A neurociência está investigando onde nasce a consciência. E dois importantes cientistas do campo estão engajados nessa busca, que se transformou em meta de vida para eles. Christof Koch e Susan Greenfield, contudo, seguem suas investigações por caminhos diferentes, divergindo em alguns aspectos, sem permitir que isso comprometa o estudo. É o que deixam claro em artigo assinado por ambos, publicado em novembro de 2007 na “Scientific American”. No texto, antes de apresentarem suas teses, reconhecem não compreender ainda como a consciência emerge da atividade química e elétrica dos neurônios. Na esperança de encontrar a resposta é que estão tentando determinar os melhores Correlatos Neuroniais da Consciência (CNC) – a atividade cerebral que corresponde a experiências conscientes específicas.
“Tanto Susan Greenfield quanto eu buscamos os Correlatos Neuroniais da Consciência mais apropriados. Se conseguirmos encontrar os CNCs corretos, os mecanismos diretos de causa-efeito que criam a consciência se seguirão” – diz Christof, na sua parte do artigo, onde sugere que os CNCs são descargas de determinados neurônios, o que localizaria a consciência nos próprios neurônios.
Para Susan, no entanto, a consciência seria gerada por um aumento quantitativo no funcionamento holístico do cérebro. “A consciência aumenta à medida que a atividade cerebral cresce” – afirma ela.
Mais detalhes sobre esses complexos estudos, inclusive com a reprodução de algumas experiências, podem ser encontrados na página da “Scientific American Brasil”: www2.uol.com.br/sciam/reportagens/como_a_consciencia_se_manifesta_.html.
Buscando esclarecimentos sobre o assunto à luz do Espiritismo, o “Serviço Espírita de Informações” entrou em contato com o psiquiatra espírita Jorge Andréa dos Santos, autor de diversos livros, que teceu os seguintes comentários:
“Nos dias atuais de buscas científicas coligadas ao psiquismo humano, o campo da consciência ocupa posição de destaque principalmente nos acervos da psicologia e seu expressivo direcionamento – a psicologia transpessoal. Isto porque os métodos científicos em vigor não estão alcançando as energias específicas que por este campo se desenvolvem.
Apesar de tudo, a nossa ciência vem mostrando pesquisas dignas de nota, desenvolvidas pelos neurocientistas Christof Koch e Susan Greenfield, que, embora com interpretações divergentes, tentam alcançar a finalidade de definir a consciência.
O grande problema é como a consciência se mostra nos neurônios (células nervosas) com seu mecanismo ‘eletroquímico’ e sua divergente distribuição com os denominados Correlatos Neuroniais da Consciência.
Christof admite a consciência pelas descargas neuroniais grupais, enquanto que Susan refere-se ao aumento do conjunto neuronial pela atividade cerebral acentuada; isto é, primeiro admite zonas seletivas, portanto limitadas, enquanto que a segunda admite um mecanismo de totalidade, portanto holístico.
Esses cientistas fizeram intensas pesquisas com aparelhagem, testes e respectivos debates, em seminários, buscando nessas variações algumas conclusões.
Sabe-se que existem zonas cerebrais específicas de recepção, embora a totalidade dos diversos grupos neuroniais entrem na participação do processo, traduzindo a percepção holística, embora os cem bilhões de neurônios existentes mostrem variações de aspecto e funções. Ao lado disso, anotemos as variações genéticas da herança física e a estruturação individual do Espírito reencarnante impondo o tipo psicológico (caráter) nas divergências da consciência.
Os dois cientistas têm suas razões, porquanto existem neurônios específicos responsáveis pelo mecanismo das expressões da consciência, apesar da totalidade neuronial participar do mecanismo localizado de comando e orientação nas diversas áreas. Muitas pesquisas revelam essas tendências, embora alguns resultados se mostrem conflitantes.
Os autores em questão não estão mostrando o nascimento da consciência, sua criação e elaboração, apenas determinam os eventos e graus de consciência, mesmo porque a consciência não nasce nos neurônios, eles são as telas receptoras dos campos espirituais e adaptadores para a nossa condição psicológica.
