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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

CARIDADE


Danilo Carvalho Villela

Em sentido teológico, caridade significa amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo, por amor a Deus. Na acepção comum, ela é entendida como ação realizada em favor dos que sofrem, tendo sido tradicionalmente dirigida à pobreza, não raro associada à doença.
As palavras e exemplos de Jesus conferem ao termo um significado muito mais amplo, na verdade completo. Ela deve ser feita também para aqueles que, não tendo problemas materiais, dispondo de saúde e segurança econômica, padecem de carências e enfermidades espirituais, como o orgulho, o egoísmo, o vício ou a agressividade, sentido este ainda não assimilado pela comunidade cristã, apesar de dois milênios de convivência com as lições do Evangelho, que são de absoluta clareza a tal respeito: “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam” (Mateus, 5:44).
A caridade ante o sofrimento já se acha bastante generalizada. A dor do vizinho nos sensibiliza e mobiliza para atenuá-la assim como grandes acidentes ou desastres naturais provocam arregimentação coletiva em favor dos atingidos. Esse impulso generoso já se acha inclusive institucionalizado, com o surgimento de organizações nacionais e internacionais voltadas para a erradicação da miséria, a ajuda a refugiados, combate à discriminação e ao analfabetismo, atividades estas que recebem aprovação geral e mostram que a fraternidade, pouco a pouco, vai ganhando espaço nos corações, devendo-se acrescentar a essa relação a moderna preocupação com o meio ambiente a fim de assegurar às futuras gerações condições adequadas de desenvolvimento sustentável e qualidade de vida.
Infelizmente tem sido lenta a assimilação do ensino em sua feição espiritual pois o crime, o vício ou a violência despertam ainda ódio e revide, inclusive em termos coletivos, envolvendo sociedades civilizadas nas quais a presença de governos e parlamentos deveria induzir à ponderação que mostra todo o absurdo da pena de morte (o crime legalizado), bem como do aborto e da eutanásia (fugas ao dever de solidariedade ante os fracos e indefesos).
A Doutrina Espírita insistiu sempre no sentido amplo da caridade, incluindo entre os mais necessitados os infratores de todo tipo, entendendo que se trata de doentes e estropiados do espírito, e lembrando ainda que no mandamento do “amor ao próximo como a si mesmo” o termo próximo não possui limites espaciais, referindo-se a toda pessoa a que possamos chegar por uma ação material direta ou pelo nosso pensamento.
Até que tal compreensão se generalize e instale nos corações, teremos de conviver com desigualdades, conflitos e sofrimentos individuais e coletivos.
É por isso que, conforme ensina a Doutrina Espírita, “fora da caridade não há salvação”.
“O Evangelho segundo o Espiritismo”
(capítulo 15, item 1).

SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim Semanal
editado pelo
Lar Fabiano de Cristo
Diretor:
Danilo Carvalho Villela
Editores:
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Sábado, 24/5/2008 – no 2095

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