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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

COM OS OLHOS DO ESPÍRITO – PARTE III –

Giovanni Scognamillo


Quando chegou a este nosso planeta Terra, em 28 de agosto de 1749, o espírito que ficaria conhecido e famoso com nome de Johann Wolfgang Von Goethe teve ameaçada a sua encarnação por um pequeno e quase fatal deslize cometido pela parteira que assistiu sua mãe.
Anos depois ele falou a um amigo: “Eu cheguei a este mundo como morto, e somente com muitos esforços conseguiram fazer com que eu visse a luz”. Sem dúvida, a Espiritualidade Superior mobilizou recursos de ajuda, e assim o futuro e grande poeta alemão nasceu entre nós...
Goethe trazia de precedentes experiências grande manancial de conhecimentos e um psiquismo aprimorado que lhe permitia contatar o mundo invisível com facilidade. Por sua inteligência incomum, foi considerado como criança prodígio, fato este narrado até mesmo pela espiritualidade muitos anos depois do seu falecimento, ocorrido em 1832. Basta uma ligeira consulta ao livro “Seareiros de Volta”, ditado por diversos Espíritos através da mediunidade de Waldo Vieira e publicado pela Federação Espírita Brasileira. Na página 134, encontramos mensagem ditada pelo Espírito Lameira de Andrade que atesta a precocidade de Goethe que, “apesar dos 6 anos de idade, escreve em seis idiomas”, e uma tal soma de conhecimentos não teria explicação não aceitássemos as vidas precedentes.
Allan Kardec, por sua vez, desejou um contato com o Espírito Goethe e para tanto promoveu reunião em Paris, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas na noite de 25 de março de 1859, fazendo a evocação do mesmo. Atendendo ao apelo, Goethe responde ao questionamento apresentado pelo Codificador, composto por 20 perguntas.
Na sétima questão, Kardec indaga se ele lembrava de alguma precedente encarnação, obtendo resposta positiva. A seguir, outra pergunta: se tal existência ocorreu na Terra. A resposta é negativa.
Goethe, tomando a palavra, afirma ter vindo de um outro planeta. Kardec quer saber se, pelo fato de ser oriundo de um planeta mais evoluído, isso não implicaria em retrocesso para ele. Goethe diz, textualmente:
“Era um mundo superior até certo ponto, mas não como o entendeis. Nem todos os mundos têm a mesma organização, sem que, por isso, tenham uma grande superioridade.
(...) Não houve retrogradação, considerando-se que servi e ainda sirvo para a vossa moralização.”
Este elucidativo diálogo entre dois Espíritos superiores, pode ser consultado na íntegra na “Revista Espírita” de junho de 1859.
Jamais lograremos explicar o comportamento dessas crianças-prodígio, desses superdotados, desconhecendo a lei da reencarnação; e Goethe, desde criança já se interessava pelo ocultismo, pelas ciências naturais. E mais tarde ele mesmo falaria ao seu amigo Eckermann do seu avançado psiquismo:
“Tudo quanto escrevi o fiz como um sonâmbulo. Foram as poesias que me fizeram, não fui eu quem as fez”, evidenciando a amorável influência que ele recebia do Mundo Maior.
Goethe aceitava a imortalidade e o mundo espiritual à nossa volta. E isto está comprovado numa carta que ele enviou ao ministro e teólogo protestante da Reforma, Johann Kaspar Lavater (1741-1801), ocasião em que afirmou: “Eu sou levado a crer na existência de um mundo que vai além deste visível, e tenho suficiente força vital e poética para sentir que o meu limitado Eu torna-se enormemente dilatado ao entrar em contato com um Universo espiritual, conforme falou dele Swedenborg”. E finaliza aquela correspondência, dizendo:
“Que os bons Espíritos estejam com você”.
Goethe era dotado, entre outras qualidades psíquicas, da faculdade mediúnica de clarividência, pois antevira o sacrifício de Maria Antonieta e agora “profetiza” a desencarnação do amigo e poeta alemão Schiller (Johann Christoph Friedrich Von Schiller, 1759-1805) que, ao receber um
cartão de boas-festas assinado por Goethe, lê, tomado de grande surpresa: “Feliz último ano novo...”. E mais este presságio tornou-se realidade, pois Schiller faleceria, prematuramente, pouco tempo depois.
No próximo encontro, estaremos com o médium-poeta antevendo o grande terremoto de Messina, e com Kardec, comentando as famosas cartas de Lavater enviadas à Imperatriz da Rússia Maria Feodorowna.
“Amarmo-nos, servindo uns aos outros, não de boca, mas de coração, constitui para nós todos o glorioso caminho de ascensão.”
“Vinha de luz” Emmanuel

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Sábado, 24/5/2008 – no 2095

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