Nesse imenso campo da consciência estarão as inúmeras variações de todo o conteúdo psíquico refletido nos sentimentos, na vontade e nos feixes criativos do ser.
SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim Semanal
editado pelo
Lar Fabiano de Cristo
Diretor:
Danilo Carvalho Villela
Editores:
Jorge Pedreira de Cerqueira
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Fax (21) 3806-8649
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boletimsei@lfc.org.br
Sábado, 19/4/2008 – no 2090
“Tanto Susan Greenfield quanto eu buscamos os Correlatos Neuroniais da Consciência mais apropriados. Se conseguirmos encontrar os CNCs corretos, os mecanismos diretos de causa-efeito que criam a consciência se seguirão” – diz Christof, na sua parte do artigo, onde sugere que os CNCs são descargas de determinados neurônios, o que localizaria a consciência nos próprios neurônios.
Para Susan, no entanto, a consciência seria gerada por um aumento quantitativo no funcionamento holístico do cérebro. “A consciência aumenta à medida que a atividade cerebral cresce” – afirma ela.
Mais detalhes sobre esses complexos estudos, inclusive com a reprodução de algumas experiências, podem ser encontrados na página da “Scientific American Brasil”: www2.uol.com.br/sciam/reportagens/como_a_consciencia_se_manifesta_.html.
Buscando esclarecimentos sobre o assunto à luz do Espiritismo, o “Serviço Espírita de Informações” entrou em contato com o psiquiatra espírita Jorge Andréa dos Santos, autor de diversos livros, que teceu os seguintes comentários:
“Nos dias atuais de buscas científicas coligadas ao psiquismo humano, o campo da consciência ocupa posição de destaque principalmente nos acervos da psicologia e seu expressivo direcionamento – a psicologia transpessoal. Isto porque os métodos científicos em vigor não estão alcançando as energias específicas que por este campo se desenvolvem.
Apesar de tudo, a nossa ciência vem mostrando pesquisas dignas de nota, desenvolvidas pelos neurocientistas Christof Koch e Susan Greenfield, que, embora com interpretações divergentes, tentam alcançar a finalidade de definir a consciência.
O grande problema é como a consciência se mostra nos neurônios (células nervosas) com seu mecanismo ‘eletroquímico’ e sua divergente distribuição com os denominados Correlatos Neuroniais da Consciência.
Christof admite a consciência pelas descargas neuroniais grupais, enquanto que Susan refere-se ao aumento do conjunto neuronial pela atividade cerebral acentuada; isto é, primeiro admite zonas seletivas, portanto limitadas, enquanto que a segunda admite um mecanismo de totalidade, portanto holístico.
Esses cientistas fizeram intensas pesquisas com aparelhagem, testes e respectivos debates, em seminários, buscando nessas variações algumas conclusões.
Sabe-se que existem zonas cerebrais específicas de recepção, embora a totalidade dos diversos grupos neuroniais entrem na participação do processo, traduzindo a percepção holística, embora os cem bilhões de neurônios existentes mostrem variações de aspecto e funções. Ao lado disso, anotemos as variações genéticas da herança física e a estruturação individual do Espírito reencarnante impondo o tipo psicológico (caráter) nas divergências da consciência.
Os dois cientistas têm suas razões, porquanto existem neurônios específicos responsáveis pelo mecanismo das expressões da consciência, apesar da totalidade neuronial participar do mecanismo localizado de comando e orientação nas diversas áreas. Muitas pesquisas revelam essas tendências, embora alguns resultados se mostrem conflitantes.
Os autores em questão não estão mostrando o nascimento da consciência, sua criação e elaboração, apenas determinam os eventos e graus de consciência, mesmo porque a consciência não nasce nos neurônios, eles são as telas receptoras dos campos espirituais e adaptadores para a nossa condição psicológica.
Nesse imenso campo da consciência estarão as inúmeras variações de todo o conteúdo psíquico refletido nos sentimentos, na vontade e nos feixes criativos do ser.
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