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sábado, 6 de setembro de 2008

UMA AURÉOLA DE GRATIDÃO – PARTE I –

Afirmam os instrutores da Vida Maior que a mediunidade é apanágio de todos os seres racionais e, sendo assim, independe desta ou daquela disciplina religiosa, de classe social, etnia, profissão, sexo e ornamentos outros que emolduram a marcha progressiva do espírito imortal, necessitado, ainda, da valiosa oportunidade da reencarnação, neste e em outros planetas.
Fica evidente que esta faculdade, que permite o intercâmbio entre os dois planos da vida, não constitui privilégio de pequenos ou grandes grupos, de classes sacerdotais, assim como não está sujeita ao controle do mais iluminado religioso ou do mais refinado ateu. Médiuns foram todos os chamados iniciados, profetas e líderes outros que promoveram o progresso da Humanidade. Médiuns são igualmente, os que trabalham, quer no anonimato ou não, em desempenho caritativo nos domínios da medicina espiritual de cura, no alívio aos males físicos e espirituais.
A faculdade mediúnica de cura, em especial, exercida pelo sacerdote católico Dom Giuseppe Gervasini, na Itália, será objeto de comentários neste boletim, em tradução literal de longa matéria divulgada em capítulos pelo “Giornale dei Misteri” (Jornal dos Mistérios), que tem sua redação na Via Casato di Sopra, 19 – 53100 Siena – Itália.
Dom Giuseppe Gervasini nasceu em 1867 e retornou ao mundo espiritual em 1941, tendo vivido sua experiência física nas proximidades de Milão, onde é cultuado e muito estimado até os dias hoje, pois ficou popularmente conhecido como “Il prete guaritore” (O padre curador), pois soube dar gratuitamente aquilo que gratuitamente recebera do Plano Maior.
Segundo o jornal, reproduzindo o testemunho de Elena Semenza, sua mais conceituada biógrafa, “o jovem Giuseppe, desde os primeiros anos de escola, demonstrou ser dotado de invulgar inteligência e cultivava grande pendor, não somente para a medicina e para as ciências naturais, mas se interessava também pelo magnetismo, pelas ciências ocultas e pelo Espiritismo.
Tudo isso confirma a razão pela qual este rapaz, tão jovem, exercitava seus dotes e estranhos métodos terapêuticos” – conclui Semenza.
Vale destacar que o bondoso sacerdote nasceu dez anos depois do lançamento de “O Livro dos Espíritos” e, seguindo o relato de Elena Semanza, conclui-se que o jovem Giuseppe tomou contato com o livro base da Codificação, uma vez que emprega a palavra Espiritismo e não espiritualismo, normalmente usada pelos escritores italianos, e ainda a palavra médium em vez de paranormal, muito em uso naquele país.
A seguir vem um testemunho bastante valioso do ponto de vista fenomênico, e por este pode-se avaliar o dote curador daquele moço. Relata a referida senhora:
“O meu avô sofrera um acidente de trabalho que atingiu um dos seus pés, que estava ameaçado de amputação. O rapazinho Giuseppe, em férias escolares naquela província, ficou sabendo do problema vivido pelo avô de Elena Semenza e prontificou-se a tentar aliviar o mesmo.
Usando do seu magnetismo curador, Giuseppe surpreende a todos, promovendo a cicatrização da ferida ameaçadora. O beneficiado pela mediunidade de cura daquele jovem tenta recompensar o mesmo, do ponto de vista material. Giuseppe recusa a oferta e se contenta com um simples cacho de uva, colhido na videira do quintal.”
E assim deve ser, pois a mediunidade é um dom gratuito e jamais um objeto de comércio a favor daquele que a possui; e segundo a recomendação de Jesus deve-se dar gratuitamente aquilo que gratuitamente se recebe. Assim agindo, desde pequeno, o médium Giuseppe dava demonstração de uma moral sadia, e isto o fazia merecedor da assistência de dedicados benfeitores espirituais.
Seguindo o seu pendor, o rapaz matricula-se no Seminário Arcebispal de Milão, em 1885, e completa em apenas cinco anos todo o currículo exigido pelas normas daquele educandário religioso, concluindo o curso e sendo logo sagrado sacerdote. Sua primeira atividade foi como padre capelão militar e a seguir confessor junto aos presidiários do conhecido cárcere San Vittore de Milão, esclarecendo, amparando e consolando aqueles que cometeram equívocos.
Desde o início, consagra sua existência a ajudar os pobres e os sofredores, e como destaque: aqueles que não podiam pagar um médico recorriam à sua faculdade curadora.
Em outro texto, afirma à senhora Semenza:
“Dom Giuseppe é infalível no diagnóstico de doenças e as suas curas são sempre eficazes”.
A seguir, veremos a reação do médium sacerdote diante da intolerância de alguns colegas que discordam das suas práticas mediúnicas.

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Sábado, 26/4/2008 – no 2091

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