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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

ARTE E PROGRESSO

Danilo Carvalho Villela

A arte é uma forma de expressão especial que atrai nossa atenção pelas características particulares de harmonia, ritmo ou equilíbrio entre seus elementos constitutivos, diferenciando-se, por isso, do emprego comum ou habitual desses elementos. Assim, encontramos cores em paredes e utensílios, palavras em avisos diversos e sons em vozes e campainhas, mas quando manejados por artistas eles se transformam respectivamente em quadros, poesias e composições musicais de maravilhosa beleza, que nos sensibilizam e podem até mesmo influenciar nossa conduta. Embora a obra de arte seja habitualmente uma criação individual, nela se refletem geralmente impressões e influências sintetizadas pelo artista na produção que leva sua assinatura.
Vivendo em permanente contato e comunicação com o mundo invisível, conforme esclarece a Doutrina Espírita, a humanidade sempre teve suas manifestações estéticas assinaladas pela colaboração de inteligências invisíveis que, não raro, se valem da inspiração e de recursos outros (por exemplo, colocar o autor em relação com o motivo ou o tema a ser depois desenvolvido) para apresentarem aos homens suas idéias e ideais.
Deus é o Criador Supremo da beleza a expressar-se desde a flor singela à imponência das paisagens naturais e ao esplendor do céu ensolarado ou, à noite, salpicado de estrelas que nos falam da grandeza do Universo. Faz parte, por isso, da Lei de Progresso, o aprimoramento da sensibilidade do espírito, capacitando-o a apreciar expressões sempre mais completas e sublimadas do belo sob todos os seus aspectos, desde as formas simples e intuitivas dos criadores anônimos da chamada arte popular até as obras dos grandes gênios que são universalmente conhecidas e admiradas. É interessante assinalar, aliás, que escritores, músicos e pintores famosos fizeram, em muitas ocasiões, referência a essa onda de inspiração cuja origem desconheciam mas que os auxiliava poderosamente em seus trabalhos.
Como é compreensível, dada a nossa imaturidade espiritual, essa capacidade de produzir o que agrada e atrai, ao lado de sua função natural de nos proporcionar enlevo e reflexão, que nos elevam o padrão vibratório, foi, não raro, empregada em sentido oposto, para deprimir e rebaixar, na exaltação da violência ou da degradação, o que ocorre ainda em nossos dias e constitui uma das dificuldades que nos cabe enfrentar e superar no plano de trabalhos de nossa atual existência, sabendo que na origem das legítimas expressões da arte encontram-se elevados agentes do bem através do belo, enquanto que ao lado das criações inferiores acham-se individualidades ainda enfermiças que assim exteriorizam os desequilíbrios que as dominam.
É interessante assinalar, por fim, que consoante informação doutrinária, o cultivo da arte na espiritualidade enobrecida alcança expressões de beleza indescritíveis para nós, encarnados, dadas as limitações impostas por nossos sentidos. Os benfeitores espirituais, contudo, jamais deixam de apoiar nossas realizações nesse terreno – embora singelas e mesmo toscas para eles – cientes de que, assim como o sentimento e a inteligência, também a sensibilidade nos deve aproximar de Deus, nosso Pai.
“O Livro dos Espíritos” (questões 565 e 566).

SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES
Boletim Semanal
editado pelo
Lar Fabiano de Cristo
Diretor:
Danilo Carvalho Villela
Editores:
Jorge Pedreira de Cerqueira
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Sábado, 31/5/2008 – no 2096

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