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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

LAZER

NOTAS DA GRANDE IMPRENSA
LAZER

Sérgio Siqueira Couto, um ator de 56 anos, mora com a avó, Maria Antônia Rosa de Jesus, de 108 anos, numa simpática casa na Bela Vista, em São Paulo.
Apesar da idade avançada, ela é dona de uma saúde invejável, e, doenças como Parkinson, Alzheimer, diabetes, nunca fizeram parte do histórico médico de Dona Maria, que, além de vitamina B, toma um único remédio, para pressão alta. Sérgio começou a cuidar da avó assim que perdeu sua mãe, assumindo o lugar dela. Faz comida, dá banho, troca a roupa de cama, leva a avó para tomar sol, fazer exercícios. “Devo 50% do que eu sou a ela. Meus pais sempre trabalharam, foram ela e o meu avô que ajudaram a me criar” – conta Sérgio na reportagem “Pessoas que cuidam de idosos precisam dedicar tempo ao lazer”, da jornalista Flávia Mantovani, publicada em 28 de fevereiro na “FolhaOnline”. Embora o carinho pela avó, Sérgio teve algumas dificuldades.
“Tenho vivido em função dela e me ausentei de muita coisa. Fiquei até com um diabetes de fundo nervoso. Encaro isso tudo como uma missão” – diz ele. A fim de minimizar o estresse da rotina, vez ou outra ele sai para dançar, vai passar um dia numa praia e busca manter a porta da casa sempre aberta aos amigos. Também não descuida da saúde: alimenta-se bem, faz caminhada e vai ao médico regularmente. Tudo isso fez com que a sua glicose se normalizasse dois meses depois do diagnóstico.
O problema por que passou Sérgio tem nome e já foi enfrentado por muitas pessoas que se vêem na situação de ter que amparar alguém próximo. Chama-se, entre os pesquisadores, de “caregiver stress” ou estresse do cuidador. Um estudo feito na Universidade de São Paulo (USP) e publicado em recente número da revista da Associação Médica Brasileira tratou do tema.
Ao todo, 67 pessoas com demência e seus cuidadores foram avaliados, e o que se concluiu é que quanto mais tempo a pessoa se dedica à tarefa, mais estresse sente.
“É importante preservar o cuidador. É ele que vai à luta, enfrenta o trabalho, o trânsito. Para não se desgastar, ele tem que ter seus momentos de lazer e descontração” – afirma o presidente da Associação Brasil Parkinson, Samuel Grossmann, que trabalha com apoio psicológico familiar.
Assim como o trabalho é algo fundamental para o engrandecimento do espírito, também o lazer surge como uma necessidade, ajudando a criatura não só na sua socialização como no refazimento das energias para o reinício das tarefas que lhe competem no dia-a-dia. E essa necessidade do homem encarnado não se modifica tanto pelo fato de ele ter ultrapassado as portas do túmulo, como mostra André Luiz em diversas passagens do livro “Nosso Lar”, psicografado por Chico Xavier. Numa delas, por exemplo, no capítulo 18, a benfeitora espiritual Laura faz uma recomendação nesse sentido aos amigos que visitavam sua residência, para que fossem a uma das instâncias de refazimento mental da colônia Nosso Lar. “Todos vocês trabalharam muito, hoje. Utilizaram o dia com proveito. (...) Não esqueçam a excursão ao Campo da Música” – diz ela.
No capítulo 45, André novamente volta a mencionar uma recomendação ao lazer, desta vez feita diretamente a ele por um dos companheiros de tarefa.
“À tardinha, Lísias convidou-me para acompanhá-lo ao Campo da Música.
– É preciso distrair-se um pouco, André! – disse ele, gentil” – acrescentando, logo a seguir, que a própria Narcisa, a enfermeira das Câmaras de Retificação de Nosso Lar, havia consagrado aquele dia ao descanso.
Contudo, há que se evitar confundir lazer com inércia, já que a segunda pode representar atraso para o espírito, esteja ele na Terra ou nas esferas espirituais, onde, igualmente, precisa trabalhar por se melhorar intimamente, cooperando também para o progresso geral através das tarefas que lhe são confiadas, como esclarece, no capítulo 22 da mesma obra, a benfeitora Laura: “Os inativos podem permanecer nos campos de repouso, ou nos parques de tratamento, favorecidos pela intercessão de amigos; entretanto, as almas operosas conquistam o bônus-hora e podem gozar a companhia de irmãos queridos, nos lugares consagrados ao entretenimento, ou o contato de orientadores sábios, nas diversas escolas dos Ministérios em geral.”

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Sábado, 12/4/2008 – no 2089

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