A CAMINHO DA LUZ
De 17 de agosto a 21 de setembro de 1938, o médium Francisco Cândido Xavier tomou do lápis para escrever mais uma obra da autoria de seu mentor espiritual, Emmanuel.
Letra a letra, linha a linha, página a página, o médium mineiro ia vendo surgir diante dos seus olhos a História da civilização, contada, porém, de uma forma nada habitual, pois que mostrando o lado espiritual dos grandes acontecimentos narrados. Nascia assim a obra “A caminho da luz”, vinda a lume em 1939 através do trabalho editorial da Federação Espírita Brasileira, que hoje publica a 37a edição desse livro, que já vendeu, só no Brasil, mais de 348 mil exemplares e se encontra atualmente publicado em outros três idiomas: castelhano, tcheco e esperanto.
Embora Emmanuel diga, na conclusão do livro, que seu trabalho pode pecar pela síntese excessiva, já que não tinha em vista uma nova autópsia da Historia do globo em suas expressões sociais e políticas, mas buscava sim revelar os ascendentes místicos que dominam os centros do progresso humano, o livro não deixa de impressionar pela quantidade de respostas que dá ao leitor. Inicia com esclarecimentos em torno da gênese planetária, a partir do que oferece um panorama do que foram os primeiros dias no orbe terreno, as construções celulares e os primeiros habitantes do planeta.
Fala dos milhares de Espíritos impelidos a vir para a Terra, oriundos da constelação de Capela, que, naquele tempo, muito se assemelhava, em termos evolutivos, ao nosso planeta de agora.
“As grandes comunidades espirituais, diretoras do cosmos, deliberaram, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores” – informa Emmanuel, que menciona alguns dos povos originários de Capela, dentre os quais os egípcios, os hindus e os hebreus, que vieram a constituir a raça mais forte e mais homogênea.
No livro, Emmanuel desmente uma tese bastante discutida por alguns grupos, a de que Jesus, antes do seu messianismo, teria aurido conhecimentos junto aos essênios, cujas escolas na época destacavam-se pela elevada cultura. “Desde os seus primeiros dias na Terra, (Jesus) mostrou-se tal qual era, com a superioridade que o planeta lhe conheceu desde os tempos longínquos do princípio” – afirma.
O trecho do livro destinado à História romana é um destaque à parte. Nele, Emmanuel deixa transparecer todo o seu conhecimento daquela cultura, na qual viveu e teve seu primeiro encontro com o Cristo. E assim prossegue em suas narrativas, excursionando pelo Cristianismo nascente, discorrendo sobre a sua propagação, a missão de Paulo de Tarso, o Apocalipse de João – sobre o qual tece elucidativos comentários –, a Idade Medieval, a Inquisição, as Cruzadas, os movimentos regeneradores, a Revolução Francesa, chegando, então, ao surgimento do Espiritismo na segunda metade do século XIX.
A publicação tem 25 capítulos, distribuídos em 262 páginas, com formato 12,5x17,5cm. Com nova apresentação gráfica, compõe hoje a chamada “Coleção Emmanuel”, que reúne alguns dos trabalhos do conhecido autor espiritual.
“A caminho da luz” pode ser facilmente encontrado nas livrarias das Casas Espíritas ou adquirido diretamente junto ao Departamento Editorial da FEB, Rua Souza Valente, 17 – São Cristóvão – CEP 20941- 040 Rio de Janeiro, RJ – telefone (21) 3860-3159 e página eletrônica www.febnet.org.br.
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