*Danilo Carvalho Villela
Quando do surgimento do Espiritismo e certamente em obediência a um planejamento superior, ocorreu uma intensificação de fenômenos de efeitos físicos, designados genericamente pela expressão mesas girantes porque nos salões da época as pessoas reunidas em torno de uma mesa conversavam com aquele móvel que, por meio de pancadas e correspondência alfabética, respondia a perguntas e até dialogava com os presentes.
Tratava-se, contudo, de pura diversão, pois não se cogitava da origem ou da explicação daquela ocorrência estranha. Pessoas, no entanto, que se aproximaram com seriedade daqueles fenômenos, logo perceberam a presença de inteligências invisíveis a eles associadas, sendo, inclusive, orientadas pelas próprias individualidades comunicantes para que se utilizassem da escrita, e não mais de pancadas, para as comunicações que, a partir daí, puderam ter um desenvolvimento maior, sendo por esse meio recebidos os princípios básicos da Doutrina Espírita inseridos por Allan Kardec nas obras que compõem a Codificação. Ante a novidade e as características do fato, era natural que surgisse a pergunta: como saber se aquelas mensagens eram realmente elaboradas pelos que as assinavam ou não passavam de simples fantasias criadas pela imaginação dos médiuns? Esta era, aliás, a explicação animista até hoje empregada – e com a mesma inconsistência – pelos adversários do Espiritismo para negarem a autenticidade do intercâmbio mediúnico.
Perguntando aos benfeitores espirituais como distinguir, nas comunicações recebidas, se as respostas provinham do medianeiro ou de outra individualidade, Kardec recebeu deles a resposta: “Pela natureza das comunicações. Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás.
(...) Aliás há respostas que se lhe não podem atribuir de modo algum. Por isso é que te digo: estuda e observa”. Ou seja, observação cuidadosa e controle racional constituíam a maneira adequada de demonstrar a realidade daqueles fatos que, na verdade, sempre ocorreram como se constata na literatura dos povos antigos mas que, somente com o Espiritismo passaram a ser sistematicamente examinados e estudados. Respondendo a outra indagação formulada pelo Codificador, esclareceram aqueles benfeitores que o médium participava sempre com suas características pessoais do teor das mensagens recebidas, mesmo nos casos de psicografia mecânica em que o sensitivo não tinha consciência do que escrevia.
Tem sido difícil a aceitação mais ampla da mediunidade, o que, até certo ponto, não deixa de ser compreensível por significar uma ruptura com o paradigma milenarmente aceito de que há um completo isolamento entre homens e Espíritos, estes, aliás, inexistentes para os materialistas, e a experiência tem mostrado como é custoso abandonar conceitos ampla e longamente admitidos, mesmo sem exame, como foi o caso da mudança – que quase custou a vida a Galileu Galiléu – do sistema geocêntrico para o heliocêntrico. E admitir a existência do mundo espiritual – cuja realidade a mediunidade demonstra – com todas as implicações daí decorrentes, constitui mudança de paradigma muitíssimo maior do que reconhecer que a Terra é que gira em torno do Sol e não este em torno de nosso planeta.
Mas... Assim como tem ocorrido com os fatos do mundo material, também as realidades do mundo espiritual serão um dia universalmente admitidas, cabendo aos que já as conhecem trabalhar para que mais cedo chegue esse momento.
“O Livro dos Médiuns” (Segunda Parte, capítulo 19, item 223, questões 3 e 10).
“Não há vitória da claridade sem expulsão
das sombras, nem elevação sem
suor da subida.”
“Vinha de luz” Emmanuel
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Lar Fabiano de Cristo
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Sábado, 21/6/2008 – no 2099
Quando do surgimento do Espiritismo e certamente em obediência a um planejamento superior, ocorreu uma intensificação de fenômenos de efeitos físicos, designados genericamente pela expressão mesas girantes porque nos salões da época as pessoas reunidas em torno de uma mesa conversavam com aquele móvel que, por meio de pancadas e correspondência alfabética, respondia a perguntas e até dialogava com os presentes.
Tratava-se, contudo, de pura diversão, pois não se cogitava da origem ou da explicação daquela ocorrência estranha. Pessoas, no entanto, que se aproximaram com seriedade daqueles fenômenos, logo perceberam a presença de inteligências invisíveis a eles associadas, sendo, inclusive, orientadas pelas próprias individualidades comunicantes para que se utilizassem da escrita, e não mais de pancadas, para as comunicações que, a partir daí, puderam ter um desenvolvimento maior, sendo por esse meio recebidos os princípios básicos da Doutrina Espírita inseridos por Allan Kardec nas obras que compõem a Codificação. Ante a novidade e as características do fato, era natural que surgisse a pergunta: como saber se aquelas mensagens eram realmente elaboradas pelos que as assinavam ou não passavam de simples fantasias criadas pela imaginação dos médiuns? Esta era, aliás, a explicação animista até hoje empregada – e com a mesma inconsistência – pelos adversários do Espiritismo para negarem a autenticidade do intercâmbio mediúnico.
Perguntando aos benfeitores espirituais como distinguir, nas comunicações recebidas, se as respostas provinham do medianeiro ou de outra individualidade, Kardec recebeu deles a resposta: “Pela natureza das comunicações. Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás.
(...) Aliás há respostas que se lhe não podem atribuir de modo algum. Por isso é que te digo: estuda e observa”. Ou seja, observação cuidadosa e controle racional constituíam a maneira adequada de demonstrar a realidade daqueles fatos que, na verdade, sempre ocorreram como se constata na literatura dos povos antigos mas que, somente com o Espiritismo passaram a ser sistematicamente examinados e estudados. Respondendo a outra indagação formulada pelo Codificador, esclareceram aqueles benfeitores que o médium participava sempre com suas características pessoais do teor das mensagens recebidas, mesmo nos casos de psicografia mecânica em que o sensitivo não tinha consciência do que escrevia.
Tem sido difícil a aceitação mais ampla da mediunidade, o que, até certo ponto, não deixa de ser compreensível por significar uma ruptura com o paradigma milenarmente aceito de que há um completo isolamento entre homens e Espíritos, estes, aliás, inexistentes para os materialistas, e a experiência tem mostrado como é custoso abandonar conceitos ampla e longamente admitidos, mesmo sem exame, como foi o caso da mudança – que quase custou a vida a Galileu Galiléu – do sistema geocêntrico para o heliocêntrico. E admitir a existência do mundo espiritual – cuja realidade a mediunidade demonstra – com todas as implicações daí decorrentes, constitui mudança de paradigma muitíssimo maior do que reconhecer que a Terra é que gira em torno do Sol e não este em torno de nosso planeta.
Mas... Assim como tem ocorrido com os fatos do mundo material, também as realidades do mundo espiritual serão um dia universalmente admitidas, cabendo aos que já as conhecem trabalhar para que mais cedo chegue esse momento.
“O Livro dos Médiuns” (Segunda Parte, capítulo 19, item 223, questões 3 e 10).
“Não há vitória da claridade sem expulsão
das sombras, nem elevação sem
suor da subida.”
“Vinha de luz” Emmanuel
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