D. Villela
Somos todos irmãos pela nossa filiação divina sem termos ainda, em nossa posição evolutiva, consciência dessa realidade. Por isso, quando se fala em família, na linguagem comum, pensa-se num grupo ligado pela consangüinidade e que é mais ou menos extenso conforme os costumes e condições de determinada região ou época. Chama-se família nuclear aquela formada pelo casal e os filhos, residindo em um mesmo espaço.
A Doutrina Espírita veio esclarecer que a afetividade e a simpatia que habitualmente se notam nas famílias humanas bem estruturadas não resultam do parentesco corporal, sendo, antes, a continuidade de um processo de convivência mais amplo que se verifica nos dois planos da vida e se aprimora ao longo do tempo com as experiências vivenciadas em comum.
Todos sabemos, no entanto, que esta não é a situação mais freqüente. Há numerosos grupos familiares de escassa coesão, fragilmente estabelecidos a partir de fatores de ordem material (interesse, aparência física) que facilmente se desarticulam, não raro com prejuízos para seus integrantes, especialmente os filhos. O verdadeiro parentesco é aquele de origem espiritual, reunindo almas afins, que sentem prazer por empreenderem juntas realizações em comum, dentro ou fora da consangüinidade, pois não é o sobrenome o fator determinante dessa preferência mas nosso passado multimilenar.
Embora a afinidade influencie habitualmente a formação das famílias terrenas, nelas podem surgir, por razões diversas, espíritos não-ligados ou até hostis ao grupo, sem esquecermos nossa inferioridade que não raro complica o relacionamento familiar convertendo o casamento em “um instrumento de lutas expiatórias para espíritos faltosos e delinqüentes diante das leis sociais e divinas”, como observa o orientador espiritual Emmanuel (“Ação, vida e luz”, médium Chico Xavier, capítulo “Família”).
A religião sinceramente vivida, no entanto, pode equipar quem a cultive com os recursos necessários à superação das dificuldades, preservando, dentro do possível, a harmonia e o respeito necessários à continuidade da convivência no lar.
O imediatismo da vida moderna, preconizando o “direito de ser feliz”, tende a banalizar os laços familiares, que realmente devem ser laços e não grilhões, mas cuja manutenção, mesmo sob condições não ideais, nos habilita à felicidade verdadeira, porque de natureza espiritual, permanente.
Nada impede, por outro lado, que assim procedendo possamos incluir novos membros em nossos grupos de afinidade, estabelecendo com os mesmos vínculos de afetividade ou desfazendo aversões antigas que podem e devem ser transmutadas em laços de simpatia, consoante a vontade de Deus, nosso Pai.
Nossas famílias verdadeiras – espirituais – devem, assim, expandir-se numericamente mas sobretudo crescer pela qualidade de suas relações, com base no amor e conhecimento das Leis Divinas, habilitando-nos a realizações sempre mais altas na senda do progresso.
“O Evangelho segundo o Espiritismo”
(capítulo 14, item 8).
SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim Semanal
editado pelo
Lar Fabiano de Cristo
Diretor:
Danilo Carvalho Villela
Editores:
Jorge Pedreira de Cerqueira
Eloy Carvalho Villela
Endereço:
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Centro - CEP 20231-044
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Fax (21) 3806-8649
Brasil
Internet: http://www.lfc.org.br/sei
boletimsei@lfc.org.br
Sábado, 5/4/2008 – no 2088
Somos todos irmãos pela nossa filiação divina sem termos ainda, em nossa posição evolutiva, consciência dessa realidade. Por isso, quando se fala em família, na linguagem comum, pensa-se num grupo ligado pela consangüinidade e que é mais ou menos extenso conforme os costumes e condições de determinada região ou época. Chama-se família nuclear aquela formada pelo casal e os filhos, residindo em um mesmo espaço.
A Doutrina Espírita veio esclarecer que a afetividade e a simpatia que habitualmente se notam nas famílias humanas bem estruturadas não resultam do parentesco corporal, sendo, antes, a continuidade de um processo de convivência mais amplo que se verifica nos dois planos da vida e se aprimora ao longo do tempo com as experiências vivenciadas em comum.
Todos sabemos, no entanto, que esta não é a situação mais freqüente. Há numerosos grupos familiares de escassa coesão, fragilmente estabelecidos a partir de fatores de ordem material (interesse, aparência física) que facilmente se desarticulam, não raro com prejuízos para seus integrantes, especialmente os filhos. O verdadeiro parentesco é aquele de origem espiritual, reunindo almas afins, que sentem prazer por empreenderem juntas realizações em comum, dentro ou fora da consangüinidade, pois não é o sobrenome o fator determinante dessa preferência mas nosso passado multimilenar.
Embora a afinidade influencie habitualmente a formação das famílias terrenas, nelas podem surgir, por razões diversas, espíritos não-ligados ou até hostis ao grupo, sem esquecermos nossa inferioridade que não raro complica o relacionamento familiar convertendo o casamento em “um instrumento de lutas expiatórias para espíritos faltosos e delinqüentes diante das leis sociais e divinas”, como observa o orientador espiritual Emmanuel (“Ação, vida e luz”, médium Chico Xavier, capítulo “Família”).
A religião sinceramente vivida, no entanto, pode equipar quem a cultive com os recursos necessários à superação das dificuldades, preservando, dentro do possível, a harmonia e o respeito necessários à continuidade da convivência no lar.
O imediatismo da vida moderna, preconizando o “direito de ser feliz”, tende a banalizar os laços familiares, que realmente devem ser laços e não grilhões, mas cuja manutenção, mesmo sob condições não ideais, nos habilita à felicidade verdadeira, porque de natureza espiritual, permanente.
Nada impede, por outro lado, que assim procedendo possamos incluir novos membros em nossos grupos de afinidade, estabelecendo com os mesmos vínculos de afetividade ou desfazendo aversões antigas que podem e devem ser transmutadas em laços de simpatia, consoante a vontade de Deus, nosso Pai.
Nossas famílias verdadeiras – espirituais – devem, assim, expandir-se numericamente mas sobretudo crescer pela qualidade de suas relações, com base no amor e conhecimento das Leis Divinas, habilitando-nos a realizações sempre mais altas na senda do progresso.
“O Evangelho segundo o Espiritismo”
(capítulo 14, item 8).
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Sábado, 5/4/2008 – no 2088
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