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terça-feira, 4 de novembro de 2008

ESTÃO VOLTANDO AS FLORES

José Walter de Figueiredo

 

“Vê, estão voltando as flores

Vê, nessa manhã tão linda

Vê, como é bonita a vida

Vê, há esperança ainda

Vê, as nuvens vão passando

Vê, um novo céu se abrindo

Vê, o Sol iluminando

Por onde nós vamos indo”

Esta letra faz parte de uma canção composta por Paulo Soledade em um momento de inspiração, após ter sobrevivido a uma cirurgia de alto risco.

É a ti, caro leitor, que me dirijo nesse momento, a ti que onde quer que estejas, seja qual for o teu estado de espírito, podes, se quiseres, deixar-te impregnar pela mensagem tão bela e otimista dessa canção.

Só o título já é um convite a que te renoves, como a Natureza, que nesta época também se enfeita de flores para anunciar um novo tempo. Um tempo de promessas, de esperança, de recomeço, de acreditar que desta vez vai dar certo, porque és filho do Rei e, como tal, Ele te aguarda de braços abertos para receber-te em Seu Reino.

Não importa quão difícil tenha sido o inverno em teu coração. Como diz a canção:

“Vê, as nuvens vão passando...”. Porque não há inverno que sempre dure, nem mal algum que nunca se acabe. A noite pode ser escura, mas sempre termina no amanhecer. Deus, que te ama com um amor infinito, e de onde vem tudo que faz bem, não te deixaria sofrer indefinidamente. É mister que acredites nisso, para que tenhas condições de superar o mal.

Talvez tu estejas pensando que isso são meras palavras escritas que não têm o poder de mudar uma situação que possas estar vivendo. Eu te digo que depende de ti que esses símbolos não se constituam somente em palavras. A força está em ti, e ninguém pode colocá-la em ação senão tu mesmo. E tudo, meu amigo, é uma questão de fé. Jesus já nos disse que, se tivéssemos fé do tamanho de um grão de mostarda, faríamos prodígios. Não duvides, portanto, de ti mesmo. És um gigante e não sabes. Se puxares pela memória, certamente recordarás de inúmeros obstáculos que superastes, os quais te pareciam a princípio intransponíveis.

E se és um gigante, por que viver como pigmeu? Se tens asas para voar, por que viver arrastando-te ao solo? Se o Pai te dotou de inúmeros recursos, por que não usá-los?

Certamente conheces a parábola dos talentos. Nela, Jesus nos explica que se não aplicarmos bem os talentos que o Senhor nos confiou, ficaremos privados deles. Já pensastes em tua decepção ao constatares que te privastes de uma felicidade que só dependia de ti conquistá-la e que não o fizeste somente porque não confiastes em ti mesmo? Então, por que não tentar agora?

O Sol pode estar brilhando lá fora, inundando de luz e calor a tudo que a ele se oferece, mas se não abrires as janelas de tua casa para ele entrar, para ti o Sol não existe e permanecerás na escuridão e no frio. Todas as manhãs a Natureza te oferece um espetáculo grandioso de renovação e beleza, mas se permaneces insensível a esse verdadeiro poema de amor dos céus, os teus dias transcorrerão vazios da alegria saudável, que é o tônico das almas sãs.

A vida, meu amigo, é como uma bela dama caprichosa, que é pretendida por muitos, mas que só se deixa conquistar pelos mais intrépidos. Sê digno dela porque fostes avalizado por aqueles que apostaram em tua coragem, para que estejas neste mundo. Pensa em todos os recursos que o Pai disponibilizou para que tenhas êxito em tua empreitada. E lembra-te de que do outro lado, como nos afirmam os Espíritos, a fila está imensa, dos que dariam tudo para ter o privilégio que tens e não sabes dar valor.

Não sei se tens conhecimento, mas muitos dos considerados grandes vultos da Humanidade, aqueles que influíram decisivamente em seu tempo, tiveram inúmeras dificuldades e de tal monta que ninguém, em sã consciência, poderia supor que eles chegariam onde chegaram.

Apenas para ilustrar: quando o grande pianista polonês Ignace Paderewski escolheu estudar piano, seu professor de música disse que suas mãos eram muito pequenas para dominar o teclado; quando o grande tenor italiano Enrico Caruso buscou as primeiras orientações, o professor lhe disse que sua voz soava como o vento assobiando pela janela; quando o grande estadista da Inglaterra vitoriana Benjamin Disraeli tentou falar no Parlamento pela primeira vez, membros o vaiaram e riram quando ele disse: “Eu me sento agora, mas chegará o tempo quando vocês ouvirão falar de mim”; Henry Ford esqueceu de pôr uma marcha à ré em seu primeiro carro; Albert Einstein não conseguiu passar nos exames de entrada na universidade em sua primeira tentativa; Thomas Edison gastou dois milhões de dólares em uma invenção que provou ser de pouco valor. Muito poucos conseguem êxito em sua primeira vez.

Fracassos, fracassos repetidos, são impressões digitais na estrada que conduz ao sucesso. A vida de Abraão Lincoln pôde demonstrar que a única vez que você não falha é a última vez que você tenta algo e funciona. O caminho para a vitória pode estar repleto de “fracassos”.

Lembra-te: nosso dia não se acaba ao anoitecer e sim começa sempre amanhã.

Não te desanimes, vamos acordar todo dia como se tivéssemos descobrindo um mundo novo!

Da revista “Kardebraile”, da Sociedade Pró-Livro Espírita em Braille (Rua Thomaz Coelho, 51 Tijuca CEP 20540-110 Rio de Janeiro, RJ página www.spleb.org.br).

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