao mesmo tempo que dão origem a uma psicosfera positiva. Como a mudança íntima provoca desagregação das energias negativas que acumulamos no perispírito devido à conduta negativa, a força da energia mental positiva, a conduta moralizada, têm repercussões excelentes no nosso equilíbrio orgânico.
Aceitemos, portanto, o desafio de aprendermos a cuidar do nosso espírito.
Comecemos por olhar para dentro de nós próprios, esforcemo-nos por eliminar os erros que estão no nosso íntimo e iniciemos a mudança vibratória para o bem. Assim procedendo, estaremos a conduzir fluidos positivos para o nosso sistema energético e imunológico, melhorando o nosso estado de saúde. Para nortear este desafio de educação interna, interiorizemos o ensinamento sempre atual do Mestre: fazer aos outros o bem que desejaríamos que nos fosse feito.
Da revista “A Libertação”, publicação da Fraternidade Espírita Cristã (Rua da Saudade, 8 – 1o – 1100-583 Lisboa – Portugal – página www.fec.pt).

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