Notícias recentes a respeito da negociação mundial sobre as regras de comércio mostraram uma vez mais, o quanto a nossa sociedade está carente de valores morais. Basicamente, ao invés da liberação do comércio que poderia ajudar todas as nações e principalmente as mais pobres, os países ricos preferiram manter subsídios para as suas agriculturas e as barreiras comerciais em níveis que não possibilitaram um acordo global. O Brasil, e principalmente as nações africanas, foram os mais atingidos.
O problema não é só da fome que ainda campeia na Terra. Mas as distorções dos preços internacionais provocados pelos subsídios (mais de 300 bilhões de dólares/ano) e as barreiras alfandegárias que dificultam as exportações, afetando os países pobres, já que sem a tecnologia necessária para gerar produtos mais sofisticados (equipamentos eletrônicos, produtos químicos, etc), as nações pobres dependem da agricultura, não só como subsistência, mas também como fonte de renda para bancar os custos de seu desenvolvimento na construção de estradas, hospitais, portos, universidades, etc.
Assim, a insensibilidade das nações mais ricas frente às dificuldades das mais pobres é um típico exemplo do egoísmo humano, lamentavelmente, ainda presente em nossa sociedade. Os negociadores ainda dirigem-se a uma mesa de reunião, como se estivessem em uma arena, enfrentando um inimigo, quando na verdade o correto seria ver do outro lado da negociação apenas um irmão, e buscar de forma justa um acordo entre as partes em benefício de todos.
Como em situações anteriores, mais uma vez a sociedade perdeu uma grande oportunidade de ser mais fraterna. Além do egoísmo, ocorreu uma miopia econômica, pois as nações mais pobres, ao melhorar seu padrão de vida, passariam a comprar artigos de consumo das nações mais ricas dinamizando o comércio e todos seriam beneficiados. Felizmente, no futuro surgirão novas oportunidades de negociação, talvez contando com maior maturidade por parte dos negociadores.
De qualquer forma o progresso de nossa sociedade é uma realidade, mesmo com os tropeços mencionados acima. As crises econômicas e financeiras que têm abalado as nações mais ricas, o aumento do preço dos alimentos e da inflação, a diminuição do ritmo de crescimento econômico, tudo isso irá forçar essas nações a derrubarem gradativamente as suas barreiras comerciais, visando resolver seus próprios problemas, harmonizando assim, o comércio. Onde falha o homem, o Poder Maior que governa o planeta exerce a sua coordenação, mantendo o progresso de nossa sociedade. É Jesus trabalhando, quando o homem adormece o seu sentido moral.
Nesse aspecto, um papel relevante é reservado ao Espiritismo. Quando toda a sociedade estiver consciente de que somos espíritos imortais em jornada terrena e que habitamos diferentes países na nossa rota evolutiva através das múltiplas reencarnações, as barreiras entre as nações deixarão de existir.
A questão moral à luz da fé raciocinada, proporcionará aos dirigentes das nações e a sociedade em geral, influências benéficas nas decisões políticas e econômicas para que essas não fujam da responsabilidade ética do Cristo.
Para isso, a divulgação dos conhecimentos espíritas é de fundamental importância. Por apresentar os aspectos filosóficos e morais assentados em base religiosa e científica, o homem moderno, mais crítico e mais inteligente, dobra-se a luz do raciocínio, tornando-se mais consciente de suas responsabilidades éticas e morais.
Portanto, uma grande contribuição que podemos fazer é divulgando o Espiritismo. Como fazê-lo é um questionamento pessoal que cada um de nós deve fazer a si próprio. Esta é uma tarefa pessoal e intransferível, mas que sempre deverá ser iniciada pela nossa própria transformação moral.
(aatv)
O ARAUTO
PUBLICAÇÃO BIMESTRAL
ÓRGÃO OFICIAL DA USE –
INTERMUNICIPAL DE PIRACICABA
Sede e correspondência:
Rua 15 de Novembro, 944
14º andar – sala 143
13400-370 – Piracicaba-SP
Telefones:
(019) 3402-8022 - Banca do Livro
(019) 3433-1267 - Zildéa, Secretaria
E-mail:
use@usepiracicaba.com.br
CGC 96.508.072/0001-13
Expediente:
Redação – Diretoria Executiva
Site: www.usepiracicaba.com.br
Edição: 1.500 exemplares
ANO XII – Nº 67 – SETEMBRO/OUTUBRO – 2008
O problema não é só da fome que ainda campeia na Terra. Mas as distorções dos preços internacionais provocados pelos subsídios (mais de 300 bilhões de dólares/ano) e as barreiras alfandegárias que dificultam as exportações, afetando os países pobres, já que sem a tecnologia necessária para gerar produtos mais sofisticados (equipamentos eletrônicos, produtos químicos, etc), as nações pobres dependem da agricultura, não só como subsistência, mas também como fonte de renda para bancar os custos de seu desenvolvimento na construção de estradas, hospitais, portos, universidades, etc.
Assim, a insensibilidade das nações mais ricas frente às dificuldades das mais pobres é um típico exemplo do egoísmo humano, lamentavelmente, ainda presente em nossa sociedade. Os negociadores ainda dirigem-se a uma mesa de reunião, como se estivessem em uma arena, enfrentando um inimigo, quando na verdade o correto seria ver do outro lado da negociação apenas um irmão, e buscar de forma justa um acordo entre as partes em benefício de todos.
Como em situações anteriores, mais uma vez a sociedade perdeu uma grande oportunidade de ser mais fraterna. Além do egoísmo, ocorreu uma miopia econômica, pois as nações mais pobres, ao melhorar seu padrão de vida, passariam a comprar artigos de consumo das nações mais ricas dinamizando o comércio e todos seriam beneficiados. Felizmente, no futuro surgirão novas oportunidades de negociação, talvez contando com maior maturidade por parte dos negociadores.
De qualquer forma o progresso de nossa sociedade é uma realidade, mesmo com os tropeços mencionados acima. As crises econômicas e financeiras que têm abalado as nações mais ricas, o aumento do preço dos alimentos e da inflação, a diminuição do ritmo de crescimento econômico, tudo isso irá forçar essas nações a derrubarem gradativamente as suas barreiras comerciais, visando resolver seus próprios problemas, harmonizando assim, o comércio. Onde falha o homem, o Poder Maior que governa o planeta exerce a sua coordenação, mantendo o progresso de nossa sociedade. É Jesus trabalhando, quando o homem adormece o seu sentido moral.
Nesse aspecto, um papel relevante é reservado ao Espiritismo. Quando toda a sociedade estiver consciente de que somos espíritos imortais em jornada terrena e que habitamos diferentes países na nossa rota evolutiva através das múltiplas reencarnações, as barreiras entre as nações deixarão de existir.
A questão moral à luz da fé raciocinada, proporcionará aos dirigentes das nações e a sociedade em geral, influências benéficas nas decisões políticas e econômicas para que essas não fujam da responsabilidade ética do Cristo.
Para isso, a divulgação dos conhecimentos espíritas é de fundamental importância. Por apresentar os aspectos filosóficos e morais assentados em base religiosa e científica, o homem moderno, mais crítico e mais inteligente, dobra-se a luz do raciocínio, tornando-se mais consciente de suas responsabilidades éticas e morais.
Portanto, uma grande contribuição que podemos fazer é divulgando o Espiritismo. Como fazê-lo é um questionamento pessoal que cada um de nós deve fazer a si próprio. Esta é uma tarefa pessoal e intransferível, mas que sempre deverá ser iniciada pela nossa própria transformação moral.
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