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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

CAP. XXVI DO EV. SEG. O ESPÍRITISMO – DAÍ DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBESTE

1. Dom de Curar.
2. Preces Pagas.
3. Vendilhões expulsos do Templo.
4. Mediunidade gratuita.
DOM DE CURAR
"CURAI! Os enfermos RESSUSCITAI! Os mortos, SARAI! Os leprosos, EXPELI OS DEMÔNIOS, daí de graça o que de graça recebestes." (MATEUS)
COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC
"Daí de graça o que de graça recebestes" diz Jesus aos discípulos. Por tal preceito prescreve não aceitar não aceitar pagamento por aquilo que não se pagou.
Ora, o que eles haviam recebido gratuitamente, era a faculdade de curar os doentes, e expulsar os demônios, isto é, os maus espíritos. Esse Dom lhes tinha sido dado, gratuitamente, por Deus, para que aliviassem os que sofriam e para ajudar a propagação da Fé; e lhes disse: que não transformassem esse dom em artigo de comercio ou de especulação, nem em meio de vida.
Jesus realizou duas categorias de ressurreição: A do corpo e a do Espírito. Ressuscitou Lázaro e Madalena. O corpo de Lázaro veio a morrer pós aquela ressurreição. Madalena nunca mais morreu, porque o que nela ressurgiu, não foi à carne e sim o ESPÍRITO.
NOTA: Sabe-se que Lázaro dormia um sono Letárgico, e que o laço Perispiritico ainda não se rompera.
Jesus curou enfermos do corpo e do Espírito.
Curava por seu magnetismo humano e Espiritual e também pela Fé de seus de seus doentes. (o leproso samaritano e o leproso que pediu, se "queres podes curar-me" A mulher do fluxo sangüíneo etc. Mas a cura que ele realmente pretendia, era a cura Espiritual.
Que o homem soubesse da imortalidade da alma e que esta sempre ressurge para a vida.
O menino possesso de um mau Espírito do qual os Discípulos, não puderam expulsar.
Jesus repreendeu os Discípulos, chamando-os de incrédulos e de pouca Fé.
Repreendeu e retirou o Espírito impuro e disse que os espíritos dessa espécie não podem ser retirados, senão pela prece e pelo jejum (abstinência).
PRECES PAGÂS
"Estando, porem, ouvindo-o todo o povo, disse Jesus aos seus discípulos:
Guardai-vos dos Escribas, que querem andar com roupas Talares (vistosas e especiais) e gostam de serem saudados nas praças e das primeiras cadeiras nas Sinagogas e dos primeiros lugares nos banquetes, que devoram as casas das viúvas, fingindo largas orações. Estes tais receberão maior condenação." (LUCAS)
"E ele lhes dizia segundo o seu modo de ensinar:- Guardai-vos dos Escribas que gostam de andar com roupas largas e de que os cumprimentem nas praças e nos banquetes, dos primeiros lugares, que devoram as casas das viúvas, debaixo do pretexto de longas orações; Estes serão julgados com maior rigor." (MARCOS)
"Ai de vós, Escribas e Fariseus Hipócritas, porque devorais as casas das viúvas, fazendo largas orações; por isso, sofrereis um juízo mais rigoroso. (MATEUS)
COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC
"Também disse Jesus:-” Não façais pagar as vossas preces, como os Escribas que dilapidam as casas das viúvas a pretexto de longas preces.
A prece é um ato de Caridade, um impulso do Coração. Fazer pagar um ato de se dirigir a Deus.
Em favor de outros, é transformar-se em intermediário assalariado. A prece torna-se então, uma fórmula cuja extensão é proporcional a soma recebida. Deus não vende os benefícios que concede. A razão, o bom senso, a lógica dizem que Jesus, a perfeição absoluta, não pode delegar a criaturas imperfeitas, o direito de fixar um preço para a sua justiça.
A justiça é de Deus, como o Sol que é para todos.
As preces pagas tem um outro inconveniente; É que quem paga, isto é, quem as compra, as mais das vezes, se julga dispensado de orar, porque se considera quites, uma vez que as pagou.
Não será reduzir a eficácia da prece ao valor da moeda corrente?
VENDILHÕES EXPULSOS DO TEMPLO
"Chegados em seguida a Jerusalém, e havendo entrado no Templo, começou Jesus a lançar fora os que vendiam e compravam no Templo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; e não consentia que qualquer um, transportasse móvel algum pelo Templo.
E ele os ensinava também, dizendo-lhes: por ventura não está escrito que a minha casa será chamada de ORAÇÃO, entre todas as gentes?
E vós tendes feito dela um covil de ladrões.; o que ouvindo, os principais dos Sacerdotes e os escribas, cogitavam de que modo, o haviam de perder, pois todo o povo, admirava a sua doutrina. (MARCOS)
"E entrou Jesus no Templo de Deus e lançava fora todos os que vendiam e compravam no Templo; e pôs por terra as mesas dos banqueiros e as cadeiras dos que vendiam pombas. E lhes disse: escrito está! A minha casa será chamada de casa de ORAÇÃO, mas vós a tendes feito covil de ladrões." (MATEUS)
COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC
Jesus expulsou os vendilhões do Templo. Com isso, condenou o trafico das coisas santas sob qualquer forma que seja. Deus não vende nem sua benção, nem o seu perdão, nem a entrada no Reino do Céu; assim, o homem não tem o direito de se fazer pagar.
MEDIUNIDADE GRATUITA
Os médiuns modernos- porque os Apóstolos também tinham mediunidade, igualmente receberam de Deus, um Dom gratuito; o de servirem de interpretes dos espíritos, para a instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e trazê-los a Fé. Mas não para vender palavras que lhes não pertencem, de vez que não são o produto de sua concepção, nem de suas pesquisas, nem de seu trabalho pessoal.
Deus quer que a luz, chegue a todos; Não quer que o mais pobre seja deserdado e possa dizer:- Não tenho Fé porque não a pude comprar.
Eis porque a mediunidade não é privilégio, e se encontra por toda parte. Fazer paga-la seria, pois, desviá-la de seu fim providencial.
Aos espíritos levianos estão sempre prontos para responder a tudo que se lhes pergunte, sem se preocuparem com a verdade. A primeira condição para se assegurar a benevolência dos bons Espíritos é a humildade, o devotamento, a abnegação, e o mais completo desinteresse moral e material
A mediunidade não é a mesma coisa que a capacidade adquirida pelo estudo e trabalho, e que por isso mesmo, representa uma propriedade da qual se pode tirar partido.
Não é uma arte, nem uma habilidade e, por isso, não pode tornar-se uma profissão: não existe senão com o concurso dos Espíritos; e se estes se ausentarem, não há mais mediunidade.
Não há um só médium no mundo que possa garantir a obtenção de um fenômeno Espírita em um dado momento.
Explorar a mediunidade é, pois dispor de uma coisa que realmente não se domina. Foi esse abuso degenerado que determinou a proibição de MOISÉS.
A mediunidade é santa, e deve ser praticada RELIGIOSAMENTE. Especialmente a de CURA.
O Médico dá o fruto de seus estudos e sacrifícios.
O magnetizador dá os seus próprios fluidos.
O Médium curador, porém, transmite o fluido salutar dos bons Espíritos. Não tem o direito de os vender. Aquele que não tem do que viver, procure recursos noutra fonte, menos na MEDIUNIDADE.

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